[Pontosdecultura] A repercussão da carta de Ana de Hollanda

Lucas Alberto lucasa em gmail.com
Terça Agosto 28 10:41:04 BRT 2012


Devem estar querendo a cabeça de quem vazou... kakakaka

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http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/a-repercussao-da-carta-de-ana-de-hollanda
A repercussão da carta de Ana de Hollanda
<http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/a-repercussao-da-carta-de-ana-de-hollanda>
Enviado
por luisnassif, ter, 28/08/2012 - 09:27

*Do O Globo*

*Carta de Ana de Hollanda com reclamação do orçamento do MinC repercute mal
no governo*<http://oglobo.globo.com/cultura/carta-de-ana-de-hollanda-com-reclamacao-do-orcamento-do-minc-repercute-mal-no-governo-5912031>

Vazamento de documento da ministra causa irritação no Planejamento;
Congresso cobra mais diálogo

BRASÍLIA — O governo não gostou nem um pouco da carta enviada pela ministra
Ana de Hollanda (Cultura) para sua colega Miriam Belchior (Planejamento)
reclamando de falta de recursos, como revelou o GLOBO nesta segunda-feira,
em reportagem antecipada pelo vespertino para tablet “O Globo a Mais”. E
muito menos gostou do vazamento da carta. Mais que isso, a iniciativa de
Ana não deve ter o efeito esperado, pelo menos de imediato. O Ministério do
Planejamento afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o corte
no Orçamento da União de 2012, feito no início do ano, afetou todos os
ministérios, e que a Cultura não vive uma situação excepcional. E que cabe
aos gestores economizar e eleger prioridades.

*‘Gestão em risco’*

A carta foi enviada no último dia 15, com dados sobre o orçamento do
ministério. Nela, a ministra da Cultura afirma que “esses números colocam
em risco a gestão e até mesmo a existência de boa parte das instituições
culturais”. Por sua assessoria, Ana de Hollanda avisou que nem ela nem
ninguém do ministério irá se pronunciar sobre o assunto.

No início do ano, o governo anunciou um corte de R$ 35 bilhões no Orçamento
da União de 2012, dos quais R$ 25 bilhões eram de investimentos. A
preocupação do Palácio do Planalto foi reforçar o discurso de austeridade
fiscal diante da crise internacional. Os maiores cortes atingiram os
ministérios da Saúde, Educação, Cidades e Defesa. No Ministério da Cultura
o corte foi de quase 15%, representando cerca de R$ 130 milhões. Na época,
a ministra manifestou esperança de recuperar esses recursos até o fim do
ano, o que normalmente acontece com todas as pastas.

No Ministério do Planejamento a iniciativa de Ana de Hollanda causou
irritação. Além de considerada precipitada, já que o governo costuma
liberar o que foi cortado a partir de outubro, o comentário era que não é
“usual” um ministro enviar carta reclamando de falta de recursos, e muito
menos deixá-la vazar. E o Planejamento atribuiu as dificuldades no
orçamento da Cultura à falta de jogo de cintura de seus gestores.

Mas Ana pode contar com apoio do Congresso. Integrante da Comissão de
Educação e Cultura da Câmara, o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) diz que
está havendo uma redução constante das verbas orçamentárias para a área de
Cultura e que ele tem sido procurado por servidores da pasta com
reclamações dos baixos salários.

Segundo Alencar, assim como faziam os ex-ministros Gilberto Gil e Juca
Ferreira, a ministra Ana de Hollanda deve dialogar mais com o Congresso
para a destinação de mais verbas para sua pasta durante a tramitação e
votação do orçamento — o governo encaminha sexta-feira a proposta para o
ano de 2013.

— Está havendo uma involução das verbas para a área de Cultura. O Brasil é
sempre colocado como país emergente, e nenhum país entra em um processo
civilizatório se não valoriza seu acervo cultural. Os servidores da área
têm me procurado para denunciar a defasagem salarial. Vamos ver como vem o
orçamento para 2013, mas não tenho expectativa de acréscimo. Vamos assumir
a bandeira por mais recursos para a Cultura. Nos sentimos signatários dessa
carta — afirmou Chico Alencar. — Os ministros Gil e Juca dialogavam com o
Congresso para obter mais verbas. Vamos retomar isso com a ministra Ana a
partir da próxima semana, com o orçamento de 2013 já enviado.

O documento é uma das mais fortes críticas já feitas ao atual estado da
Cultura no país e reverbera uma insatisfação de grande parte dos 2.667
servidores na ativa do MinC. Uma das principais preocupações é com as
condições estruturais dos prédios ligados ao ministério. A Biblioteca
Nacional, por exemplo, está com o ar-condicionado desligado desde abril,
quando um acidente no sistema de refrigeração afetou o acervo de
periódicos. Os servidores também denunciam vazamentos no telhado,
rachaduras nas paredes e instalações elétricas inadequadas.

Na carta, Ana de Hollanda também fez um alerta sobre a falta de um plano de
carreira e os baixos salários. De acordo com ela, a taxa de evasão dos
funcionários aprovados no último concurso público para o MinC foi, em
média, de 53%: 55% dos funcionários diretamente vinculados ao ministério,
70% do Instituto Brasileiro de Museus, 40% da Funarte, 67% da Fundação
Cultural Palmares, 37% da Fundação Biblioteca Nacional e 44% do Instituto
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

*Apoio na rede*

No Twitter, artistas se manifestaram quanto às declarações de Ana na carta
para Miriam Belchior. O ator e deputado federal Stepan Nercessian escreveu
dois posts sobre o assunto: “Ana de Hollanda mais uma vez defende
corajosamente verbas para Ministério. Parabéns, ministra” e “Presidenta
Dilma, boa administradora, dará razão a Ana de Hollanda. Sem dinheiro,
salários aviltantes, prédios caindo é impossível trabalhar”. Já o ator José
de Abreu foi irônico, também em dois posts: “Ana de Hollanda detona Dilma!
Bem feito!” e “Se uma ministra critica o próprio ministério, que podemos
dizer?”. O próprio perfil oficial do Instituto Brasileiro de Museus
(Ibram), órgão do MinC, comentou o caso, com um post: "Ministra
@anadehollanda critica o estado da pasta de #Cultura”.
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