[PSL-Brasil] Estratégias para o Software Livre prevalecer

Thiago Zoroastro thiago.zoroastro em bol.com.br
Quarta Março 11 14:38:32 BRT 2015


     "Se este sistema tivesse programas /fodões/, com certeza bateria o 
Windows, porque mais fácil ele é!"

Empregar pessoas em programação para melhorar esses programas seria uma 
ótima fonte de geração de empregos, mas isto não seria possível sem 
usuários.
Ser _competitivo_ é muito difícil, o que exige da melhora constante dos 
softwares que o software livre oferece para os usuários.
Caso não conseguirmos mais usuários, não haverá demandas por melhorias 
nem fonte de renda para empregar essas pessoas. O software livre 
continuará um movimento social & político movida por poucas pessoas 
enquanto nichos de usuários apolíticos, que existem, continuarão 
usando-os porque já conhecem o sistema operacional. E muitos não fazem 
questão de 'programas fodões', então não haveria também a demanda por 
geração de trabalho na área.

Por outro lado, se soubermos atrair os usuários com uma estratégia de 
marketing que saiba promover que há mais segurança e facilidade (para 
usuário final), despertará mais demanda e movimentação econômica no 
setor. Este era ou é o tipo de crescimento econômico que o Sérgio Amadeu 
da Silveira esperava do Brasil em seu livro Software livre: a luta pela 
liberdade do conhecimento, de 2004, há mais de 10 anos atrás. 
Entretanto, provavelmente encontramos mais motivos para nos desunir do 
que unir as pessoas para que este jogo econômico desse certo.

Lembro que, quando juntei-me ao software livre usando um tal de Linux 
chamado Ubuntu em 2007, não era o pessoal do GNU que /abria //o bico/, 
ao menos era o que parecia para mim. Lembro que o que causava mais 
divisão nos grupos de usuários era que os usuários das distribuições 
mais difíceis viam as distribuições mais fáceis como uma distorção do 
/Linux/. Esquisito, era que fui escutar falar de GNU e aprendi a 
valorizar e entendi o propósito disto apenas em 2013.

Pois bem, mesmo que houvesse ainda maior número de usuários das 
distribuições fáceis, isto poderia desencadear mais movimentações 
econômicas pelo desenvolvimento tecnológico do GNU/Linux, que 
acarretaria em melhoria dos programas livres, utilizados por qualquer 
distribuição, seja fácil ou difícil. Isto é o que importa, e não a opção 
do usuário. Que, por sinal, conhecendo GNU e sabendo o propósito disso, 
tem todo o direito de usar Ubuntu, e não usar o indicado por GNU.

Mas precisamos mostrar que software livre é muito mais que Ubuntu!
-------------- Próxima Parte ----------
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