[PSL-Brasil] Software Público Com Br

Eduardo Santos eduardo.edusantos em gmail.com
Quarta Janeiro 23 01:26:20 BRST 2013


Olá Marcus,

Vou dar seguimento ao que o Anahuac estava dizendo:


O primeiro é justamente o fato de, até onde eu sei, a logomarca do portal
> software público não está licenciada como LPM. Nem poderia, pois o que é
> licenciado como LPM são as logomarcas dos softwares públicos e não a
> logomarca do portal (é só ler a LPM). A LPM se aplica a TODOS os softwares
> que estão no portal do software público, e não a quase todos.
>

Nesse ponto você está enganado. A logomarca do Portal obedece os mesmos
termos. Dúvidas consulte a equipe do Portal.


> Segundo: quando eu pego um software do portal do SPB.gov.br público e
> coloco no portal SPB.com.br, eu explicitamente estou usando um software
> que o governo homologou para ser usado Brasil afora, ou seja, ele tem um
> "selo de qualidade" do governo federal.


Não entendo o que você quer dizer com "colocar no Portal SPB.com.br". O
software é livre, estamos baixando e utilizando, assim como qualquer outra
pessoa e/ou empresa pode fazer.

Vale ressaltar que, como o Anahuac já disse, a comunidade continua onde
está. Não estamos mexendo com o ambiente de colaboração; apenas estamos
criando um serviço com base no software. Se ele for bom ou tiver um "selo
de qualidade" como você diz, melhor pra todos.


> Aqui temos um impasse que é o seguinte: existe uma equipe que homologou o
> software e que, por uma razão simples de segregação (separação) de função
> não vai poder participar da implantação do mesmo (o fiscal não pode
> fiscalizar seu próprio trabalho) onde quer que seja. Suponhamos que esta
> implantação seja muito lucrativa. Como haverá incentivos para que os
> homologadores continuem sendo simplesmennte homologadores, visto que
> trabalhando na ponta o trabalho dá mais dinheiro ?
>

Não entendi o que você falou como "equipe que homologou o software". Está
se referindo ao desenvolvedor original (DBSeller) ou à equipe de
especialistas do Ministério do Planejamento que avaliou o software antes de
sua disponibilização?

Se estiver se referindo ao primeiro time, do desenvolvedor original, não há
conflito nenhum. A DBSeller vai continuar realizando a implantação onde
quiser, assim como outras empresas que desejarem também podem fazê-lo. É
uma relação econômica direta entre quem oferece um serviço e quem pode
comprá-lo.

Talvez o seu argumento vai na linha de que permitir a implantação do
software por parte de outras empresas pode enfraquecer financeiramente o
desenvolvedor original. Seria o mesmo que dizer que, ao liberar o software
como livre, a empresa está perdendo dinheiro pois não terá mais direito de
exclusividade sobre a venda do mesmo. Existem uma série de questões que
envolvem o modelo de negócios para se trabalhar com software livre, e
podemos discuti-las se for essa a sua intenção. Mas sim, se a empresa
desenvolvedora original libera o seu código, estará automaticamente
permitindo que outras empresas prestem serviço com o mesmo software. É para
isso que o modelo foi criado, para começo de conversa.

Há ainda questões relativas ao provisionamento, mas deixo aqui um link se
quiser se inteirar mais sobre o tema: http://www.trezentos.blog.br/?p=5907


> A meu ver, o SPB.gov.br deveria ser uma iniciativa que trabalhasse com o
> efeito de uma pedra no lago, ou seja, acontecesse uma onda de multiplicação
> com fomento do governo federal.
>

Esse serviço não tem absolutamente nada a ver com governo: é uma iniciativa
100% privada. Se o governo quiser investir no serviço, estaremos à
disposição. :)


> Tudo de bem, já vi que isso não funcionou. O SPB.com.br é justamente uma
> tentativa de reposta a este mal funcionamento do processo. Mas temos que
> refletir muito em como isto está sendo feito para não cairmos em armadilhas
> que nos levem a situações como esta que eu relatei acima. Senão, vai
> parecer que todo o esforço de uma comunidade cheia de boas intenções foi
> utilizado para carrear vantagens para poucos.
>

O que você quer dizer com "comunidade cheia de boas intenções"? Da forma
que você expõe, parece que ao criar um modelo de negócios com foco em
serviços para o software livre estamos indo contra o desenvolvedor
original, quando é justamente o contrário.

Continuamos abertos a maiores esclarecimentos, caso achem necessário.

-- 
Eduardo Santos
Analista de Sistemas

http://www.eduardosan.com
http://twitter.com/eduardosan
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