[Cisl-comunidade] ​Temer trocará software livre por programas da Microsoft em todo o governo

Alessandro Ebersol alebersol em gmail.com
Quinta Novembro 3 21:27:26 BRST 2016


Muito bom, repassando!

Sds,



Em 1 de novembro de 2016 21:35, Hugo Do Nascimento <hadn em inf.ufg.br>
escreveu:

> Caros, eu li agora o documento de apoio à "*Contratação Conjunta de
> Softwares e Serviços Microsoft*". Está em http://www.governoeletronico.
> gov.br/eixos-de-atuacao/governo/sistema-de-administracao-dos-recursos-de-
> tecnologia-da-informacao-sisp/ncti-nucleo-de-contratacoes-
> de-tecnologia-da-informacao/informes-ncti
>
> A situação é mais feia do que eu imaginava, porque eles usaram como
> argumento a padronização em torno de produtos Microsoft. A palavrinha
> "padronização" é uma palavra que o pessoal da área usa para justificar
> juridicamente
> a compra de produto de marca específica quando se já tem uma solução
> padronizada com essa marca. No entanto, quando se coloca isso em um edital
> tão amplo desse jeito, dar-se a entender que existe sim uma politica de
> padronização em favor do produtos Windows no Governo Federal, o que é um
> absurdo por todas as razões. Primeiro, cadê o documento com a politica de
> padronização nesse sentido? Segundo, se essa politica oficialmente existir
> é errada tanto economicamente quando tecnicamente (em termos de segurança
> da informação, independência tecnológica. etc.).
>
> Assim, estou engrossando meu discurso contrário ao edital. Já assinei a
> Petição em https://secure.avaaz.org/po/petition/Governo_Federal_Nao_
> trocar_Linux_por_Windows/?aczGehb. O resumo dos meus argumentos são esse:
>
> "Entre os objetivos da licitação, apresentados no documento de apoio à
> compra de produtos Microsoft, estão o de "padronizar a tecnologia dos
> softwares aplicativos utilizados no âmbito da APF" e o de "evoluir as
> especificações técnicas dos softwares aplicativos a serem adquiridos pelas
> unidades da APF visando mantê-las alinhadas com o estágio mais avançado do
> mercado fornecedor". Frente à existência de soluções em software livre que
> são estáveis, eficientes, gratuitas e que atendem perfeitamente as demandas
> de padronização de software, não faz sentido direcionar um processo de
> padronização para programas de computador proprietários, o que desrespeita
> o princípio da economia dos recursos públicos, além de agravar os
> conhecidos problemas de segurança da informação e de pouca independência
> tecnológica do Estado Brasileiro. Neste sentido, sou veemente contrário à
> realização de uma licitação que têm como meta padronizar produtos da
> Microsoft nos sistemas computacionais do Governo. Ao contrário, entendo que
> o Governo deva posicionar-se definido explicitamente a sua padronização com
> base em tecnológicas livres para as demandas que foram colocadas no edital.
> Neste caso, licitações de produtos proprietários ainda poderiam ser
> realizadas, mas para demandas pontuais e muito bem justificadas."
>
>
> Estou a disposição para ajudar
>
> ----
> Professor Associado
> Instituto de Informática - UFG
> Web: http://www.inf.ufg.br/~hadn
> Email: hadn em inf.ufg.br
> Fone: +55 62 3521-1181
> Voip RNP: 1131-2384 (Central: +55 62 3501-9203)
>
> Em 1 de novembro de 2016 17:24, Hugo Do Nascimento <hadn em inf.ufg.br>
> escreveu:
>
>> Uma coisa é o edital de compra de Windows, a outra é a política de SL
>> dentro do governo.
>>
>> A compra de Windows, Oracle, etc. vai continuar a existir por razões
>> justificáveis. Por exemplo, uma instituição de ensino superior federal vai
>> comprar Windows para algumas máquinas, porque os alunos precisam aprender a
>> utilizar ambos os sistemas operacionais e porque algumas das principais
>> ferramentas de software utilizadas no mercado pelos futuros formandos só
>> rodam nessa plataforma. Alguns setores de TI, por sua vez, podem necessitar
>> de novas licenças do Oracle, uma vez que já possuem uma grande base de
>> sistemas legados que dependem dessa plataforma e que precisam rodar em uma
>> nova máquina servidora com mais CPUs. Há também algumas necessidades para
>> as quais soluções livres ainda não estão sólidas e o foco da equipe de TI
>> não é desenvolvê-las. Assim, um edital federal de compra de software
>> proprietário com possibilidade de adesão na origem por outros órgão (como
>> já vem sendo feito para a compra conjunta de hardware e de outros serviços)
>> atende bem essa finalidade.
>>
>> Fora isso, tudo depende da motivação correta das pessoas e da experiência
>> e do envolvimento do órgão/instutição com o software livre. Se a equipe de
>> TI e se os gestores sabem realmente o que é software livre, conhecem a
>> importância do mesmo para o governo e já possuem experiência com o uso
>> dessas soluções ou têm contatos sólidos com quem já trabalha com elas,
>> então não vão querer trocar uma solução baseada em software livre que está
>> evoluindo por uma proprietária, uma vez que preveem os problemas e os
>> custos que terão a médio e longo prazos. Já quem não tem essa visão ou que
>> está indeciso é quem será seduzido pela suposta vantagem da solução
>> proprietária. Neste caso, a existência de um grupo de trabalho ativo em
>> prol do uso de software livre com bons contatos sociais e técnicos é de
>> grande importância, pois ajudará a dirimir as dúvidas e a melhor direcionar
>> os investimentos.
>>
>> Desta forma, pessoal, se os grupos de trabalho e as comissões de
>> implantação em SL de vocês estão paradas, é hora de acordar e reforçá-las,
>> uma vez que elas têm um papel importante a desempenhar!
>>
>> Abraços
>> Hugo
>>
>> ----
>> Professor Associado
>> Instituto de Informática - UFG
>> Web: http://www.inf.ufg.br/~hadn
>> Email: hadn em inf.ufg.br
>> Fone: +55 62 3521-1181
>> Voip RNP: 1131-2384 (Central: +55 62 3501-9203)
>>
>> Em 1 de novembro de 2016 12:51, Cristiano Cachapuz e Lima (NTI) <
>> cristiano.nti em bage.rs.gov.br> escreveu:
>>
>>> Essa morte vem sendo prenunciada há um bom tempo. O Portal de Software
>>> Público está largado há um bom tempo. No mínimo, 3 anos.
>>> Dentro dos diversos ministérios em Brasília sempre houve "fogo amigo",
>>> inimigos na trincheira. A adesão ao SL nunca foi uma unanimidade.
>>> Um exemplo é a Caixa Econômica Federal: assinava protocolos de adesão ao
>>> SL e distribuía aos clientes planilhas Excel com macros que só rodavam no
>>> Office.
>>> Aí fica difícil...
>>>
>>> --
>>> Cristiano Cachapuz e Lima - cristiano.nti{em}bage.rs.gov.br
>>> Analista de Tecnologia
>>> Prefeitura Municipal de Bagé
>>> (53) 32405265
>>>
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>>>
>>> Portal do CISL: www.softwarelivre.gov.br
>>> _______________________________________________
>>> Cisl-comunidade mailing list
>>> Cisl-comunidade em listas.softwarelivre.org
>>> http://listas.softwarelivre.org/cgi-bin/mailman/listinfo/cisl-comunidade
>>>
>>
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