[PSL-Brasil] MiniCom capturado pelas TELES... Eleições para o CGI.br ... mobilização imediata!!!

Anahuac anahuac em anahuac.biz
Domingo Junho 9 23:33:18 BRT 2013


Caramba Hudson!
Que resposta sensacional!

Estou absolutamente de acordo contigo.
Acho que você devia dedicar um tempo e escrever uns artigos também :-)

Sobre o rise-up comento em outro tópico.


--

Anahuac de Paula Gil

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----- Mensagem original -----
> De: "Hudson Flavio Meneses Lacerda" <hfmlacerda em yahoo.com.br>
> Para: "PSL-Brasil" <psl-brasil em listas.softwarelivre.org>
> Enviadas: Domingo, 9 de junho de 2013 22:39:42
> Assunto: [SPAM] Re: [PSL-Brasil] MiniCom capturado pelas TELES... Eleições para o CGI.br ... mobilização imediata!!!
> 
> Omar Kaminski wrote:
> > E se as ferramentas de monitoramento estiverem colocadas nos backbones
> > ou nos provedores, deixar de usar a internet?
> 
> Oi Omar,
> 
> Eu não teria muita dificuldade em fazer isso. Nenhuma tecnologia é
> imprescindível -- exceto na área médica.
> 
> Mas há, na sua pergunta, um otimismo exagerado, provalvemente apenas
> retórico: "e se...?" As ferramentas de monitoramento de fato *estão* nos
> principais centros de dados. Já é sabido que a NSA instalou centros de
> monitoramento ao lado de clusters e coleções de servidores de Google e
> Amazon. A internet não é muito descentralizada. O que as grandes redes
> sociais e mega agregadores de informação têm de especial é que a
> mineração dos dados é muito mais fácil, pois elas já têm tudo pronto
> para isso.
> 
> A questão é que apenas sair desses ambientes monitorados o quanto for
> possível não é eficar para combater a vigilância e abusos.
> 
> Na sessão de perguntas de uma de suas palestras, alguém perguntou ao RMS
> se não seria mais eficiente usar o Facebook como meio de divulgação de
> software livre e em outras campanhas (pois é lá que se encontra muita
> gente), ao invés de descartar completamente seu uso e acabar atingindo
> um público menor. A resposta do Stallman foi (aproximadamente nestes
> termos) que não se trata de um jogo contra um adversário, mas de uma
> guerra contra um inimigo -- e não se deve colaborar com o inimigo.
> 
> Então, é preciso pensar em alternativas de resistência, mesmo que
> implique se expor ao inimigo (e ía eu citaria novamente o texto do
> Stallman sobre compromissos ruinosos, em que há que avaliar as
> conseqüências das ações), correndo o risco de contribuir com o inimigo
> de alguma forma -- até repito a comparação com luta armada, vejo o
> dilema (como escreveu o Patola) com um grau de gravidade muito alto.
> 
> O que não dá, e nisso concordo com o Anahuac, é usar esses desserviços
> sem fazer um estardalhaço de alerta  s outras pessoas, senão fica
> parecendo que, por exemplo, se inscrever como um "target" do Facebook é
> algo aceitável, afinal o/a ativista fulano/a também tem uma conta lá.
> (Pra quem não sabe, o Facebook representa internamente suas vítimas,
> digo, usuários ou signatários, como "targets" -- alvos.)
> 
> Quanto aos provedores, sim, são um problema. Meus firewalls (em série)
> são configurados para não passar nada dos servidores de google e
> facebook (entre outros), por causa de sítios que contêm scripts daquelas
> empresas. Mas de vez em quando elas acrescentam algum IP novo e
> conseguem furar o bloqueio (aparentemente os scripts conseguem detectar
> as falhas de conexão), e isso aconteceu na semana passada. O que achei
> curioso é que o google estava usando não um servidor dos EUA, mas um da
> Telemar.
> 
> Para reduzir a bisbilhotagem, algumas sugestões que devem ser amplamente
> difundidas são:
> 
> 1- O uso de HTTPS e conexões encriptadas sempre que possível, por
> exemplo, através do plugin "HTTPS Everywhere" para
> Firefox/Iceweasel/Iececat/TorBrowserBundle;
> 
> 2- O uso de ofuscadores de conexão como Tor (com as devidas precauções,
> conforme as características desses recursos);
> 
> 3- Criptografia de ponta a ponta com GPG, que poderia ser mais usada em
> correio eletrônico. Isso é algo que eu gostaria de fazer, mas que por
> não ser simples o suficiente, acaba desestimulando seu uso.
> 
> 4- SSH, TLS, StartTLS e outros métodos de criptografia que podem reduzir
> ou impedir a bisbilhotagem. Configurar o cliente de correio eletrônico
> para usar conexão encriptada.
> 
> 5- Redes sem fio abertas, ou, melhor dito, de usuários múltiplos e
> anônimos. Li que, infelizmente, certos provedores de acesso como GVT
> impõem, nos contratos de adesão, multas de cerca de 10 mil reais em caso
> de "aluguel", "sublocação", etc. o que pode dar margem a proibir que os
> usuários deixem suas redes sem fio abertas. Uma observação é que redes
> sem fio "abertas" ("unsecured", sem senha) podem ser realmente
> inseguras, mas há a possibilidade de usar criptografia com senha
> pública, o que já dá uma boa segurança. Nos EUA existe o movimento
> OpenWireless.Org , que é um bom exemplo de campanha a se reproduzir por
> aqui. Devemos lutar para manter o direito de compartilhar nosso acesso a
> internet com quem quisermos. (Um minuto, para eu religar o rádio...
> Pronto, estou de volta.)
> 
> Espero que os colegas tenham outras sugestões.
> 
> (Aliás, ainda aproveitando a questão e fazendo um comentário ao texto
> recente do Anahuac, em que ele sugere o RiseUp.net como alternativa ao
> GMail: para o vigilantismo do governo dos EUA não adianta muito, porque
> o RiseUp -- criado por pessoas do Ocupy Wall Streeet -- fica nos EUA e,
> portanto, está sujeito   tratorada da ditatura de lá. O que ele reduz é
> o acesso direto e mastigado que haveria com o uso dos grandes serviços
> de correio-e feitos para monitorar. O uso do StartTLS também é algum
> atrativo, comparado aos correios tradicionais que não têm criptografia
> absolutamente nenhuma. O que precisamos é de criar "RiseUps" no Brasil,
> na América Latina, mantidos com dinheiro nosso e sem nenhuma relação com
> empresa dos EUA, para ficar fora da ingerência imediata do Grande Irmão.)
> 
> >
> > E se há cada vez mais câmeras de vigilância nas cidades, deixar de
> > sair nas ruas?
> >
> > E se as empresas cada vez mais vigiam os que os funcionários fazem,
> > deixar de ir trabalhar?
> 
> O importante é rejeitar o quanto possível esse monitoramento, lutar
> contra ele. Não aceitá-lo passivamente. Não dar a entender nem por um
> minuto que ele seja aceitável. Nos contextos em que for possível, sim,
> evitá-los -- pode não ser eficiente de maneira direta, mas por uma
> questão de princípio e de conscientização. Ou ainda para dizer, tal como
> os palestinos sitiados, que a um gato engaiolado resta-lhe pelo menos
> mostrar as garras.
> 
> Até mais,
> Hudson
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