[Pontosdecultura] Fwd: Primeiro dia do Fórum de Pontos de Cultura de Santa Catarina relaciona histórico e futuro do Programa Cultura Viva

Thiago Skárnio thiago em skarnio.tv
Quarta Setembro 18 11:26:15 BRT 2013


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Primeiro dia do Fórum relaciona histórico e futuro do Programa Cultura Viva

Cerca de 60 pessoas, entre representantes dos pontos de cultura, gestores
públicos e convidados participaram da cerimônia de abertura do II Fórum
Catarinense dos Pontos de Cultura e I Conferência Livre de Cultura, que
aconteceu na manhã de terça-feira (17/09) no Centro Integrado de Cultura
(CIC), em Florianópolis. A mesa de abertura foi formada por Pedro
Domingues, Coordenador Geral de Programas e Projetos Culturais da
Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura
(SCDC/ *MinC)*, que representava a secretária Márcia Rollemberg, pelo
secretário de Turismo, Cultura e Esporte, Beto Martins, além de Pedro
Almeida, secretário adjunto de Cultura de Florianópolis, Teotônio Roque, da
Comissão Nacional do Pontos de Cultura (CNPdC) e rede dos Pontos do RN,
Mery Garcia, do Conselho Estadual de Cultura (CEC), Iuri Becker, da União
Catarinense de Estudantes (UCE), e Migue Silva, representante de Santa
Catarina na CNPdC e coordenadora do Ponto de Cultura Uma Ilha se Olha 2.

O Quinteto de Metais da Base Aérea de F lorianópolis abriu o evento com a
execução do Hino Nacional e do Rancho de Amor à Ilha.

As falas iniciais destacaram a importância da realização do evento, e foram
um momento em que cada um dos convidados chamou atenção para iniciativas
favoráveis à valorização da cultura, principalmente localmente. Logo após
Iuri Becker falar sobre a importância do papel social da universidade,
estimulando a cultura por meio de eventos e da disseminação de discussões
importantes, Pedro Domingues destacou a contribuição da gestão pública
nesse processo.

Mery Garcia lembrou a importância semântica da palavra “ponto”, que remete
à costura e à união, e deixa claro o respeito pelos diversos fazeres
artísticos que compõem a cultura do estado de Santa Catarina. Citou
palavras como carinho e abnegação, que segundo disse, foram fundamentais
para a realização do Fórum.

O secretário Beto Martins classificou os pontos de cultura como um
“programa apaixonante”, e delegou à Migue Silva e Carol Freitas,
recentemente nomeada coordenadora dos pontos de Cultura de Santa Catarina
pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC), a ‘missão’ de ir a Brasília,
para buscar formas de dinamizar e aproximar as partes. “Tenho certeza de
que isso vai ter muita importância, porque vamos desencadear uma relação
com muita intensidade. Nosso propósito é buscar formas de deixar cada vez
mais sólida a parceria entre a rede dos pontos e o governo estadual”, disse
Martins, referindo-se ao pedido de prorrogação dos convênios e às formas de
uso dos recursos resultantes dos rendimentos da aplicação. “Vamos investir
esse dinheiro, reverter em benefícios para os pontos do estado”, disse.

Migue Silva agradeceu a todos os pontos de cultura que compareceram ao
evento e à colaboração de todos os que ajudaram na organização do Fórum, e
lembrou que o estado ainda tem muito a conquistar na área cultural. Foi por
isso, segundo explicou, que paralelamente ao Fórum estabelecido decidiu-se
pela realização simultânea da I Conferência Livre de Cultura, onde a partir
de debates abre-se espaço para falar sobre diversos temas e pendências.
“Temos, sobretudo, esperanças”, afirmou.

Essa deveria ser a última saudação, mas  Migue resolveu quebrar o protocolo
e conceder a palavra a Teotônio Roque, que fez questão de valorizar o
processo iniciado há vários anos, com a criação do Programa Cultura Viva.
“O que vemos hoje acontecendo em todo o Brasil reforça um compromisso com o
que se sonhava no início do processo. Vivemos um momento significativo, com
a possibilidade de ver sancionada a lei Cultura Viva, o que vai tornar este
programa uma política de estado”, disse.

*Mesa Redonda*

Desfeita a mesa de abertura, que na verdade foi um “painel de abertura”,
teve início a mesa redonda “Balanço e perspectivas do programa Cultura Viva
em Santa Catarina”, que contou com a participação de Gilson Máximo, que até
o início de 2013 era o representante de Santa Catarina na CNPdC, Migue
Silva, Pedro Domingues, Beto Martins e Pedro Almeida.

Gilson fez um relato sobre o histórico do programa no estado, lembrando que
sempre existiram dificuldades. “O primeiro repasse de recursos aconteceu
com 1 ano e meio de atraso. Foi o tempo da burocracia, o tempo do estado”,
disse, destacando que apesar das carências, os pontos de Santa Catarina
conseguiram construir um processo muito rico com o passar do tempo,
alternando momentos de maior e menor articulação.

Gilson lembrou que em 2012, quando aconteceu novo momento de “insegurança”,
a rede foi mobilizada e demonstrou muita força, o que em sua opinião deixa
clara a diferença básica do Programa em relação a outros. “Não se trata de
um mero programa de repasse de dinheiro. O Cultura Viva trabalha a
autonomia, o protagonismo e o empoderamento, gerando ações transformadoras:
ele busca iniciativas que estão na invisibilidade para dar vez e voz. As
pessoas são a essência do programa, e o conceito e o encantamento do
Programa é que nos unem.”, disse, ressaltando a importância da militância
política nessa articulação. “Isso não pode ser desconsiderado”, explica,
ressaltando que o coletivo mais organizado nos debates do Fórum Estadual de
Cultura era o dos Pontos de Cultura.

Fazendo um balanço das ações já implantadas, Gilson afirmou que o Programa
Cultura Viva alcançou resultados além dos esperados, possibilitando acesso
à cultura a pessoas não conheciam o teatro, por exemplo, ou mesmo não se
reconheciam como dotados de cultura, e esse talvez seja o maior legado do
Programa.

Pedro Domingues, do MinC, fez um longo relato sobre o Cultura Viva,
partindo da afirmação “Diversidade é Matriz – Cidadania é Propósito”. Ele
afirmou que após três anos na Secretaria de Cidadania e Diversidade
Cultural consegue identificar avanços e retrocessos, e constantemente se
coloca na posição de recordar o que lhe encantou no início e motivou a
mobilização. “O programa Cultura Viva encantou os gestores públicos, mas
por mais que se afirme que a relação com estados e municípios avançou, não
demonstrou efetividade na estruturação de seu discurso”, lembrou.

Domingues disse que o desafio do Fórum dos Pontos é o desafio da
participação, e frisou que o programa vai contra o imaginário piramidal,
estabelecendo a horizontalidade das relações: não há diferença entre gestor
público e sociedade civil, e todos estão no mesmo patamar.

Pedro Almeida fez uma fala breve, destacando os trabalhos desenvolvidos com
alguns pontos de cultura da Capital e o mapeamento cultural que está em
desenvolvimento. “Nossa proposta é estruturar o setor cultural  no
município, para possibilitar às práticas culturais cada vez mais espaço.
Estamos fazendo o trabalho de conhecer a sociedade, identificar quem já
está desenvolvendo esse fazer cultural”, disse.

Quando fez uso da palavra novamente, Beto Martins reconheceu que a
descontinuidade na titularidade da pasta pode ter atrapalhado o processo de
conquistas do segmento cultural, mas fez questão de ressaltar que em sua
avaliação Santa Catarina vive um momento intenso no que diz respeito à
cultura, listando os editais lançados e pagos em 2013 e a atuação do
Conselho Estadual de Cultura. A exemplo do que havia dito na Conferência
Estadual de Cultura, no início de agosto, Martins voltou a falar sobre a
nova versão da lei relacionada ao Plano Estadual de Cultura, Turismo e
Esporte (PDIL). “Vamos revogar uma lei e criar três: uma para cada
segmento. As mudanças acontecem quando se tem a condição de se debater, mas
isso não depende unicamente do poder público. Depende também da sociedade.
Todos somos agentes políticos, e vamos usar esta autonomia para discutir a
cultura a partir de um outro foco. Queremos que Santa Catarina, daqui para
frente, possa ser um case de sucesso nas questões que envolvem a cultura”,
disse, reafirmando que em sua gestão, os Pontos de Cultura são prioridade.

*Debate*

Como a programação estava atrasada em relação ao cronograma proposto, o
debate após a mesa redonda foi rápido, o que não comprometeu a intensidade
das colocações dos representantes dos pontos. Falta de continuidade na
gestão cultural, diferenças de discurso na SOL e na FCC , a necessidade de
uma relação mais próxima com o MinC, a possibilidade de conveniamentos
municipais e até a baixa representatividade no Fórum (cerca de 1/3 do total
de pontos estavam representados ontem) foram alguns dos temas abordados.

Na parte da tarde foi feita a leitura e aprovação do Regimento Interno, e
as discussões em grupos temáticos. Devido ao número de participantes e ao
tempo limitado para utilização do espaço físico, por meio de votação
optou-se pela fusão de grupos de discussão, agregando as temáticas I e IV –
que reuniu 25 participantes no cinema do CIC - e II e III, que levou 20
participantes  ao hall do Museu da Imagem e do Som (MIS).

Os Grupos de Trabalho formularam dez propostas, sendo oito relacionadas
diretamente ao assunto do Grupo de Trabalho e duas relacionada ao modo de
representatividade da Rede Catarinense dos Pontos de Cultura.

A Plenária acontece hoje, quando também serão eleitos os delegado para
participar do IV Fórum Nacional dos Pontos de Cultura, que será realizado
em abril de 2014, em Natal (RN).

Matéria com Fotos::
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