[PSL-Brasil] Síndrome de Stallman

Alessandro Moura alex em softwarelivre.org
Sábado Fevereiro 28 06:03:49 BRT 2015


Quem não respeita o Stallman não deveria nem dizer que faz parte de
Movimento Software Livre, como disse o Marcelo que "isso não significa que
eu precise agir como o RMS e fazer tudo que ele faz", porém, o mínimo que o
RMS merece é o nosso respeito por dedicar sua vida ao Software Livre
tentando salvar até mesmo aqueles que o repudiam. Para muitos(inclusive
eu), diversos fatores impedem de seguir a risca as palavras do nosso
Stallman, porém é preciso buscar ser o mais coerente possível com o
movimento, sempre.
Anahuac é hoje uma das pessoas mais coerentes dentro do Movimento Software
Livre no Brasil que conheço, pessoas como ele que fica na linha de frente é
que fazem com que o movimento não acabe.
Parabéns pelo texto Anahuac e viva o software livre, VIVA STALLMAN.


Saudações Livres,


Alessandro Moura


Em 28 de fevereiro de 2015 00:40, Thiago Zoroastro <
thiago.zoroastro em bol.com.br> escreveu:

> Uma pequena correção no texto para quem se importa:
> "
>
> O que importa é dizer Gnu/Linux porque quem
> escreveu a cópia do Shell / comandos de terminal no UNIX foi o Projeto
> Gnu, que não faz parte do kernel Linux a que Gnu foi acoplado.
>
> "
>
> Os comandos de terminal no sistema da Apple são os mesmos porque é Unix.
> GNU foi escrito para ser o Unix não sendo o Unix, e Linux surgiu não
> necessariamente com os mesmos propósitos de GNU.
>
> On 28-02-2015 00:15, Thiago Zoroastro wrote:
> > Oi,
> >
> > Bem no dia que o que dizem ser um dos que deram origem à 'geração geek',
> > o cara que fez o 'eterno personagem Spock', um monte de gente que só
> > usou Windows vez fazer referência ao digníssimo Leonard Nimoy, você vem
> > dizer isto sobre Stallman, o cara que provavelmente inspirou a primeira
> > geração dos verdadeiros geeks, que se viravam com os computadores, com
> > software que era realmente livre. Existe aí uma coisa obscura.
> >
> > A 'síndrome de Stallman' provavelmente foi gerada inicialmente pela
> > discordância de suas ideias. Graças a essa discordância, por forças
> > muito mais poderosas de influência sobre o mundo, pessoas que sabem nada
> > de como um geek fazia sua computação fazem menção à 'lenda que inspirou
> > a geração geek'. Não é somente uma síndrome, é um posicionamento
> > político de gente que quis afirmar o Geek pela forma que os Geeks
> > provável que justamente rejeitavam: a terceirização de sua computação,
> > ou seja, a falta da liberdade de você ter o real controle sobre sua
> > computação.
> >
> > Assim vejo e gostaria de expressar em resposta a você Anahuac, belo
> > texto e é uma pena que tudo isto seja tão forçado contra algumas
> > pessoas, inclusive contra o Stallman. O isolamento midiático e econômico
> > pode colocar a pessoa para fora do que o mundo considera real e 'do
> > contexto histórico'. Isto é proposital, e provavelmente o projeto do
> > personagem Sheldon Cooper (não assisto aquele seriado e não saberia
> > fazer essa ligação que você fez) foi proposital.
> >
> > E aliás acredito que pessoalmente o Richard seja mais amigável que o
> > Linus Torvalds. O Richard pode até dizer que não está entendendo o que
> > você estiver tentando se comunicar com ele quando você não sabe o idioma
> > dele, mas eu não sei como o Linus reagiria. Não importa, comparações
> > assim podem não ser boas. O que importa é dizer Gnu/Linux porque quem
> > escreveu a cópia do UNIX no Shell / comandos de terminal foi o Projeto
> > Gnu, que não faz parte do kernel Linux a que Gnu foi acoplado. E importa
> > dizer "Código Aberto" é mercadológico e "Software Livre" é ideológico,
> > assim como não tem muito problema em dizer que software de código aberto
> > é feito em linguagens originadas de software livre, seja qual for a
> licença.
> >
> > Att.
> >
> > On 27-02-2015 17:29, anahuac em anahuac.eu wrote:
> >> Novo Artigo
> >>
> >> O Stallman não é fácil. Ele é duro, reto, honesto, rude, impaciente e
> consegue estar certo quase sempre. Se você já assistiu algum episódio da
> série americana The Big Bang Theory e já esteve com o Stallman, fará o link
> inevitável entre Sheldon Cooper e Richard Stallman. Os dois são geniais,
> querem mudar o mundo e são quase ineptos sociais. A diferença real entre
> eles é que Stallman é real, existe e vem revolucionando o mundo a mais de
> 30 anos, enquanto o outro é apenas um palhaço megalomaníaco.
> >>
> >> Mas não se pode julgar um livro pela capa, certo? Ao menos assim
> deveria ser. Me parece absurdo ter que dizer isso, mas é fato que boa parte
> da militância do Movimento Software Livre se deixou levar pelas propaganda
> anti Stallman e vem reagindo ao conceito filosófico do Software Livre
> baseando-se no seu comportamento (anti) social. Em um mundo cada vez mais
> fútil e frívolo a imagem pesa muito. Cabelo cortado, um sorriso no rosto,
> uma pitada de maldade e boom! O que quer que o candidato a galã das seis,
> tenha a dizer, deve ser ouvido. Mesmo que não seja algo bom. Vide a forma
> como a mídia age de maneira condescendente com o Lunis Torvalds, mesmo
> sendo ele mesmo uma pessoa reconhecidamente rude.
> >>
> >> A aversão à pessoa do Stallman é algo tão marcante que um colega do
> movimento, depois de uma longa conversa, em tom de brincadeira disse sofrer
> da “Síndrome de Stallman”. Então vamos tentar explicar isso e ver se, você,
> por acaso, sofre do mesmo mal?
> >>
> >> Primeiro vamos conceituar: “Trata-se de uma reação visceral,
> subconsciente, instintiva de rechaço às conceituações filosóficas do
> Software Livre definidas pela Free Software Foundation, graças ao
> comportamento anti social, rude e indelicado do criador do Movimento, do
> projeto GNU e da sua Fundação. Sua principal característica é justificar o
> Software Livre usando conceituações da Open Source Initiative.”
> >>
> >> Sintomas:
> >>
> >>  *   Repúdio visceral ao nome Stallman;
> >>  *   Incontida associação do nome GNU, FSF, Stallman ou GPL ao xiitismo
> como sinônimo de radicalismo inconsequente;
> >>  *   Convicção que Software Livre deve dar dinheiro de alguma forma,
> pois não há almoço grátis;
> >>  *   Sentir que entender e praticar os preceitos filosóficos do
> Software Livre tem conotação religiosa;
> >>  *   Certeza de que liberdade é sim “liberdade de escolha”, inclusive a
> de usar Software Privativo;
> >>  *   Descrença por essa ideia de mudar o mundo, afinal de contas o
> mundo é capitalista e nada vai mudá-lo;
> >>  *   Calafrios sempre que alguém cita que Open Source e Software Livre
> são coisas diferentes;
> >>  *   Convicção que essa coisa de GNU e Software Livre é coisa de
> comunista;
> >>  *   Discordar com veemência que Software Livre é um movimento social e
> político;
> >>
> >> Se você sente mais de três desses sintomas simultaneamente, então você
> sofre da Síndrome de Stallman. Provavelmente você é um militante, ativista
> ou simpatizante fervoroso do código aberto, que não aceita os supostos
> extremismos do Stallman. Durante seu tempo de uso do Software Livre,
> lentamente, sua percepção sobre a seriedade e comprometimento dos
> princípios do copyleft e suas implicações filosóficas foram se suavizando.
> Lentamente os apelos da simplicidade de uso das ferramentas privativas
> on-line, somados à simplicidade de instalação de “Linux” com partes
> privativas em qualquer notebook, somado ao seu fantástico smartphone foram
> minando a capacidade critica de combater o uso cotidiano de Software Livre.
> Assim o discurso do Stallman e seu séquito, foi se tornando cada vez mais
> agressivo, surreal, inverossímil, apelativo e pouco pragmático. O que um
> dia era um sonho, uma utopia que te convenceu a usar Software Livre, foi
> convertido em certeza pragmática de que apenas o acesso ao código é o que
> importa.
> >>
> >> E assim, você se convenceu de que continua sendo um defensor, ativista,
> fã de Software Livre e que foi o Stallman, a FSF e seus seguidores os que
> não evoluíram. Ficaram estacionados no tempo e na ingenuidade de fazer do
> mundo um lugar melhor. Ele são agora, mais que nunca, um bando de radicais
> intransigentes.
> >>
> >> A Síndrome de Stallman é um acometimento que vai se tornando mais grave
> com o passar do tempo, culminando com o auto convencimento de que não foi
> você quem se transformou em outra pessoa, mas que o próprio Software Livre
> deveria ser aquilo que você quer que ele seja, deixando de ser o que sempre
> foi. Você deseja, do fundo da alma, que o Software Livre se adéque ao
> mercado, ao cotidiano, que seja mais maleável, compreensível e que não
> cause tanta controvérsia. A incapacidade de perceber que essas
> características nunca foram do Software Livre e sim do OSI é o ápice da
> síndrome.
> >>
> >> Tem cura?
> >>
> >> Como a maior parte das síndromes a cura é muito difícil, podendo até
> ser incurável. Mas as etapas são relativamente simples:
> >>
> >>  1.   Assuma-se. Olhe para dentro de si certifique-se de realmente
> deseja lutar por um mundo melhor;
> >>  2.   Separe a pessoa Stallman, do conteúdo de suas ideias. Não é
> porque ele é impaciente ou grosseiro que o que ele diz está errado;
> >>  3.   Entenda de uma vez por todas que não há concessões plausíveis
> para o Software Livre. Quem cede, coaduna e se mistura com Software
> Privativo é OSI;
> >>  4.   Tenha bem claro que Software Livre e Código Aberto são coisas bem
> diferentes. Misturá-las apenas reforça a síndrome em você e nos demais;
> >>  5.   Reconhecer que foi você quem mudou é fundamental;
> >>  6.   E finalmente, terá que decidir se vai voltar a defender o
> Software Livre, como ele sempre foi ou se vai assumir sua mudança, e passar
> a defender outro conceito, como o OSI, por exemplo.
> >>
> >> Vencidas as etapas do tratamento, a sua vida será mais prazerosa e
> honesta, especialmente porque qualquer que seja o seu caminho, ele estará
> claro para você os demais ao seu redor. Assim o que o Stallman diz voltará
> a fazer sentido ou não terá a mínima importância.
> >>
> >> Saudações Livres!
> >>
> >>
> >>
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