[CuritibaLivre] Pesquisa de licitações do governo estadual

[Paulo de Souza Lima]

Em 22 de maio de 2013 01:22, Joelson Gai <joelsongai em gmail.com> escreveu:

> *Que histórias fantásticas.*
>
> Sei que não tem a ver com SL, mas resume como as coisas funcionam e são
> por estas terras.
>
>
Volto a dizer: é preciso acabar com esse *ranço* de que coisas assim só
acontecem "por essas terras". Isso é um problema *global*. Eu estive nos
EUA e sei que usar SL em empresas por lá é quase uma utopia.Mas, como o
mercado é maior, temos a impressão de que lá é mais aberto. Não é. Aqui é
mais aberto do que lá porque lá eles têm a ilusão de que a Microsoft é uma
empresa genuinamente americana, que comprar dela gera empregos e incentiva
a economia e que SL é coisa de comunista.


> Eu trabalhava numa empresa de embalagens (aux. produção) e como gosto de
> maquinas etc. comecei a aprender a mexer e arrumar as maquinas, e ai o cara
> (10 anos de empresa) que era para cuidar das maquinas e não ligava muito, e
> deixava tudo largado, não gostou muito, ai fez a minha caveira para o
> encarregado que me disse.
>
> "Legal você se interessar e estar aprendendo e fazendo as coisas além da
> sua responsabilidade, mas vou te pedir para não fazer isso porque os outros
> não estão gostando. Então tente ficar só nas suas tarefas."
>
> Resumindo porque os outros não fazem bem feito eu também tinha que fazer
> só o mínimo porque os outros não gostavam que eu fizesse além do meu
> trabalho.
>
> Pouco tempo depois eu cai fora, pois não gosto de ficar limitado a mesmice.
>

Essa é a característica de empresas com baixíssima capacidade de inovação.
Se você tem característica empreendedora, melhor não trabalhar para
empresas assim.


> O problema não é com o SL, e sim o contexto das empresas e seus gestores
> que preferem se acomodar. Quando da problema é mais fácil por a culpa no
> sistema ou em um novo vírus etc. onde a culpa é da pessoa que quis ver as
> fotos da Carolina dieckmann .
> Ninguém quer assumir responsabilidades que não possam jogar nas costas de
> alguém.
>

Exatamente. A cultura da "inovação" que se espalhou por aí, na sua imensa
maioria é puro blá, blá, blá... Ninguém inova se estiver satisfeito com o
andamento das coisas, se for gerar custos extras e, principalmente, se for
gerar algum tipo de conflito com a "cultura da empresa". A crise é mãe da
inovação e a maioria só "inova" quando a água bate na bunda.

Agora há maneiras de se "empurrar inovação: se vc conseguir garantir que:

1- Não haverão custos adicionais.
2- Haverá um grande diferencial produtivo.
3- Não vai mexer no queijo de ninguém com mais poder do que seus aliados.
4- O custo de se continuar na mesmice é maior do que o de "inovar".

Abraço.

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