[PSL-Brasil] Que lindo, a ficha está caindo: "FLISOL de Curitiba rejeita repeteco da campanha querendo dividir as comunidades no evento"

Alessandro Silva contato em alessandrosilva.info
Segunda Fevereiro 15 13:47:49 BRST 2016


 

Exatamente, este é o ponto! Aqui em casa, minha esposa usa Linux para
algumas tarefas como Internet, e-mail, etc. Nas palavras dela, ela se
sente mais segura e com um computador mais performático.. ela se
acostumou aos poucos com Linux. Hoje, como usuária de Windows, ele
prefere Linux para 85% das tarefas. A única exceção, são alguns jogos da
EA SPORT que ela adora e precisa do Windows. Para isso, ela tem um dual
boot. A escolha é do usúário, cabe anós sermos coerentes e mostrar qual
o melhor caminho, considerando o nosso ponto de vista, se o usuário
optar por usar software privativo, é uma escolha dele. 

Trabalhei por quatro anos num projeto que formou cerca de 50 mil pessoas
com Linux e BrOffice (na época), onde o objetivo era formar pessoas
capazes de usar o computador, o sistema operacional e uma suíte de
escritório. Digo para vcs com propriedade, para os usuários finais, o
comportamento supracitado, na maioria é um consenso. 

Abraços, 

---
ALESSANDRO SILVA
Administrador de Sistemas Linux 
RHCE | LPIC-3 | Zabbix Certified Specialist
http://alessandrosilva.info

Em 2016-02-15 13:14, Alexandre Oliva escreveu: 

> Oi, f4bs e demais,
> 
> On Feb 15, 2016, fabianne balvedi <fabs em estudiolivre.org> wrote:
> 
>> Existe um outro adjetivo que se encaixa muito melhor no objetivos de nossas ações: CONSCIENTIZAR. Ninguém lá vai instalar um software não-livre que seja necessário para a funcionalidade da maquina sem conscientizar o dono da máquina dos problemas que enfrentamos em relação a estas questões.
> 
> De minha parte, considero que conscientizar que software privativo é
> prejudicial é incompatível com instalá-lo. O ato de instalá-lo,
> enquanto exemplo (que ensina muito mais que palavras), desfaz todo e
> qualquer trabalho verbal que possa ter sido feito antes ou durante, ou
> até mesmo depois.
> 
> Dito isso, vejo uma polarização exagerada neste debate. Não só
> alimentada por "torcidas" de distros, ou pelas diferenças que se
> costumam atribuir a estratégias OSI/Linux ou FSF/GNU.
> 
> Estou enxergando um problema crucial relacionado à compreensão do
> significado de "instalar". Deixa eu explicar.
> 
> Se alguém chegasse ao FLISoL e pedisse pro voluntário da organização
> instalar o Microsoft Office, espero que seja consenso que isso não rola.
> 
> Igualmente espero que seja consenso que, se alguém chegasse ao FLISoL e
> pedisse pra instalar um GNU/Linux, mas deixasse no lugar o Windows já
> instalado, não haveria nenhuma surpresa ou objeção.
> 
> E se o visitante tivesse ouvido falar que dá pra rodar programas do
> Windows no GNU/Linux e pedisse ajuda para que o MS-Office e alguns jogos
> do Windows funcionassem no GNU/Linux também? Não estamos falando de
> instalar o MS-Office ou os jogos, presumivelmente privativos; apenas de
> instalar e configurar o Software Livre que permitiria ao usuário
> continuar utilizando alguns dos programas privativos que já usava.
> 
> Não vejo essa situação como digna de maior objeção que a preservação do
> MS-Windows, ainda que ela possa ter um efeito deletério de prolongar a
> dependência do software privativo, na medida em que o acesso a ele fica
> facilitado. Sob essa perspectiva, espero que seja também consenso que,
> caso um voluntário do FLISoL tenha o conhecimento e interesse em
> instalar e configurar o Wine para que o usuário tenha sua manifesta
> necessidade ou desejo atendidos, não há qualquer violação ao espírito do
> FLISoL, nem do Movimento Software Livre.
> 
> Por que, então, seria diferente para firmware ou drivers privativos?
> Ora, se a máquina já utilizava um dispositivo que, para funcionar a
> contento do usuário, requer uma peça de firmware privativo, é evidente
> que essa peça de firmware já está instalada na máquina, no sistema
> operacional que o usuário utilizava antes do FLISoL. Que mal haveria,
> sob a perspectiva acima, providenciar para que o GNU/Linux possa se
> valer do firmware já instalado e utilizado anteriormente, para fazer o
> dispositivo *continuar* funcionando? Já se o caso for de driver,
> ndiswrapper cumpre o mesmo papel que o Wine, permitindo que o usuário
> continue utilizando o driver que usava no sistema operacional que já
> utilizava.
> 
> Então, por que tanta discussão acalorada?
> 
> Uma vez que se entenda que o objetivo do FLISoL não é exorcizar todo o
> software privativo que possua o computador do visitante, nem é do
> Movimento Software Livre fazê-lo de forma imediata, não é incompatível
> viabilizar ao visitante a continuidade do uso de programas privativos
> que utilizava antes. As diferenças, quando existem, dizem respeito à
> forma de fazê-lo.
> 
> Não considero que instalar uma distro que faça a instalação de forma
> silenciosa e automática ajude a conscientizar a respeito do problema;
> pelo contrário, faz parecer que o software privativo é uma vantagem.
> Isso, por si só, já exclui muitas distros, para insatisfação de suas
> "torcidas" que vêem no FLISoL uma oportunidade de promover suas distros,
> ainda que em detrimento (muitas vezes não intencional) do Movimento
> Software Livre.
> 
> Mesmo distros que consultem o usuário e facilitem a instalação dos blobs
> atrapalham o trabalho de conscientização, ainda que em menor medida,
> pois igualmente valorizam o software privativo a ponto de o oferecerem,
> ainda que o usuário que dele necessite já o possua!
> 
> Por outro lado, a instalação de distros 100% Livres que utilizam o GNU
> Linux-libre não vão permitir facilmente o uso de firmware pré-instalado.
> Então, tampouco ajudam o usuário que não esteja disposto a abrir mão de
> componentes de seu hardware atual em favor de sua liberdade.
> 
> Parece-me que instalar uma distro que não empacote nem ofereça os blobs,
> mas que tampouco impeça sua carga, seja a solução ideal para um FLISoL
> conscientizador. Ainda que o processo não seja tão simples quanto o de
> uma distro que detecta a instala todos os blobs que possam vir a ser
> úteis, a busca pelo blob desejado pelo usuário na partição do sistema
> usado anteriormente e a configuração do sistema novo para utilizá-lo me
> parece muito mais elucidativa para o visitante do que "apertar o ENTER",
> especialmente se for acompanhada de uma explicação. Por exemplo, de que
> há distros (talvez até a própria distro instalada) que oferecem esses
> programas em seus repositórios. De que o objetivo do FLISoL não é
> instalar esses programas privativos, mas instalar Software Livre e
> conscientizar sobre o problema dos programas privativos, porque é parte
> de um movimento político-social maior que procura curar a sociedade
> dessa enfermidade. De que, por compreender que cada usuário tem seu
> tempo e sua liberdade, viabilizamos que continue usando aquilo de que se
> tornou dependente e de que não pode se livrar imediatamente, sem porém
> facilitar ou efetuar uma nova instalação de tais programas, apenas
> utilizando os que já estavam lá.
> 
> As demais medidas que vi sugeridas, tanto de o voluntário instalar o
> blob do repositório da distro quanto de escrever um script que o usuário
> vá rodar depois, parecem-me valorizar demasiado o software privativo, ao
> tentar facilitar sua (re)adoção, obtendo-o de outras fontes que não o
> próprio computador onde já está, ou o disco de drivers que tenha
> acompanhado o dispositivo.
> 
> É essa a minha perspectiva neste momento. Faz sentido pra vocês?
> Alguém quer acrescentar (ou remover) alguma coisa?
> 
> Saudações Livres,
 
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