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Terça Novembro 27 18:28:20 BRST 2018


 
Favor divulgar! 
Em nome da prof.a Ana Cristina, desde já agradeço, 
Secretaria do UEADSL 

#paracegover
Grupo Texto Livre. Jornal do UEADSL 25/11/2018
Na edição de hoje vamos conhecer um pouco mais sobre João Wanderley
Geraldi, um dos conferencistas do da 13ª edição do Congresso Nacional
Universidade EAD e Software Livre - UEADSL. 
Formado em Letras, Geraldi conta que a trajetória até o curso não foi de
imediato. Ele iniciou a graduação em Direito e em Economia, atuando no
Banco do Brasil de São Luiz Gonzaga, até se encantar com a sala de aula,
quando começou a lecionar na Campanha Nacional de Educandários
Gratuitos. "Em 1966, me tornei professor, o que redirecionou toda minha
formação: cancelei minha matrícula no curso de Economia; terminei o
curso de Direito e matriculei-me no curso de Letras. Já dava aulas como
professor leigo. Depois veio o mestrado, o doutorado, a livre-docência e
o concurso de titular, toda a carreira na Unicamp", explica.
Além disso, ele acrescenta que "como havia sido professor de Ensino
Fundamental e Médio, meu interesse pelo ensino permaneceu e me levou a
escrever sobre este tema ao longo da vida, além de participar de
inúmeros eventos com professores. Nunca deixei de estar no ensino
básico, e trouxe para o ensino superior a preocupação com este nível de
ensino. Para mim, a dedicação à educação tinha muito que ver com uma
militância política que iniciei aos meus 16 anos". 
Em relação ao UEADSL, Geraldi abordará em sua palestra o tema "A Escola
e as Tecnologias", em que trabalhará a diferença entre as tecnologias na
escola e as tecnologias de escola. Segundo ele, as tecnologias de escola
são produzidas a partir das demandas das instituições escolares, tais
como giz, quadro-de-giz, álbum seriado, carteiras escolares, livro
didático. Já a segunda, são as tecnologias produzidas longe da escola e
de que esta faz uso, são produtos do desenvolvimento da sociedade.
"Assim, o computador e a internet são tecnologias que podem estar na
escola, mas não são tecnologias da escola! No texto [que apresentará no
congresso] defendo o ponto de vista de que as novas tecnologias trazem
em seu bojo uma questão fundamental para a escola. Ela não pode mais ser
a instituição da socialização dos conhecimentos, pois estes estão
circulando na internet! Logo, estas tecnologias demandam que a escola
redefina sua função. É algo muito mais profundo do que usar a internet,
por exemplo, para educação à distância! Ou para pesquisas escolares. A
existência da rede, das conexões que permitem circular por uma galeria
temática de forma aprofundada acabam com esta ideia de que todos têm que
aprender a mesma coisa e ao mesmo tempo", esclarece o professor. 
Para ele, uma base comum curricular, por exemplo, é "algo absolutamente
canhestro quando a diversidade de percursos dos objetos de estudos está
disponível. Em segundo lugar, outra mudança será fundamental: como a
informação está noutro lugar, não mais na escola, sua função passa a ser
a da reflexão crítica e não a da socialização das informações. Neste
sentido, o retrocesso de coisas como Escola sem Partido é que retorno à
Idade Média e à escolástica". 
Geraldi deixa um recado para os futuros professores. "Aqueles que ainda
se preparam para serem professores, num ambiente que será bastante
hostil com a escola nos próximos anos, sabem que em seu futuro não
poderão ser "transmissores" de conhecimentos, mas educadores reflexivos,
aqueles capazes de tomar os vividos por si e por seus alunos e tornar
estes vividos perguntas", acresce o professor que conclui "é com as
perguntas na mão que irão à herança cultural disponível (na internet)
para tentarem produzir aprender caminhos de construção de respostas para
perguntas do passado. E somente com as perguntas e com esta aprendizagem
que poderão elaborar respostas às perguntas de hoje, para as quais não
Wikipédia que tenha respostas, porque são perguntas ainda à espera de
respostas. Será neste formular perguntas e elaborar respostas que se
dará seu exercício profissional. Se o professor imagina que poderá
continuar a transmitir conhecimentos, então esta profissão estaria em
vias de extinção! Enfim, estes encontros que se debruçam sobre as
práticas e sobre o conhecido, como o UEADSL, são fundamentais para esta
difícil aprendizagem no mundo da superficialidade do consumo: a
reflexão". 
Participe! 
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Apoio: CAED FALE UFMG
Texto: Natália Giarola, Edição: Ana Matte e Lucca Fricke 
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