[PSL-Brasil] [OT] Sorria,

Marcelo Akira marcelo.akira em gmail.com
Quarta Outubro 8 04:48:54 BRT 2014


2014-10-07 21:06 GMT-03:00 <anahuac em anahuac.eu>:

>
> Lindo!  Verdadeiramente lindo!
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> *De: *"fabianne balvedi" <fabs em estudiolivre.org>
> *Assunto: *[PSL-Brasil] [OT] Sorria,
>
> nós estamos todos presos.
> http://www.revistabula.com/3261-sorria-nos-estamos-todos-presos/
>
> Achei interessante essa troca de mensagens entre o Anahuac e a Fabs!  São
os dois briguentos que tem polarizado as discussões nesta lista.  O Anahuac
elogiou o recado implícito da Fabs, ou será que interpretei errado?

Quando li a mensagem da Fabs, percebi uma mensagem implícita ao Anahuac e
outros anahuac-like:

1) Não há liberdade absoluta: "há sentimento de liberdade até no melhor
lugar do cativeiro". Por exemplo, conheço pessoas que produzem software
livre criados no Windows ou Mac OS.

2) Todos estão ligados um ao outro e de certa forma, nossos vínculos
limitam nossa liberdade. Por exemplo, por várias vezes, tive que optar por
gravar em um formato proprietário (.docx ou .doc) pois meus parceiros não
tinham ou não podiam instalar o LibreOffice.

Depois dos notáveis debatedores, Bruno 'Javaman', Frederico (teia.bio.br),
Cláudio Sampaio 'Patola', chegou a vez da Fabs, e deu uma definição bem
encaixada, da prática do Anahuac: bullying. Desde a primeira mensagem que
enviei diretamente a ele eu disse que estava fazendo julgamento de valor.
Desta vez, eu identifico essa prática como  Etnocentrismo:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Etnocentrismo

Essa metodologia é eficaz na formação inicial de grupos pequenos: promove a
identidade de grupo, a união e  confiança entre seus membros. Isso é mais
reforçado ainda quando existe um inimigo 'externo'. Por exemplo, a
demonização da Microsoft motivou a união de grupos de software livre, pois
eram 'contra a entidade'. Agora que a Microsoft já não é tão forte assim,
muitos líderes já procuram outros 'demônios' para reforçarem seus grupos.
Não é fácil se livrar dessa forma de pensar, pois ela é bem primitiva,
praticada nas escolas quando crianças, grupos de caça da pré-história e
ainda em algumas igrejas.

Do ponto de vista dos etnocêntricos, o Movimento de Software Livre morreu
pois já não é mais o que era antes. A missão  no momento é depurar os
seguidores da lista PSL-Brasil, praticando bullying, podemos afugentar os
fracos, só vão restar os radicais-livres, aqueles que concordarem em se
depurar, livrando-se das contas de Gmail, Facebook e outros prazeres
mundanos. Segundo essa visão, a verdade está fora da Matrix, no ascetismo,
conforme o Patola identificou na fala do Anahuac. Assim voltaremos a ser um
grupo, uma visão única, unido e coeso, mesmo que sejam poucos. Mas será que
existe somente um caminho? O Etnocentrismo vai continuar funcionando?
Podemos voltar às origens?

Eu acredito fortemente que o Movimento de Software Livre está deixando de
ser formado por tribos etnocêntricos, pois o contexto mudou.  A inclusão e
a manutenção de pessoas, com competências diferentes é essencial para a
renovação. Para expandir e promover a inclusão social, o movimento precisa
de pessoas com habilidade em Direito, Educação, Artes, Política, etc. Cada
um tem um contexto social e tecnológico diferente que deve ser respeitado.
Exigir ascetismo dos seus membros é criar uma barreira que impede o
crescimento quantitativa e qualitativo.

As táticas de antes, já não tem mais efeito e precisam ser repensadas. As
pessoas devem ser criticadas não pelo que elas usam, mas nas ações que
realizam.

Abraços,
-- 
Marcelo Akira Inuzuka
(62) 9261-4004
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