[PSL-Brasil] Que lindo, a ficha está caindo: "FLISOL de Curitiba rejeita repeteco da campanha querendo dividir as comunidades no evento"

Cláudio Sampaio patola em gmail.com
Quinta Fevereiro 11 18:24:52 BRST 2016


2016-02-11 17:18 GMT-02:00 <anahuac em anahuac.eu>:

>
> Verdade Patola,
>
> Mas assim, quando se vê uma placa dizendo que se vendem frutas orgânicas
> não se espera encontrar lá frutas não orgânicas misturadas às orgânicas
> para enganar os clientes. Inclusive isso é crime tipificado como
> "propaganda enganosa". É claro que pode-se encontrar várias desculpas para
> esconder uma certa quantidade de frutas não orgânicas entre as demais, mas
> não importa por qual ângulo se olhe: é enganação.
>
> É claro que a placa não diz "Exclusivamente frutas orgânicas", mas sendo
> honesto, precisava? Induzir ao erro é crime comercial porque é errado....
> não é?
>
> O mais grave, neste exemplo, é que o "dono" da referida loja é um agrônomo
> com especialização em cultivos orgânicos, o que torna a enganação ainda
> mais feia.
>
> Mas, um vegetariano defendendo que uma loja de Frutas orgânicas venda
> apenas frutas orgânicas também deve ser radicalismo religioso, certo?
>
> <http://listas.softwarelivre.org/mailman/options/psl-brasil>


Uma analogia não é um argumento, é um expediente pedagógico. Sua analogia
explica bem como você pensa, mas não é adequada - é o que se chama de
"falsa analogia" - porque são dois contextos muito diferentes. Por exemplo,
o FISL não é só um festival para instalação de alguns softwares onde você
tem alternativas parecidas que sejam livres ou proprietárias - blender vs.
3DS Max, Firefox/Chromium vs. Internet Explorer/Chrome, etc. Se fosse só
isso, inclusive eu acharia salutar a instalação somente das alternativas
livres. Mas o FISL é sobretudo instalação de SISTEMAS OPERACIONAIS
COMPLETOS, que basicamente são um "rebase" de tudo a que a pessoa está
acostumada. No caso de orgânicos, você não tem nada parecido com isso: você
não precisa incluir um não-orgânico para conseguir comer aquele orgânico.
Ou comer algum não-orgânico pra não ser afetado pelos espinhos do orgânico.
E ela *precisa* que as coisas funcionem. Depois, se acostumando ao sistema,
ela pode acumular conhecimento para "extrair leite de pedra" como muitos de
nós fazemos e, digamos, substituir o driver nvidia pelo nouveau, sempre
consciente que haverá contextos em que o driver livre não atenderá.

Então, sim, eu acho que o primeiro que tem a fazer é, dentro de limites
razoáveis, dar ao usuário o que ele precisa. Não precisa chegar ao ponto de
instalar Netflix, Steam, ou qualquer *aplicação* de alto nível que seja
livre. Mas orra, resmungar por blobs do kernel ou drivers é preciosismo e
falta de empatia! INFORME ao usuário que isto não é livre. Você estará
instalando TONELADAS de software livre no computador do usuário, junto com
algumas maçãs podres necessárias. Aliás, acho isso uma analogia melhor:
você vende duas toneladas de maçã pra alguém e tem 3 maçãs podres no
carregamento inteiro. Isso é preocupante? não. Mostre as maçãs podres
claramente e está resolvido.

-- 
Cláudio "Patola" Sampaio
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