[Cisl-comunidade] Distribuições no Brasil

Thiago Henrique Ferreira Zoroastro thiagozoroastro em riseup.net
Quarta Outubro 2 17:44:55 BRT 2013


Você quer dizer que o certo é promover as raízes e não os galhos, certo?
http://www.chrisb.com.br/blog/wp-content/uploads/2009/01/linux-timeline.png

Porque o nome não importa muito, mas afirmar suas raízes também é muito
importante, mas o prbolema é que as distribuições derivadas acabam ficando
conhecidas demais e outras que nunca havia escutado falar são vendidas nos
notebooks.

Não tem como você colocar um sistema operacional sem comunidade e
oficialmente reconhecida pela comunidade. Aquelas distribuições espúrias
vendidas em notebook precisam acabar, e todas as iniciativas derivadas que
queiram ser legítimas precisam fazer referências satisfatórias às suas
raízes, ou seja, promover as raízes de sua montagem e histórico.

Não vejo problema alguma da Venezuela e a Argentina e qualquer outro país
lançar uma ditro oficial, assim como aquelas distribuições precisam
mencionar quais os nomes às quais foram derivadas e também não ejo que
seria problema algum colocar um DebianBr ou outras que somem às
comunidades que existem e que tem ligação com suas matrizes, como o
Fedora. Todo o tipo de situação e prevalecendo também a diversidade de
distribuições.

Acredito que todos os técnicos de computadores doméstics poderiam começar
a trabalhar com sistemas operacionais livres. Então a aplicação de qual
sistema operacinal pode depender do usuário escolher ou o próprio usuário
pode aprender a 'recuperar o sistema quando precisar'.

Atenciosamente.

> Tirando a parte em que o Debian é classificada como distribuição
> independente de interesses espúrios, eu concordo em grande parte com o
> texto do André.
>
> Há muito o que se fazer para que o Software Livre vença barreiras no
> governo. O SL não pode ser visto como coisa de desenvolvedor, coisa de
> aluno de faculdade, etc.
>
> Quando se apresenta uma solução livre para um problema real, o gestor
> governamental pergunta: quem vai dar suporte? pra quem eu ligo se der um
> problema? Eu tenho gente para aprender mais esta tecnologia.
>
> O governo federal está com quadro técnico cada vez mais reduzido, pelo
> menos na instituição onde trabalho (ligada ao MCTI). Concursos são raros,
> e
> colocar gente de TI é muito dificil.
>
> O modelo de compra do governo - engessado por todas as leis, não
> privilegia
> necessariamente a melhor solução técnica, mas sim aquele que está melhor
> enquadrado nas regras do MPOG + Procuradoria + 50000000 de leis. E ai, as
> grandes organizações, normalmente, multinacionais, que vendem software
> proprietário, que entregam caixas pretas, com toda a possibilidade de
> "backdoors", são as que atendem os requisitos. Elas tem equipes gigantes
> de
> advogados só para se adequarem à legislação.
>
> Já o SL que pode ser a melhor solução técnica, pode ter o menor custo
> total
> (TCO), etc., mas que foi desenvolvido por um grupo de voluntários ao redor
> do mundo, que não tem uma empresa que o assuma como sendo um "produto" seu
> (no sentido de se responsabilizar pelo suporte, etc), dificilmente
> consegue
> entrar para ganhar estas licitações.
>
> A utilização do SL pelo governo é muito dependente das iniciativas
> isoladas
> do próprio pessoal de TI que vê a oportunidade, conhece uma solução livre,
> e, às vezes antes que um edital seja feito, apresenta uma solução adequada
> ao problema. É muito difícil, até mesmo raro, haver uma demanda específica
> de SL.
>
> Abs.
>
>
> Em 2 de outubro de 2013 10:22, Andre Felipe Machado <
> andre.machado em serpro.gov.br> escreveu:
>
>> Olá,
>> Por favor, não vamos retroceder 10 anos e voltar a inventar a "distro do
>> dia", a "distro da empresa" , a "minha distro de hoje".
>> Essa fase já passou no Brasil, felizmente.
>> Até o Kurumin já
>> encerrou<http://www.hardware.com.br/noticias/2009-01/49821F24.html>atividades
>> por ter passado sua época oportuna de agregação de valor. Leia o
>> comunicado do Morimoto, na época.
>>
>> Há distribuições com kernel Linux ou BSD <http://www.freebsd.org> ou
>> Illumos <http://wiki.illumos.org/display/illumos/Distributions>
>> puramente comunitárias <http://www.slackware.com> e
>> independentes<http://www.debian.org>de interesses espúrios, outras nem
>> tão <http://fedoraproject.org> independentes (muito
>> influenciadas<http://www.fedora.org>por empresas patrocinadoras), e
>> outras <http://www.redhat.com> que são comerciais <http://www.suse.com>,
>> todas de ótima qualidade, mas cada uma com seu foco. E muito lixo solto
>> por
>> aí também.
>> Não é mais viável ou oportuno desperdiçar valiosíssima e escassa força
>> de
>> trabalho qualificada para reinventar a roda, e ainda obter um resultado
>> quadrado.
>> Deve-se é apoiar as distros comunitárias e independentes sólidas com mão
>> de obra qualificada ou de outras formas.
>> Se for necessário numa instituição, basta pré-configurar pacotes
>> originais, sem alterar código localmente, só no upstream se for aceito.
>>
>> As batalhas de hoje estão no patamar das aplicações de missão crítica.
>> Nas licitações de contratos de suporte 24x7 com call center,
>> consultoria,
>> treinamento.
>> Na formação de ambiente econômico robusto em torno do software livre
>> usando o poder de compra do governo para incentivar o mercado a evoluir
>> técnica e comercialmente.
>> Na sensibilização dos gestores e servidores públicos para os benefícios
>> de
>> usar software livre para as instituições, para o país, e para suas
>> carreiras individuais (sim, usar sw livre qualifica o profissional para
>> acima da média).
>> Na reformulação das leis e diretrizes de aquisições em TI para
>> considerarem o sw livre também.
>> Sem um robusto ecossistema de empresas de serviços agregados em torno do
>> sw livre, este não conseguirá se firmar no setor público.
>>
>> Obrigado.
>> --
>> André Felipe Machado
>> CEAGO/COTSC/COSTE
>> As Lou Gerstner, former Chairman and CEO of IBM, observed: 'I came to
>> see,
>> in my time at IBM that culture isn’t just one aspect of the game; it
>> *IS*
>> the game.'
>> -------------
>> -
>>
>>
>> "Esta mensagem do SERVIÇO FEDERAL DE PROCESSAMENTO DE DADOS (SERPRO),
>> empresa pública federal regida pelo disposto na Lei Federal nº 5.615, é
>> enviada exclusivamente a seu destinatário e pode conter informações
>> confidenciais, protegidas por sigilo profissional. Sua utilização
>> desautorizada é ilegal e sujeita o infrator às penas da lei. Se você a
>> recebeu indevidamente, queira, por gentileza, reenviá-la ao emitente,
>> esclarecendo o equívoco."
>>
>> "This message from SERVIÇO FEDERAL DE PROCESSAMENTO DE DADOS (SERPRO) --
>> a
>> government company established under Brazilian law (5.615/70) -- is
>> directed exclusively to its addressee and may contain confidential data,
>> protected under professional secrecy rules. Its unauthorized use is
>> illegal
>> and may subject the transgressor to the law's penalties. If you're not
>> the
>> addressee, please send it back, elucidating the failure."
>>
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