[PSL-Brasil] Recomendação oficial por um FLISOL sem Ubuntu
Alexandre Oliva
lxoliva em fsfla.org
Terça Março 24 17:16:13 BRT 2015
On Mar 24, 2015, Cláudio Sampaio <patola em gmail.com> wrote:
> 2015-03-24 14:57 GMT-03:00 Alexandre Oliva <lxoliva em fsfla.org>:
>> On Mar 24, 2015, Cláudio Sampaio <patola em gmail.com> wrote:
>>
>> >> Se a Canonical me desse a opção de ativar ou não a tal pesquisa de dados
>> >> no meu desktop eu certamente não teria ativado. Essa opção tinha que ter
>> >> vindo desabilitada, (...)
>>
>> > Na 15.04 virá. Aí dá pra voltar a recomendar Ubuntu ou não?
>>
>> Se o marido promete que nunca mais vai bater na mulher, ela deveria
>> aceitá-lo de volta em casa e retirar a denúncia por agressão, insistindo
>> que ele sempre foi um homem exemplar?
> A analogia não serve porque como diria Edward Thurlow, "corporations have
> no soul"; empresas não têm "personalidade", "consciência", "caráter".
E o bêbado, que chega em casa e bate na mulher e nas crianças, tem?
Quando não está sob influência do álcool, pode até ter.
Mas quando se mostra incapaz de resistir ao desejo de álcool, ou ao de
lucro, perde o controle, e aí faz vítimas.
> Empresas tomam decisões para ter lucro e uma delas é
> como reagir à sua base de usuários. Se mudaram a política anterior dos
> defaults para as buscas no dash é porque sentiram que a vontade dos
> usuários para isso é mais importante para os lucros que eventualmente
> tenham com os patrocinadores que pagam por buscas no dash. E um jeito de
> ratificar que tomaram a decisão certa, e incentivar que continuem tomando
> decisões certas como essa, é reconhecer isso voltando a recomendá-lo.
Se você vai confiar só porque pararam de beber enquanto estavam de
castigo na cadeia, boa sorte.
Mas seguindo o raciocínio que você mesmo sugere, o melhor que temos a
fazer é ficarmos TODOS bem longe do Ubuntu. Isso vai mandar uma
mensagem alta e clara, não só pra Canonical, como pra qualquer outro que
sequer considere a hipótese de fazer algo parecido.
Se coubesse a mim escolher marido para alguém, não ia preferir um que só
não bate quando tem um monte de gente olhando e que reprovaria o que ele
faz. Eu ia preferir um que não bate porque sabe que isso não se faz, e
que consiga resistir aos impulsos que poderiam levá-lo a bater, ou a
perder o controle e bater.
A Canonical, por sua resposta quando a questão veio à tona, mostrou-se
não incapaz de resistir ao impulso, como ainda tentou justificá-lo como
se fosse algo aceitável. Tipo, "bati porque eu precisava bater em
alguém, e ela gosta de mim, então vai compreender e não vai achar ruim".
O mais triste é que há mulheres que são tão dependentes dos companheiros
abusivos que entram nessas. Já com software, ainda mais Software Livre,
não era pra ser assim.
Que sentido faz tanta fé, tanto endeusamento, tanta adoração quase
religiosa e tanto perdão incondicional, por uma empresa que nem alma nem
arrependimento tem?!?
Saudações Livres,
--
Alexandre Oliva, freedom fighter http://FSFLA.org/~lxoliva/
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