[gt-educacao] Tabuleta do MEC

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Sábado Janeiro 5 22:07:01 BRST 2013


Olá Frederico e todos,

Consta nas coordenadas do espaço-tempo que...  Frederico Goncalves
Guimaraes escreveu:

>>
>> Não é uma exigência do MEC e sim do sistema operacional Android!
>
> Na verdade não. O Android não exige que você tenha conta na Google. Ela
> é necessária caso você queira usar a "lojinha" da Google (a PlayStore)
> e sincronizar com os serviços dela, como agenda e correio eletrônico.
> Logo, a indicação do MEC de criação de conta na Google deveria vir
> junto com uma explicação que isso é opcional.

Concordo que deve se informado que a experiência de se usar uma conta no
google melhora a experiência no uso do equipmamento, mas que você pode
viver sem essa conta e procurar serviços alternativos.
>

> E pra quem acha que só existe aplicativo para Android na PlayStore,
> vale a pena conhecer o F-Droid, um projeto que disponibiliza somente
> aplicações livres para esse sistema operacional:
>
> http://f-droid.org/
>
> Eles tem um software que funciona na mesma linha da Play, ou seja, é
> possível escolher e instalar os programas diretamente por ele e quando
> sai alguma atualização você é avisado.

Muitos softwares portados do Linux para o Android apareceram primeiro no
F-droid para só depois estarem também no Play, o Octave  (software livre
de cálculo algébrico) é um exemplo.

>
>> > O tablete do MEC já vem com ferramentas do Google instaladas?
>
> Bom, o CyanogenMod é maduro o suficiente pra mim. E é tão livre
> que nem inclui a camada de aplicações da Google (você tem que
> instalar na mão se quiser).  :-)

Ele não tem suporte a todos os hardwares, pois muitas funções de baixo
nível sào implementas por engenharia reversa. E o MEC teria que ter uma
equipe pra manter uma versão pro hardware que comprou. Seria bom, mas
sabemos que não vai rolar :-)


> Ah, mas você pode argumentar que ele não é compatível com a tabuleta
> educacional. Bom, o governo abriu licitação para a aquisição desses
> equipamentos. Era só colocar que deveria ser compatível com o
> CyanogenMod e pronto. A montadora que se vire


Ninguém ia oferecer nada! Não é simples desenvolver sua própria versão
android dos fontes!

>
>> Não atire as pedras agora :-) Eu preferia ter notebooks que Tabletes
>> (http://psfl.in/61 e http://psfl.in/d1)... mas os Tabletes estão aí,
>> então é mais produtivo pesquisar e organizar as alternativas do que
>> ficar só no mimimi :-)
>
> Bom, eu também acho net/notebooks muito mais produtivos em ambientes
> educacionais do que tabuletas (tem até um comentário meu na revista
> ARede sobre isso), mas o governo insiste em ficar investindo em "moda"
> ao invés de tecnologia. Então dá nisso aí. Se você não tiver uma
> infra-estrutura de informática MUITO bem montada nas escolas, as
> tabuletas correm um risco de se tornarem um fiasco maior que o UCA
> (que, convenhamos, teve problemas justamente porque o governo também
> não investiu em infra-estrutura nas escolas e uma capacitação mais bem
> estruturada para os professores).

Todos concordamos com isso, mas o que podemos fazer além dessa crítica,
quando os dispositivos estiverem na mão dos professores? Bradar palavras
de ordem? :-)


>
>> > O MEC recomenda aos professores a utilização do www.dropbox.com?
>>
>> É um sistema maduro e que funciona bem nos mais variados ecossistemas
>> (linux, windows, Mac, Androis IOS). Faz sentido o uso  de disco
>> virtual para integrar os tabletes aos computadores (pessoais e das
>> escolas)...
>
> Só porque as escolas não tem infra-estrutura pra lidar com isso. Se
> você montasse um ambiente de nuvem nas escolas (usando, por exemplo, o
> OwnCloud citado abaixo, mas existem também outras opções), você teria
> um controle muito maior sobre seus dados e arquivos. A questão é que,
> ao indicar um serviço de terceiros, o governo joga a responsabilidade
> nas mãos do(a) professor(a), uma vez que é ele(a) quem vai criar a
> conta e assinar os termos de compromisso. E qual o nível de capacitação
> desses professores para saber os riscos que eles correm?

Gente, eu acho que rola uma certa histeria com isso :-) [campo de força
ativar] supostamente você deve usar a nuvem como cópia dos arquivos que
deseja usar profissonalmente.  Se quiser essa mítica privacidade näo use
nada eletrônico, use papel e lápis e vá para as cavernas :-)

>
>> Uma alternativa livre (tem que configurar e instalar num servidor -  o
>> professor médio NÃO VAI FAZER - com cliente para Android é o OwnCloud
>> (http://www.vivaolinux.com.br/artigo/OwnCloud-Crie-a-sua-propria-nuvem-Alternativa-ao-Dropbox/?pagina=2)
>
> Eu uso e recomendo.  :-)

Eu uso Dropbox e estou bem satisfeito! Meus planos de dominação do mundo
não estào lá. Só provas, listas, e material de trabalho!

>
>> A questão é que Tabletes viraram hypes!  E já gastaram uma grana com a
>> compra deles. Se quisermos contribuir de verdade temos que ser
>> propositivos!
>
> Pois é. Já tentei ser propositivo com um pessoal do MEC que estava no
> FISL há alguns anos atrás (por sinal, eles pararam de ir lá, curioso,
> né?). Mas não foi uma conversa muito feliz. Então segue minha
> proposição para nossos dois grupos aqui (quem sabe tem alguém do MEC
> nos monitorando?).  ;-)  Minha proposta é justamente ir na contra-mão
> desse hype. Antes de notebook/netbook/tablet/lousa digital/(ponha sua
> tecnologia digital preferida aqui) eu acho que o governo deveria
> investir na base, ou seja, construir um ambiente digital sólido para as
> escolas, com (pelo menos) servidores de arquivos e web, de forma a
> permitir a independência tecnológica desses locais. A partir daí,
> capacitar os professores e, principalmente, estimular as trocas entre
> eles (sei que os NTMs e NTEs existem pra isso, mas infelizmente nem
> todos cumpre esse papel com maestria).


Então seria interessante um documento técnico-político (o que quer que
venha a ser isso) do grupo explicando porque a compra de tabletes é uma
péssima política pública para a educação e/ou inslusão digital. E quais as
alternativas que poderiam ser viabilizadas com a mesma verba.

Mas paralelo a isso, textos explicando como o professor médio pode usar
esse dispositivo sem as "garras perniciosas" da Google em contextos
educacionais, que softwares poderiam ser legais e etc.



A partir daí pensar em
> tecnologias móveis. O problema é que infra-estrutura é igual esgoto: é
> importante, mas ninguém vê. Já tabuletas e adjacências são viadutos:
> chamam a atenção e todo mundo fica admirado. Adivinha o que aparece
> mais no jornal? E qual vai conseguir dinheiro do governo?é


A questão é que os dispositivos já foram comprados e já estão chegando
para testes em alguns NTEs e secretarias estaduais, e aí vamos só bradar
que a infra-estrutra deveria chegar uns 2 anos dos dispositivos?  Não
estou discordando de você, só acho que precisamos ser um pouco mais
pragmáticos!

>
> Um abraço e até mais.
>


Vamos seguindo com nossa tempestade de ideias :-)
>
> Frederico
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Sérgio Lima

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