[Cisl-comunidade] Situação do Expresso no Governo Federal

[Antonio Albuquerque]

Luis Fernando,

parabéns pelas suas colocações.  Oportunas e concordo.......mas com exceção
de uma passagem: "(...) ter razão quanto a não considerar software livre um
requisito técnico".

A meu ver, claro que isso é um requisito técnico. Está no patamar da
política tecnológica do órgão.  E as decisões técnicas devem se iniciar na
estratégia de prestação de serviços do órgão, passando pela estratégia
tecnológica do órgão e de seu plano diretor de TI (PDTI).   O estágio de
licitação pública e seu Termo de Referência (TR) são as últimas etapas do
ciclo (importantes sem dúvidas......mas talvez, os de menores importâncias
relativas).  Etapas finais mas que são importantíssimas pois materializam
todas as decisões técnicas de mais alto nível.

Para um órgão que entende que seu futuro tecnológico é importante, que
entende que deve obedecer a e-ping, que deve seguir padrões internacionais
de interoperabilidade, que deve obedecer as orientações dos decretos e
portarias governamentais.....a questão do software livre deve estar
presente prioritariamente em todos os níveis de thinking e decision do
órgão.

Eu queria aproveitar este post e fazer as seguintes questões ao Cristiano:
- o que diz o documento de Estratégia de TI do seu órgão quanto ao software
livre?
- o que diz o PDTI do seu órgão quanto ao software livre?
- seu termo de licitação está aderente ao documento de Estratégia de TI e
ao PDTI do seu órgão (no tocante as exigências de software livre)?

A questão de software livre ou software proprietário está diretamente
ligado a forma como nós entendemos que a tecnologia deva ser tratada.  A
uma decisão de longo prazo.  Ligada ao fomento de uma cadeia produtiva
baseada em um determinado modelo de negócio.  O poder de compra do Estado é
muito grande e cada decisão do gestor público quanto a sua opção
tecnológica materializada em seu TR traz muitos impactos sobre o mercado
interno brasileiro.

É por isso meu caso Luis Fernando que fico muito preocupado com os limites
que nossos gestores tecnológicos entendem até onde vai a sua
responsabilidade sobre as decisões técnicas.

Faço um apelo: vamos acabar de uma vez por todas o tempo que a TI era mera
implementadora, e vamos entender que nossa responsabilidade vai muito além.

Abs
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