software para levantamento de fundos (crowdfunding)

[Antonio Terceiro]

Bráulio Bhavamitra escreveu:
> Vale lembrar que também não tem testes o kernel do Linux, o Gtk,
> Gnome, etc e etc.

Você está comparando bananas com maçãs.

0) Esses softwares tiveram seu desenvolvimento iniciado a bastante tempo
atrás, numa época que tanto a compreensão conceitual sobre testes
automatizados quanto a tecnologia pra desenvolver esses testes estavam
bastante aquém do que se tem em 2012. Diferente do selfstarter, que foi
publicado 2 semanas atrás.

1) eles são software inerentemente difíceis de testar, o que de uma
certa forma explica o fato deles "não terem testes". Diferente do
selfstarter, que é uma aplicação uma aplicação rails, para a qual existe
uma infraestrura de testes fantástica e bastante documentação.

2) na verdade, existem várias iniciativas pra fazer testes automatizados
desses projetos, e.g.:

http://www.phoronix-test-suite.com/
https://launchpad.net/checkbox
https://launchpad.net/lava

> Portanto, não se pode dizer que testes diminuem a quantidade de bugs.

Ninguém aqui disse isso.

Nem ninguém disse que o selfstarter é necessariamente ruim por não ter
testes; só comentamos esse fato fazendo piada porque na nossa
experiência de manter software como profissão, não ter testes é muito
arriscado. A gente faz piada quando fica com medo.

> Os testes de usuário ainda definem a qualidade final do produto, tanto
> de usabilidade e funcionalidade quanto de desempenho e robustez.

Os testes de usuário não definem a qualidade final do produto, mas
colaboram pra ela. Mas assim como testes automatizados não são toda a
estória, testes de usuário também não são.

Quer dizer, em projetos maduros, com uma base de usuários grande, e com
um tempo razoável de teste de stress com usuários reais (caso dos
projetos que você citou pra justificar "não ter testes"), sim, os testes
de usuários colaboram bastante para maturidade/qualidade/etc.

Num projeto que foi publicado 2 semanas atrás (caso do selfstarter),
definitivamente isso não aconteceu ainda.

> No entanto ele facilita o trabalho em grupo evitando regressões quando
> muitas pessoas mexem nas mesmas partes do código.  A prática de testes
> unitários se popularizou em alguns frameworks/linguagens,
> principalmente em linguagens interpretadas que dão muita liberdade e
> por conta de muitas exceções não serem capturadas pela falta de
> compilação.

A distância entre fazer um código compilar e garantir que ele funciona,
e principalmente, que continua funcionando na medida que é alterado, é
bem grande. :)

-- 
Antonio Terceiro <terceiro at colivre.coop.br>
Colivre - Cooperativa de Tecnologias Livres
http://www.colivre.coop.br/


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