[gt-educacao] Madeira certificada e software livre
Paulo Francisco Slomp
slomp em ufrgs.br
Sexta Outubro 26 14:13:52 BRST 2012
Gente
Ontem trabalhei com meus alunos da disciplina Software Livre na Educação
e fiz algumas comparações, com exemplos de relações de consumo.
Vejam abaixo.
Por favor, avaliem a pertinência dessas comparações.
Obrigado.
Paulo
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Olá
Conforme conversamos hoje:
Qual a relação entre madeira certificada e software livre?
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Você vai a uma loja para comprar um móvel, uma mesinha de telefone, por
exemplo.
Encontra duas mesinhas. As duas são do seu agrado e as duas têm o mesmo
preço. Uma tem uma etiqueta de madeira certificada FSC http://br.fsc.org
e a outra não tem etiqueta.
Qual das duas você comprará?
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Você vai a uma loja para comprar papel sulfite A4 em pacote de 500
folhas, por exemplo.
Encontra dois produtos. Os dois tem 75 g e ambos custam R$ 10,00. Um tem
uma etiqueta de papel FSC e o outro não tem etiqueta.
Qual dos dois você comprará?
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Mudando o tipo de exemplo e passando para a confecção de roupas.
Você vai a uma loja para comprar uma roupa.
Encontra duas peças. As duas são do seu agrado e as duas têm o mesmo
preço. Uma tem uma etiqueta da Grife Morro da Cruz (veja abaixo) e a
outra tem a etiqueta da uma grande e famosa indústria de confecções.
Qual das duas você comprará?
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Você vai a uma loja para adquirir um programa de computador.
Encontra dois produtos. Você já conhece os dois produtos e são do seu
agrado, tendo funcionalidades semelhantes. Os dois tem o mesmo preço. Um
tem uma etiqueta identificando que é software livre personalizável
produzido por uma cooperativa de produtores autônomos e o outro tem a
etiqueta de uma grande e famosa indústria multinacional.
Qual dos dois você comprará?
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Grife Morro da Cruz
Fonte: http://www.redemulher.org.br/encarte50.html
Morro da Cruz: projeto vencedor
A Griffe Morro da Cruz Comércio de Confecção Ltda ME foi fundada em
janeiro de 1995. Surgiu da organização de mulheres da Vila São José,
popularmente conhecida como Morro da Cruz, onde uma das participantes,
em uma pesquisa na comunidade, constatou a necessidade de gerar trabalho
e renda para as mulheres em um espaço onde elas pudessem levar seus
filhos e produzir conforme suas aptidões. Reuniram-se dez mulheres e uma
delas repassou às outras seus conhecimentos na arte do corte e costura.
Após esse treinamento, passaram a produzir peças criativas e originais,
a partir da reciclagem de roupas velhas, retalhos de malhas e tecidos.
Pouco a pouco, foram conquistando uma grande clientela. É um grupo
auto-gestionário. Todas as associadas são proprietárias da Griffe e se
organizam de forma democrática para a tomada de decisões, no que se
refere tanto à produção como à comercialização e distribuição de ganhos.
Atualmente, o grupo está composto por oito mulheres entre 20 e 64 anos,
unidas por objetivos que definem como "possibilitar a formação de mais
grupos de mulheres para o trabalho cooperativo e mostrar para a
sociedade que a mulher pobre é capaz". Produzem em um espaço cedido pela
Paróquia S. José de Murialdo, onde também possuem uma pequena loja. Têm
ainda outros quatro espaços de comercialização, dois em butiques e dois
nas Lojas da Etiqueta Popular, uma iniciativa da Secretaria Municipal de
Indústria e Comércio SMIC da Prefeitura de Porto Alegre. Comercializam
seus produtos também em feiras e eventos.
Saudações livres!
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