[PSL-Brasil] Nem toda rede é mídia social Re: Tipos de Redes Sociais

Frederico Goncalves Guimaraes fgguimaraes em teia.bio.br
Quarta Julho 9 08:55:25 BRT 2014


Olá Thiago e demais,

Em Tue, 08 Jul 2014 09:52:35 -0300
Thiago Zoroastro <thiago.zoroastro em bol.com.br> escreveu:

> Um dos principais problemas da não-distinção entre os diversos tipos
> de redes para cada tipo de aplicabilidade é quando o usuário não
> percebe a diferença entre mídia social e outros tipos de redes.

Na minha opinião, o maior problema é considerar mídias sociais como
redes sociais. Redes sociais são as interações entre as pessoas e
existem independente da Internet ou mesmo de computadores. Qualquer
software ou sítio web é uma mídia social que promove a construção de
redes sociais. Tem uma explicação legal sobre redes sociais na
Wikipedia (http://en.wikipedia.org/wiki/Social_network).

> Usuário alienado ao Facebook não percebe que mídia social não faz
> funcionar democracia, nem conhece outras redes. Por isso, ciraram
> equivocadamente Assembleias numa plataforma que assemela-se à
> privatização da democracia.

Usuário alienado em qualquer mídia social faz isso. Eu já vi alguns
comentários bem reacionários e sem fundamento na Diaspora. Portanto
isso não é inerente à rede. É inerente às pessoas.

E realmente estou com uma certa dificuldade de entender esse ataque
constante contra o Facebook, como se ele fosse a única mídia social
"nefasta" (aliás até esse termo eu acho questionável). O Twitter, o
Google+ e o LinkedIn (só pra citar três exemplos) são tão privativos
quanto o Facebook e até agora não se falou nada contra eles. Inclusive
o Twitter declaradamente censura tweets (http://pitit.in/zSb) e já
manipulou os trending topics algumas vezes, sendo a mais famosa na época
do grande vazamento de informações promovido pelo Assange e o Wikileaks
(http://pitit.in/zSc). Claro que eles explicaram que isso tinha a ver
como o algoritmo funciona, mas....

Então fica a pergunta: por que bater tanto em quem usa o Facebook e
ignorar quem usa as outras mídias? O Sergio Durigan Junior, por exemplo,
questionou a própria FSF sobre o porque dela manter uma conta no
Twitter... e não teve uma resposta satisfatória (http://pitit.in/zSd).
Inclusive, se formos utilizar o argumento de "acesso através de
um cliente livre" (que é um dos que a FSF usa) também é possível
acessar o Facebook desse jeito (a mídia social ~friendica, por exemplo,
tem um plugin pra isso). Se for assim, pode usar o Facebook?  ;-)

Então, minha proposta é a seguinte. Que tal pararmos de ficar batendo
em usuário do Facebook (ou de qualquer outra mídia social privativa) e
focarmos mais em oferecer alternativas viáveis para que isso seja um
incentivo à migração? (coisa que já tem sido feita, por exemplo, com a
criação da DiasporaBR e do ponto da RedMatrix no Vilarejo -
https://red.vilarejo.pro.br). Minha prática de sala tem aula tem me
mostrado que atenção e orientação surtem um efeito mais bacana do que
crítica desqualificante.

Agora se sua onda é mais "bater em quem faz coisas que você discorda",
então que tal um pouquinho mais de coerência e deixar de usar outras
redes privativas também? (ah, e antes que alguém entenda errado, isso
não é recado pra ninguém, o "sua" e "você", que eu uso nos textos é
somente um estilo de escrita e não indicação de pessoa).  :-)

Ah, e é sempre bom lembrar que as pessoas também podem colaborar com o
software livre criando/alterando/corrigindo códigos e traduzindo os
softwares. Isso, aliás, costuma ser bem mais produtivo do que ficar
discutindo prós e contras de mídias sociais.  ;-)

Um abraço e até mais.


Fred
-- 
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"Liberdade, essa palavra que o sonho humano alimenta, que não há
ninguém que explique e ninguém que não entenda." (Cecília Meireles)


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