[Flisol-br] Ubuntu – Entre Gregos e Troianos

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Terça Março 26 15:04:44 BRT 2013


A Comunidade Linux Indaiatuba se manifesta em apoio a Comunidade Ubuntu

Nossa posição é idêntica a do nosso amigo Edson Lima

Ubuntu – Entre Gregos e Troianos

Por Edson Lima | Published: 26 de março de 2013
Fonte: http://ubuntubrsp.com/ubuntu-entre_gregos_e_troianos/

Há muitos anos que sempre ouço a mesma frase: “Esse ano será o ano do Linux
nos desktops.”

Foram tantas distribuições que vi nascer, assim como as vi morrer a míngua,
seja por conta das empresas por trás ou por conta da comunidade abandonar o
projeto.
Manter uma distribuição GNU/Linux não é fácil. São tantas as atualizações
de segurança, compatibilidade com hardware, centenas, se não milhares, de
modelos de periféricos que necessitam especificamente daquele driver e
muito mais.

Me recordo do início das primeiras distribuições Linux onde tínhamos que
compilar kernel, compilar drivers, procurar feitos loucos, numa internet
limitada e lenta, por uma “alma caridosa” que pudesse desenvolver um driver
específico para a nossa placa de vídeo, câmera ou seja lá qual raios de
periférico desejávamos fazer funcionar.

Sempre aparecia uma nova distribuição com a promessa de ser mais “amigável”
com o usuário final e mesmo assim nunca conseguia agradar a todos por conta
das grandes dificuldades que encontravam devido a gama enorme de drivers
necessários para que pudessem atender o máximo possível de computadores
diferentes.

Muitas pessoas que não sabiam, e que continuam sem saber, como funciona um
trabalho comunitário, começavam a reclamar nos fóruns xingando e reclamando
com muitos programadores voluntários – que poderiam estar com suas famílias
ou fazendo algo pessoal sem ser se preocuparem com um bando de mal
agradecidos que só sabiam reclamar de tudo – por conta de que o driver
desenvolvido não funcionava como o esperado no computador dessa pessoa.

Quantas vezes entrei em discussão com pessoas que diziam que “Linux não era
para qualquer um”.
E esse tipo de mentalidade é que fazia, faz e continuará fazendo o Linux
não ser o sistema operacional de maior usuários no desktop. A não ser que
tenha uma distribuição e uma comunidade que se levante contra essa atitude
extremista e que fique ao lado do usuário que quer ter apenas seu Linux
rodando bonitinho no seu micro sem se preocupar com que diabos de hardware
é compatível ou não com a sua distribuição.

E foi com essa forma de pensamento que surgiu o Ubuntu. Uma distribuição
que quer apenas descomplicar. Que quer que todos possam ter um sistema
operacional seguro, rápido e eficiente mas que não precise ser um
programador para fazer seu micro funcionar corretamente.

A Canonical, empresa por trás do Ubuntu, garante que ele seja livre para
que todos possam usar e modificar como bem entender, mas também tenta fazer
com que funcione no maior número possível de equipamento sem ter que deixar
ao usuário essa árdua tarefa.
Para isso basta que o usuário queira instalar esses drivers de terceiros, e
que está bem explícito ser de terceiros, na hora da instalação do Ubuntu.
Tudo é configurável, tudo pode ser mudado, alterado, desabilitado quando
bem entender o usuário. Mas como eu já disse, o foco é facilitar a vida do
usuário que só quer uma instalação sem complicações. Porém não é impedido
que o usuário avançado personalize conforme seus gostos.

Agora o senhor Richard Stallman, um extremista que acha que tudo que seja
diferente do seu ponto e vista é ruim e nefasto, inflama as comunidades de
softwares livres a boicotar o avanço do Ubuntu e desta forma privar que o
usuário comum possa ter acesso a uma distribuição segura, rápida e
descomplicada.
Tudo isso porque a filosofia do Ubuntu é “Linux para seres humanos”?
Apenas por ser fácil de usar para a grande maioria das pessoas e não para
um grupo seleto de pessoas que tem uma maior intimidade com os computadores?

Da mesma maneira que esse senhor deseja boicotar o Flisol para que não haja
instalações de Ubuntu para quem desejar, nós que adotamos e apoiamos o
Ubuntu como uma distribuição sem complicação, devemos nos levantar e
defender essa bandeira, que não é apenas nossa, mas sim de uma grande
maioria que é prisioneira de um software ruim e inseguro como o Microsoft
Windows e que desejam desfrutar também dessa nossa liberdade sem
complicações.

Talvez o motivo principal de Richard Stallman não seja de que o Ubuntu
tenha drivers proprietários disponíveis para o usuário usar em seu
computador ou outras “picuinhas” que queira achar, mas sim em ver que uma
distribuição, que ele não apoia, seja mais forte que qualquer outra que ele
tenha apoiado em toda a sua vida.

Acho que as contribuições que Richard Stallman tenha dado ao MUNDO sejam
muitas, mas “talvez” a “beatificação” que muitos elevam a ele, tenha lhe
subido à cabeça.

Em tempo: Se o Ubuntu é tão nefasto pela utilização de softwares que sejam
proprietários, por quê o senhor Stallman diz que o uso de MP3 não é crime?

Somente após o surgimento do Ubuntu é que empresas começaram a ver e sentir
a segurança de crescimento necessária para que eles pudessem desenvolver e
adaptar seus produtos para essa plataforma.
Hoje são empresas desenvolvendo jogos e aplicativos que há alguns anos
atrás era impossível de sonhar existir em qualquer distribuição GNU/Linux.

Não há como mudar o mundo de maneira radical e intolerante. Temos que ir
aos poucos e continuamente.
O que não se pode permitir é que esses tipos de “brigas internas”
enfraqueça uma grande comunidade e pulverize em milhares de outras pequenas
cada uma olhando apenas o próprio umbigo.

A força de uma comunidade se da pela união das pessoas envolvidas em prol
da maioria e não pensando apenas em benefícios próprios ou status.

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