[gt-educacao] Distribuição Gnu/Linux para um tablet educacional

[Frederico Goncalves Guimaraes]

Olá Wilkens e demais,

Consta no registro WO15335 do Livro da Grande Teia que
wlenon em softwarelivre.org, em 15/02/13 escreveu o seguinte:

>tenho certeza de que eu seria pelo menos ouvido, embora não tenha a  
>mesma certeza se o projeto que venha apresentar será aceito e
>colocado em prática, mas é aí que vocês entram: temos uma oportunidade
>de influenciar um prefeito e fazê-lo enxergar a oportunidade de
>colocar tecnologias livres a serviço da educação.

Bom, se existe a possibilidade de diálogo, comprar computadores
portáteis (net/notebooks) é MUITO mais interessante do ponto de vista
pedagógico do que tabuletas, especialmente se considerarmos que estamos
falando de escolas públicas. Existem vários argumentos favoráveis a
isso, entre eles, cito:

- Tabuletas são, em sua essência, aparelhos de uso pessoal. Pra usá-los
  plenamente, inclusive, você tem que cadastrar sua conta da Google.
  Portanto, não é uma boa ideia usar esse tipo de aparelho em um
  ambiente que é, essencialmente, coletivo, perfeito para aparelhos
  onde é possível criar várias contas ou sistemas diferenciados de
  autenticação, como os portáteis.

- Portáteis são mais personalizáveis. Você pode colocar o sistema que
  quiser, configurado do jeito que você mais interessar. Permite
  inclusive a construção de ISOs já pré-configuradas com a distribuição
  a ser usada, o que simplifica absurdamente o processo de instalação e
  manutenção.

- Com exceção da tela de toque, praticamente tudo o que se faz na
  tabuleta é possível de se fazer nos portáteis. O contrário não é
  verdadeiro. A própria tela de toque também é possível, mas ainda é
  cara.

- Portáteis são MUITO mais confortáveis para se trabalhar, especialmente
  se considerarmos grandes entradas de dados, como digitação de textos
  e planilhas.

Bom, esses são apenas alguns argumentos rápidos, que podem ser muito
mais bem elaborados. Na minha opinião, essa história de tabuletas para
alunos é um modismo motivado muito mais pelo brilho da novidade do que
qualquer estudo pedagógico mais sério.

Por isso, Wilkens, se você tiver a oportunidade de ser ouvido, faça
essa ponderação. Isso pode ser de grande valia pro futuro dos usos
educacionais da tecnologia por aí.

E se precisar de apoio, é só falar. Aqui em BH temos experiências em
nossas escolas tanto de laboratórios com desktops quanto com
portáteis. Argumento é o que não falta.  :-)


Um abraço e até mais.


Fred
-- 
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