[gt-educacao] Fwd: Fórum Mundial de Ciência 2013

Ana Cristina Fricke Matte acris em textolivre.org
Sexta Agosto 31 10:38:31 BRT 2012


Ciência é peça-chave para o desenvolvimento sustentável 31/08/2012

*Por Karina Toledo*

*Agência FAPESP* – Para que o desenvolvimento global seja possível, a
ciência e os cientistas precisam atingir um grau maior de influência em
todo o mundo, afirmou Michael Clegg, presidente da Rede Interamericana das
Academias de Ciência (Ianas, na sigla em inglês), durante a abertura do 1º
Encontro Preparatório para o Fórum Mundial de Ciência 2013, realizado na
sede da FAPESP entre 29 e 31 de agosto.

A humanidade, afirmou Clegg, enfrentará grandes desafios no século 21, como
mudanças climáticas, doenças emergentes, crescimento populacional e as
consequentes dificuldades no abastecimento de alimentos, água e energia.

“É crucial ouvir a voz da ciência ao tratar de problemas mundiais, pois
esse é o meio mais bem-sucedido de criação do conhecimento e lida
exclusivamente com argumentos baseados em evidências”, disse.

Embora muitos problemas sejam globais, de acordo com Clegg, a adoção de
soluções deve ocorrer no âmbito nacional e, portanto, as academias de
ciência locais cumprem um papel importante.

“São instituições livres de interferência política, com credibilidade para
informar o público e os tomadores de decisão sobre problemas iminentes e
potenciais soluções”, avaliou.

Clegg propôs a adoção de uma agenda comum para as academias de ciência, que
inclui itens como fornecer conselhos sobre ciência e tecnologia para os
governantes, encorajar novos centros de excelência nas áreas de interesse
das nações e promover a evolução dos programas educacionais.

Também estiveram presentes na cerimônia de abertura do encontro Marco
Antonio Raupp, ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Jacob Palis,
presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), e Helena Nader,
presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). A
FAPESP foi representada por Celso Lafer, presidente, José Arana Varela,
diretor-presidente, e Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico.

O Fórum Mundial da Ciência 2013 ocorrerá no Rio de Janeiro, com organização
da Academia de Ciências da Hungria, em parceria com a Organização das
Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o
International Council for Science (ICSU), a Academy of Sciences for the
Developing World (TWAS), a European Academies Science Advisory Council
(EASAC), a American Association for the Advancement of Science (AAAS) e a
ABC. O Fórum tem a missão de promover o debate entre comunidade científica
e sociedade.

“A realização do Fórum Mundial da Ciência no Brasil em 2013 dará grande
visibilidade à ciência brasileira. É um indício de que conquistamos
legitimidade e uma forte presença internacional”, disse Palis.

Nader destacou o trabalho de todas as academias de ciência da América
Latina para que o fórum seja realizado fora da Hungria pela primeira vez.
“Como esse evento é voltado a uma plateia mais restrita, o Ministério da
Ciência, Tecnologia e Inovação resolveu organizar encontros preparatórios
para fazer a discussão sobre a ciência reverberar pelo país”, disse.

Além de São Paulo, serão realizados ao longo do ano encontros em Belo
Horizonte, Salvador, Recife, Manaus, Porto Alegre e Brasília. Ao fim do
debate nacional, as proposições e principais conclusões sobre o papel da
ciência no desenvolvimento global serão consolidadas em um documento que
será divulgado antes da reunião internacional no Rio de Janeiro em novembro
de 2013.

*Evolução da ciência brasileira*

Brito Cruz ressaltou a satisfação da FAPESP em dar início às discussões
sobre o Fórum Mundial da Ciência no Brasil. “A escolha do país vem em
reconhecimento de nossa evolução no que diz respeito à ciência e
tecnologia, notável nos últimos anos. Uma das mudanças importantes tem sido
o aumento do papel das empresas na atividade científica”, ressaltou.

O crescimento da produção brasileira no setor também foi destacado pelo
ministro Raupp. Segundo ele, os gastos do país com pesquisa e
desenvolvimento cresceram 85% nos últimos dez anos, embora ainda estejam
aquém do ideal.

O número de grupos de pesquisa registrados no CNPq, disse o ministro,
saltou de 12 mil em 2000 para mais de 27 mil em 2012 – aumento de 134%. O
número de artigos publicados em revistas internacionais passou de 3,5 mil
em 1990 (0,63% da produção científica mundial) para 32,1 mil em 2009 (2,69%
da produção mundial).
De acordo com Raupp, a expectativa é que o Fórum Mundial contribua para
acelerar a corrida do país em direção ao desenvolvimento sustentado. “O
Brasil está rumando para a nova economia, cujos pré-requisitos são
competitividade e sustentabilidade, que só se alcança com o uso intensivo
do conhecimento científico e tecnológico.”
-------------- Próxima Parte ----------
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