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Marcelo Akira marcelo.akira em gmail.com
Segunda Janeiro 26 13:08:33 BRST 2015


Em 23 de janeiro de 2015 13:56, Antonio Albuquerque
<alb.antonio em gmail.com> escreveu:
> Quanto as ideias do Akira, a princípio tenho concordância, mas gostaria de
> ponderar um aspecto:  acho que deveríamos avaliar a possibilidade também de
> uma iniciativa na linha de cooperativa.

Há cerca de 10 anos, tentei junto com alguns colegas a constituição de
uma cooperativa - Sintectus.
Nossa inspiração na época era a Solis, a Colivre nem existia na época.
Outra iniciativa era a Tecnolivre (alunos da Univ. Lavras), que também fechou.
Foi interessante, seguem resumidamente os pontos principais da experiência:
1) Assim como todos empreendimentos, a cooperativa precisa de ser auto
sustentável financeiramente;
2) Há custos de se manter uma cooperativa: contador, taxas anuais,
aluguel, infraestrutura, etc;
3) Os encargos sociais e impostos são mais altos que para um Micro
Empreendedor Individual (MEI);
4) O processo de decisão para se dividir a receita e investimentos é
mais complexa do que a divisão
de receita de um MEI
5) Para se atingir a auto sustentabilidade financeira de uma
cooperativa, é necessário alto investimento
de horas voluntárias dos seus cooperados por vários anos, nem sempre
isso é viável.
A evasão de cooperados é uma consequência da falta de retorno financeiro.

O modelo cooperativa é mais adequado que uma associação para aqueles
que desejam obter emprego e renda.
A Sintectus e a Tecnolivre fecharam, mas hoje o contexto é outro,
provavelmente mais favorável.

> O que me move é o fato de nossa
> organização ter possibilidade de disputar trabalhos, gerando renda e
> autossustentação.   Isso possibilitaria também que a comunidade pudesse
> trabalhar sem ter que ter "emprego" no sentido formal do termo.

Minha visão de associação não é uma fonte direta de emprego e renda. Ela deve
atuar nos problemas coletivos dos seus associados, procurando
estimular o mercado de software livre.
Se a associação disputar negócios no mercado, ela concorreria com seus
associados.
Há vários meios de uma associação se auto sustentar. Se porventura a
associação for solicitada
para realizar algum projeto, a execução seria por um associado que
seria selecionado por edital,
de forma transparente e seguindo princípios éticos de isonomia.

Um ponto importante na reforma estatutária da Associação de Software
Livre Nacional é a possibilidade de
pessoas jurídicas se associarem. Assim, cooperativas e MEIs também poderiam
participar da construção de ações de interesse comum na área de
negócios com software livre.

Abraços,
-- 
Marcelo Akira Inuzuka
(62) 9261-4004


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