[PSL-Brasil] Brasil foi alvo de espionagem dos EUA

Marcelo Soares Souza marcelo em juntadados.org
Terça Julho 9 08:31:13 BRT 2013


Espionagem faz Dilma querer incluir armazenamento de dados no Marco Civil

Luís Osvaldo Grossmann

A exemplo de europeus e asiáticos, o governo brasileiro – que parece
ter descoberto só agora que existe uma certa crise diplomática
internacional por conta da espionagem irrestrita dos Estados Unidos –
não tem como ir muito além dos muxoxos. O governo fala em governança
internacional da Internet e lei que obrigue armazenamento da dados no
Brasil – nenhuma efetivamente capaz de alterar a facilidade com a qual
os EUA coletam comunicações em qualquer país.

A presidenta Dilma Rousseff tratou o episódio como “violação de
soberania e de direitos humanos”, falou em levar a questão à Comissão
de Direitos Humanos da ONU e arriscou incluir no Marco Civil da
Internet – agora ressuscitado – uma obrigação sobre o armazenamento de
dados em território brasileiro.

“Vamos dar uma revisada no Marco Civil da Internet porque uma das
questões que devemos observar é onde se armazenam os dados. Porque
muitas vezes os dados são armazenado fora do Brasil, principalmente os
do Google. Queremos obrigatoriedade de armazenamentos de dados de
brasileiros no Brasil. E fazer revisão para ver o que pode garantir
melhor a privacidade”, disse a presidente, segundo a Agência Brasil.

Como já existem servidores que armazenam dados no Brasil, mas que
também são replicados nos EUA, não parece provável que isso, em si,
elimine a espionagem – embora possa fortalecer o país em um setor como
o de computação em nuvem, esse sim um campo no qual as empresas
norte-americanas podem sofrer um revés pela crise de confiança.

A presidenta também mencionou que o governo brasileiro deve procurar a
União Internacional de Telecomunicações (UIT), para pedir o
“aperfeiçoamento de regras multilaterais sobre segurança das
telecomunicações”. Talvez seja mais útil procurar os fabricantes de
equipamentos de redes e verificar o tipo de acesso pré-embutido neles,
como prevê a lei americana que exige facilidades para ‘grampos’ nesses
aparelhos.

O embaixador americano Thomas Shannon procurou nesta segunda-feira,
8/7, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, para negar que tenha
havido espionagem em território brasileiro. O próprio ministro indicou
que se não for verificada participação de empresas brasileiras, não há
o que ser feito legalmente.

“O embaixador garantiu que as coletas de informações são feitas nos
Estados Unidos e que somente são guardados os metadados, como a pessoa
que ligou e quem fez a ligação, onde se encontram e até o tempo e os
números dos telefones, sem a gravação do teor das conversas”, revelou
o ministro. Shannon teria ainda insistido que as reportagens sobre o
tema são “fantasiosas”.

Governança

No campo diplomático, há interesse na retomada da defesa de uma
governança internacional da Internet. Na visão do governo brasileiro,
a rede mundial é “controlada” pelos Estados Unidos e por isso é
necessário mudanças. “No plano internacional vamos insistir no debate
sobre a governança da Internet”, afirmou o ministro das Comunicações.

Paulo Bernardo sustenta, porém, que não se trata mais de defender que
tal competência seja exercida pela UIT – como o tema foi tratado na
reunião global da entidade no fim do ano passado. “Não precisa ser a
UIT, mas poderia transformar a ICANN, que deveria ter um comitê
representativo de vários países”, defendeu.

A dificuldade é uma certa confusão com o papel da ICANN, que pode ser
melhor definida como a “lista telefônica” da Internet. Ela já possui
um conselho internacional com 20 membros de diferentes países. O
argumento, no caso, é mais baseado em a sede da ICANN ser na
Califórnia – e se sujeitar às regras daquele estado americano, além de
uma ligação com o Departamento do Comércio dos EUA.

No mais, há regras nacionais sobre comportamentos na rede em
diferentes países, como os que determinam a garantia de neutralidade
de rede, outros, como os próprios EUA, que preferem a menor quantidade
de regras possíveis para a Internet – mas não chega a existir um
“controle” que facilitaria o uso da rede para a espionagem.

O que existe é uma “dominação”, para ficar no tom usado pelo governo
brasileiro, mas ela é econômica – são americanas as principais
empresas da Internet; é dos Estados Unidos o maior tráfego da Internet
e até por isso onde estão as operadoras Tier 1, o que concentra o
roteamento naquele país. Isso facilita a espionagem americana.


Fonte: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=34230&sid=11#.Udv0KibU8mc

Em 8 de julho de 2013 11:16, Roberto Cohen
<gato.da.floresta em gmail.com> escreveu:
> Salve,
>
> Achei engraçado a reportagem com o repórter americano que mora no Brasil:
>
> Pros EUA acessarem dados de cidadãos norte-americanos precisam de amém da
> justiça, já os cidadãos de outros países, hehehe.
>
> Forte abraço,
>
> Roberto Cohen
> autor dos livros
> .. www.livrohelpdesk.com.br
> .. www.gestaohelpdesk.com.br
>
> 51.3321-2566
> 11.3522-5549
>
> www.quaizer.org
>
> Livre para MUDAR, USAR e CRIAR
> Software Open Source e Uso Livre para
> ambientes de Help Desk e Service Desk
>
>
>
> Em 08/07/2013 08:04, Albino B Neto escreveu:
>
>> -----BEGIN PGP SIGNED MESSAGE-----
>> Hash: SHA1
>>
>> Oi
>>
>> Acho que não é nada de se espantar.
>>
>> Brasil foi alvo de espionagem dos EUA, diz O Globo:
>>
>> http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/07/brasil-foi-alvo-de-espionagem-dos-eua-diz-o-globo.html
>>
>> Albino
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Marcelo Soares Souza
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