[PSL-Brasil] Que lindo, a ficha está caindo: "FLISOL de Curitiba rejeita repeteco da campanha querendo dividir as comunidades no evento"

anahuac em anahuac.eu anahuac em anahuac.eu
Terça Fevereiro 16 01:13:17 BRST 2016


Olá Azxy,

Você se incomoda se eu perguntar quem é você? Curiosidade pura... e se não quiser falar, de boa.


> Anahuac, você diz que:
> 
> "Eu entendo que a instalação de um firmware ou driver não livre possa ser algo
> desculpável por não haver um substituto livre, mas se não estabelecermos algum
> limitante, virtualmente estaremos justificando a instalação de quase qualquer
> software não livre."
> 
> Vou sugerir uma complementação a isso, o passo seguinte: cada Flisol
> compilar uma lista com o hardware que não funcionou com software livre e
> a coordenação compilar uma lista nacional para pressionar os
> fabricantes, contribuir com o h-node.org e fazer campanhas para
> desestimular o uso desses hardwares e campanhas para construir
> substitutos livres para os softwares necessários. Interessante, também,
> seria compilar uma lista do hardware que funciona com software livre,
> para contribuir com o h-node.org e estimular o uso desses hardwares.

Na verdade estamos trabalhando exatamente em um programa para automatizar isso. A ideia é facilitar o proceso de coleta dessas informações e depois de processar esses dados ai então alimentar o h-node e gerar uma petição para ser assinada por todos os coordenadores do FLISOL para fazer pressão nos fabricantes.

Se tudo der certo lançamos a solução/ideia/petição em meados de março.... vejamos.

De qualquer forma, muito obrigado pela ideia e se quiser se juntar a nós nesse esforço, sinta-se convidado.

Saudações Livres!


> 
> Em 16-02-2016 00:24, anahuac em anahuac.eu escreveu:
>> Oliva,
>>
>> Quando você responde uma mensagem como essa, em geral a lista silencia por falta
>> de argumentação :-)
>>
>> Desta vez ou fazer papel de chato mesmo (mais ainda?) e ver se nos ajudo a
>> desenvolver mais as ideias...
>>
>>>> Existe um outro adjetivo que se encaixa muito melhor no objetivos de
>>>> nossas ações: CONSCIENTIZAR. Ninguém lá vai instalar um software
>>>> não-livre que seja necessário para a funcionalidade da maquina sem
>>>> conscientizar o dono da máquina dos problemas que enfrentamos em
>>>> relação a estas questões.
>> Infelizmente esse tem sido o padrão do FLISOL desde sua criação. Instalação de
>> tudo o que o voluntário quiser/achar que deve instalar. Ser ou não livre sempre
>> foi secundário.
>> No inicio porque parecia fundamental provar que o GNU+Linux seria capaz de
>> "rodar" em igualdade de condições e oferecendo a mesma gama de programas e
>> prazeres dos sistemas não livres. Para isso abrimos mão para o Flash, Chrome,
>> toda sorte de codecs, blobs e drivers não livres, Steam, Moonlight, Netflix...
>> bom, a lista é longa.
>> Em seguida porque a nova geração já chegou ao FLISOL contaminada por essa
>> percepção de que vale a pena sim, instalar software não livre para ajudar o
>> Software Livre e hoje, somando esforços a velha guarda que cansou de brigar, e
>> prega que essa contaminação é a "evolução do Software Livre".
>>
>> Não deixo de citar o exemplo magnífico do FLISOL de Brasília do ano passado que
>> promoveu um campeonato de jogos do Steam instalados lá mesmo, assim como o
>> campeonato de Urban Terror em Ubuntu organizado pelo Alberto Azevedo no
>> Latinoware.
>>
>>> De minha parte, considero que conscientizar que software privativo é
>>> prejudicial é incompatível com instalá-lo.  O ato de instalá-lo,
>>> enquanto exemplo (que ensina muito mais que palavras), desfaz todo e
>>> qualquer trabalho verbal que possa ter sido feito antes ou durante, ou
>>> até mesmo depois.
>> Não sei se isso se aplica em todos os casos. Eu acredito que se conseguíssemos
>> de forma unificada e coordenada fazer com que todos os voluntários e
>> organizadores do FLISOL estabelecessem limites claros de instalação de software
>> não livre, seria um tremendo avanço. Seria um caso onde a instalação de "algum"
>> software não livre, não invalidaria o aviso dos malefícios do mesmo. Por
>> exemplo, que todos assumíssemos o compromisso de só instalar blobs e drivers
>> não livres e nenhum outro software, em um primeiro momento e coordenando para
>> nos próximos anos sermos ainda mais restritos.
>>
>> Num movimento como esse, planejado, as consequências seriam extremamente
>> benéficas, tendo em vista o distanciamento que os atuais voluntários e
>> organizadores tem do chamado FLISOL Ideal.
>>
>>> Dito isso, vejo uma polarização exagerada neste debate.  Não só
>>> alimentada por "torcidas" de distros, ou pelas diferenças que se
>>> costumam atribuir a estratégias OSI/Linux ou FSF/GNU.
>> Não há exagero algum. A polarização existe mas sempre esteve sob um manto, uma
>> neblina, que encobriu a permissividade e complacência do OSI/Linux com o
>> software não livre, o pensamento mercantilista e a tentativa retórica de
>> reduzir nossa filosofia a um modelo de produção de software.
>>
>> Os últimos anos tem sido dedicados a jogar luz sobre o assunto e expor os que
>> fizeram/fazem isso de forma deliberada. E isso, obviamente, desperta reações.
>>
>>
>>> Estou enxergando um problema crucial relacionado à compreensão do
>>> significado de "instalar".  Deixa eu explicar.
>>>
>>> Se alguém chegasse ao FLISoL e pedisse pro voluntário da organização
>>> instalar o Microsoft Office, espero que seja consenso que isso não rola.
>> Porque não rola?
>> Até o momento não havia nenhum documento que impedisse ou confirmasse isso. Cada
>> FLISOL pode decidir os limites de sua infecção por softwares não livres.
>> Na verdade depende exclusivamente da decisão do voluntário. Flash pode, Chrome
>> pode, Netflix pode, Java da oracle pode.... porque MS Office não pode?
>>
>> Para ser honesto, parece que o único consenso parece ser a não instalação de
>> Windows.
>>
>>> Igualmente espero que seja consenso que, se alguém chegasse ao FLISoL e
>>> pedisse pra instalar um GNU/Linux, mas deixasse no lugar o Windows já
>>> instalado, não haveria nenhuma surpresa ou objeção.
>> Mais ou menos. Da mesma forma como antes, dependerá do voluntário. Eu mesmo fui
>> voluntário em um FLISOL em Serra Talhada a alguns anos e me recusei a fazer
>> isso. Na Campus Party também me recusei. Outros fizeram. Não há uma norma,
>> regra ou consenso nesse caso.
>>
>>> E se o visitante tivesse ouvido falar que dá pra rodar programas do
>>> Windows no GNU/Linux e pedisse ajuda para que o MS-Office e alguns jogos
>>> do Windows funcionassem no GNU/Linux também?  Não estamos falando de
>>> instalar o MS-Office ou os jogos, presumivelmente privativos; apenas de
>>> instalar e configurar o Software Livre que permitiria ao usuário
>>> continuar utilizando alguns dos programas privativos que já usava.
>> É mais grave. Hoje o cara ouviu falar que tem um tal de Steam. E sou capaz de
>> apostar que se um usuário chegar no próximo FLISOL e pedir para instalar o
>> Steam ele será atendido em 90% das cidades. Em Brasília é 100%!
>>
>>> Não vejo essa situação como digna de maior objeção que a preservação do
>>> MS-Windows, ainda que ela possa ter um efeito deletério de prolongar a
>>> dependência do software privativo, na medida em que o acesso a ele fica
>>> facilitado.
>> Verdade e não é mesmo.
>>
>>> Sob essa perspectiva, espero que seja também consenso que,
>>> caso um voluntário do FLISoL tenha o conhecimento e interesse em
>>> instalar e configurar o Wine para que o usuário tenha sua manifesta
>>> necessidade ou desejo atendidos, não há qualquer violação ao espírito do
>>> FLISoL, nem do Movimento Software Livre.
>> Enquanto for o Wine, de fato não há. O detalhe é que impensável que o voluntário
>> pare por ai. Ter experiência em mexer com Wine, em geral, indica que ele mesmo
>> usa softwares não livres e que deverá não apenas configurar o Wine, mas
>> certamente instalar o software não livre que rodará nele. E sem nenhum
>> limitante isso é ainda mais plausível.
>> Mas é claro que estou sendo especulativo e circunstancial.
>>
>>> Por que, então, seria diferente para firmware ou drivers privativos?
>> Porque depende da forma como o firmware ou driver é obtido ou instalado. Se for
>> via baixeaqui e instalado com ndiswarapper, por exemplo é uma coisa. Mas se o
>> instalador do Ubuntu não te diz nada e instala é outra.
>>
>>> Ora, se a máquina já utilizava um dispositivo que, para funcionar a
>>> contento do usuário, requer uma peça de firmware privativo, é evidente
>>> que essa peça de firmware já está instalada na máquina, no sistema
>>> operacional que o usuário utilizava antes do FLISoL.  Que mal haveria,
>>> sob a perspectiva acima, providenciar para que o GNU/Linux possa se
>>> valer do firmware já instalado e utilizado anteriormente, para fazer o
>>> dispositivo *continuar* funcionando?  Já se o caso for de driver,
>>> ndiswrapper cumpre o mesmo papel que o Wine, permitindo que o usuário
>>> continue utilizando o driver que usava no sistema operacional que já
>>> utilizava.
>> Nesse caso específico seria necessário copiar o driver ou firmware da instalação
>> de software não livre já existente para usá-lo na instalação do GNU+Linux. Isso
>> não difere muito do que eu sugeri no manifesto do #semUbuntu.
>>
>>> Então, por que tanta discussão acalorada?
>> Porque não é assim que as coisas acontecem no FLISOL. Como já foi explicado
>> diversas vezes, o usuário recebe a instalação de uma distribuição que embute
>> drivers, firmwares, e uma tonelada de outros softwares não livres sem que nada
>> seja mencionado pelo instalador da distribuição e nem pelo voluntário. Na
>> verdade, quando o voluntário menciona algo é para elogiar essas distribuições
>> "por que tudo funciona perfeitamente" valorizando o software não livre, como
>> você mesmo disse acima.
>>
>> Ao que parece a evolução deste ano, em alguns FLISOL, será avisar aos usuários
>> dos malefícios do software não livre que será instalado. Mas como não há nenhum
>> limite e cabendo apenas aos voluntários decidirem o que fazer, ficou fácil:
>> informe ao usuário dos malefícios e depois instale o MS Office que ta de boa!
>>
>>
>>> Uma vez que se entenda que o objetivo do FLISoL não é exorcizar todo o
>>> software privativo que possua o computador do visitante, nem é do
>>> Movimento Software Livre fazê-lo de forma imediata, não é incompatível
>>> viabilizar ao visitante a continuidade do uso de programas privativos
>>> que utilizava antes.
>> Depende... pense bem, se ele antes usava um driver não livre e parece razoável
>> usar o ndiswrapper para carregá-lo na instalação do GNU+Linux por ele
>> utilizá-lo antes, o mesmo se aplicaria a usar o Wine para instalar o MS Office
>> que ele já utilizava antes?
>>
>>
>>>  As diferenças, quando existem, dizem respeito à forma de fazê-lo.
>> Touché!
>> Mas em benefício de uma estratégia que levasse o FLISOL ao rumo certo,
>> acrescentaria também a quantidade e o tipo de software não livre que seria
>> justificável.
>>
>>
>>> Não considero que instalar uma distro que faça a instalação de forma
>>> silenciosa e automática ajude a conscientizar a respeito do problema;
>>> pelo contrário, faz parecer que o software privativo é uma vantagem.
>>> Isso, por si só, já exclui muitas distros, para insatisfação de suas
>>> "torcidas" que vêem no FLISoL uma oportunidade de promover suas distros,
>>> ainda que em detrimento (muitas vezes não intencional) do Movimento
>>> Software Livre.
>> Perfeito.
>> E como sei que serei criticado, mais uma vez, por apontar só para o Ubuntu,
>> repito: é uma estratégia de contra-ataque. Em minha opinião ninguém nos ferrou,
>> enganou, se aproveitou mais de nossa comunidade do que a Canonical.
>>
>>> Mesmo distros que consultem o usuário e facilitem a instalação dos blobs
>>> atrapalham o trabalho de conscientização, ainda que em menor medida,
>>> pois igualmente valorizam o software privativo a ponto de o oferecerem,
>>> ainda que o usuário que dele necessite já o possua!
>> Verdade, mas essas são em menor número e muito mais alinhadas dos que as outras.
>> Acho que o Debian se encaixa bem nessa definição e acho que ela poderia/deveria
>> ser a distribuição padrão para ser adotada pelo FLISOL em caso de instalações
>> que demandem firmwares ou drivers não livres.
>>
>>> Por outro lado, a instalação de distros 100% Livres que utilizam o GNU
>>> Linux-libre não vão permitir facilmente o uso de firmware pré-instalado.
>>> Então, tampouco ajudam o usuário que não esteja disposto a abrir mão de
>>> componentes de seu hardware atual em favor de sua liberdade.
>> Verdade.
>>
>>> Parece-me que instalar uma distro que não empacote nem ofereça os blobs,
>>> mas que tampouco impeça sua carga, seja a solução ideal para um FLISoL
>>> conscientizador.
>> Conhecemos alguma assim?
>>
>>>  Ainda que o processo não seja tão simples quanto o de
>>> uma distro que detecta a instala todos os blobs que possam vir a ser
>>> úteis, a busca pelo blob desejado pelo usuário na partição do sistema
>>> usado anteriormente e a configuração do sistema novo para utilizá-lo me
>>> parece muito mais elucidativa para o visitante do que "apertar o ENTER",
>>> especialmente se for acompanhada de uma explicação.
>> Sem dúvida, mas isso pressupõe que todos os voluntários sejam capazes de fazer
>> isso. Eu mesmo não saberia nem por onde começar.
>> Além do mais isso implicaria em manter o sistema operacional não livre
>> instalado?
>>
>>
>>>  Por exemplo, de que
>>> há distros (talvez até a própria distro instalada) que oferecem esses
>>> programas em seus repositórios.  De que o objetivo do FLISoL não é
>>> instalar esses programas privativos, mas instalar Software Livre e
>>> conscientizar sobre o problema dos programas privativos, porque é parte
>>> de um movimento político-social maior que procura curar a sociedade
>>> dessa enfermidade.  De que, por compreender que cada usuário tem seu
>>> tempo e sua liberdade, viabilizamos que continue usando aquilo de que se
>>> tornou dependente e de que não pode se livrar imediatamente, sem porém
>>> facilitar ou efetuar uma nova instalação de tais programas, apenas
>>> utilizando os que já estavam lá.
>> Interessante Oliva... essa última frase me remete ao que perguntei acima por não
>> estabelecer limites. Usar antes não deveria ser um parâmetro irrestrito para
>> instalação de software não livre. Eu entendo que a instalação de um firmware ou
>> driver não livre possa ser algo desculpável por não haver um substituto livre,
>> mas se não estabelecermos algum limitante, virtualmente estaremos justificando
>> a instalação de quase qualquer software não livre.
>>
>>
>>> As demais medidas que vi sugeridas, tanto de o voluntário instalar o
>>> blob do repositório da distro quanto de escrever um script que o usuário
>>> vá rodar depois, parecem-me valorizar demasiado o software privativo, ao
>>> tentar facilitar sua (re)adoção, obtendo-o de outras fontes que não o
>>> próprio computador onde já está, ou o disco de drivers que tenha
>>> acompanhado o dispositivo.
>> Verdade. Mas é um risco calculado estrategicamente para tentar realinhar o
>> FLISOL com os ideias do Movimento Software Livre. Da forma como o FLISOL está
>> hoje, apenas essas duas ações já seriam históricos como o primeiro passo para o
>> caminho que leva ao FLISOL Ideal.
>>
>>> É essa a minha perspectiva neste momento.  Faz sentido pra vocês?
>>> Alguém quer acrescentar (ou remover) alguma coisa?
>> É isso...
>>
>>
>>> Saudações Livres,
>> +1
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