[PSL-Brasil] Por que o Código Aberto não compartilha dos objetivos do Software Livre

Omar Kaminski internetlegal em gmail.com
Domingo Junho 1 19:04:59 BRT 2014


Acompanho as discussões desde 2001 e ainda estão estanques em software
livre x open source? Sensacional #sqn

[]s


Em 1 de junho de 2014 18:47, cristiano furtado
<cristianofurtadoba em gmail.com> escreveu:
> O mais confuso nisso tudo é que, nós que fazemos parte da comunidade de SL a
> anos estamos sem saber o que fazer, imagine as pessoas que estão tentando
> ingressar na nossas comunidade e filosofia. Creio que existe muitos por ques
> e pouco tenho certeza.
>
> Em 01/06/2014 18:43, <anahuac em anahuac.eu> escreveu:
>
>>
>>
>> Não!!! :-)
>> Este não é o Projeto FOOS Brasil!
>>
>> É o que estou tentando explicar desde os outros artigos. Está na hora de
>> darmos ênfase total ao Software Livre e não ao OSI.
>> O problema não está no objetivo final, mas na abordagem que confunde as
>> pessoas.
>>
>> O pragmatismo dos meios de convencimento do OSI estão aumentando a base de
>> usuários sim, mas está eliminando a retórica ideológica e os argumentos
>> éticos que transformam a sociedade.
>>
>> Promovemos uma mudança de paradigma social ou um método de produção de
>> software? Não, não da para ser os dois, vide todos os argumentos citados nas
>> thread anterior.
>>
>> Hora de escolher. MSL ou MOS?
>>
>>
>>
>>
>>
>>
>> ________________________________
>>
>> De: "Thiago Zoroastro" <thiago.zoroastro em bol.com.br>
>> Para: psl-brasil em listas.softwarelivre.org
>> Enviadas: Domingo, 1 de junho de 2014 15:32:54
>> Assunto: Re: [PSL-Brasil] Por que o Código Aberto não compartilha dos
>> objetivos do Software Livre
>>
>> Então viva o FLOSS.
>>
>>
>> Thiago Zoroastro
>>  http://blogoosfero.cc/profile/thiagozoroastro
>>
>>
>> ________________________________
>>
>> De: anahuac em anahuac.eu
>> Enviada: Domingo, 1 de Junho de 2014 14:51
>> Para: psl-brasil em listas.softwarelivre.org
>> Assunto: [PSL-Brasil] Por que o Código Aberto não compartilha dos
>> objetivos do Software Livre
>>
>>
>> Dito não por mim, mas pelo próprio Stallman.
>> Leiam o artigo todo. Vale a pena.
>>
>> Se depois deste esclarecimento, não fizemos nada, estaremos tapando o Sol
>> com a peneira e nos condenando à extinção como movimento social.
>>
>> Segue...
>>
>> Por que o Código Aberto não compartilha dos objetivos do Software Livre
>>
>> por Richard Stallman
>>
>> Quando dizemos que um software é “livre”, queremos dizer que ele respeita
>> as liberdades essenciais dos usuários: a liberdade de rodá-lo, de estudá-lo
>> e mudá-lo, e redistribuir cópias com ou sem mudanças. Isso é uma questão de
>> liberdade, não de preço - pense em “liberdade de expressão”, não em “cerveja
>> grátis”.
>>
>> Essas liberdades são vitalmente importantes. Elas são essenciais não
>> apenas para os propósitos individuais dos usuários, mas para a sociedade
>> como um todo, pois elas promovem solidariedade social — isto é,
>> compartilhamento e cooperação. Elas se tornam ainda mais importantes à
>> medida que nossa cultura e atividades cotidianas se tornam mais
>> digitalizadas. Num mundo de sons, imagens e palavras digitais, o software
>> livre se torna essencial para a liberdade em geral.
>>
>> Dezenas de milhões de pessoas no mundo atualmente usam software livre; as
>> escolas públicas de algumas regiões da Índia e da Espanha ensinam todos seus
>> estudantes a usar o sistema operacional livre GNU/Linux. Muitos desses
>> usuários, contudo, nunca ouviram sobre as razões éticas pelas quais nós
>> desenvolvemos esse sistema e construímos a comunidade do software livre,
>> devido ao fato de que hoje em dia esse sistema e comunidade são muito
>> frequentemente divulgados como “código aberto”, atribuindo a eles uma
>> filosofia diferente, na qual essas liberdades dificilmente são mencionadas.
>>
>> O movimento do software livre tem lutado pela liberdade dos usuários de
>> computador desde 1983. Em 1984 nós iniciamos o desenvolvimento do sistema
>> operacional livre GNU para que pudéssemos evitar os sistemas operacionais
>> proprietários (não livres) que negam liberdade aos seus usuários. Durante os
>> anos 80, nós desenvolvemos boa parte dos componentes essenciais do sistema e
>> criamos a Licença Pública Geral GNU (GNU GPL) para lançá-los — uma licença
>> especificamente projetada para proteger a liberdade de todos os usuários de
>> um programa.
>>
>> Nem todos os usuários e desenvolvedores de software livre concordaram com
>> os objetivos do movimento do software livre. Em 1998, um parte da comunidade
>> do software livre se separou e iniciou uma campanha em nome do “código
>> aberto”. O termo foi originalmente proposto afim de evitar uma possível
>> confusão com o termo “software livre”, porém logo se tornou associado a
>> visões filosóficas bem diferentes daquelas do movimento do software livre.
>>
>> Alguns dos partidários do código aberto consideram o termo uma “campanha
>> de marketing pelo software livre”, que apela aos empresários ao salientar os
>> benefícios práticos do software, ao mesmo tempo que não levanta questões
>> sobre certo e errado que eles podem não querer ouvir. Outros partidários
>> rejeitam terminantemente os valores éticos e sociais do movimento do
>> software livre. Quaisquer que sejam seus pontos de vista, na campanha pelo
>> código aberto, eles não citam nem advogam esses valores. O termo “código
>> aberto” se tornou rapidamente associado a ideias e argumentos baseados
>> apenas em valores práticos, tais como criar ou ter software poderoso e
>> confiável. A maioria dos partidários do código aberto tem feito isso desde
>> então, e fazem a mesma associação.
>>
>> Quase todo software de código aberto é software livre. Os dois termos
>> descrevem quase a mesma categoria de software, porém eles apoiam visões
>> baseadas em valores fundamentalmente diferentes. O código aberto é uma
>> metodologia de desenvolvimento; o software livre é um movimento social. Para
>> o movimento do software livre, o software live é um imperativo ético, pois
>> apenas o software livre respeita a liberdade dos usuários. Em contrapartida,
>> a filosofia do código aberto considera os problemas em termos de como tornar
>> o software “melhor” — e apenas num sentido prático. Ela diz que o software
>> não-livre é uma solução inferior para o problema prático em questão. Para o
>> movimento do software livre, contudo, o software não-livre é um problema
>> social e a solução é parar de usá-lo e migrar para o software livre.
>>
>> “Software livre”. “Código aberto”. Se é o mesmo software, realmente
>> importa que nome você usa? Sim, porque palavras diferentes exprimem ideias
>> diferentes. Embora um programa livre daria a você a mesma liberdade hoje por
>> qualquer outro nome, estabelecer a liberdade de forma duradoura depende
>> sobretudo de ensinar as pessoas a valorizar a liberdade. Se você quer ajudar
>> nesse sentido, é essencial falar em “software livre”.
>>
>> Nós do movimento do software livre não vemos o código aberto como um
>> empreendimento inimigo; o inimigo é o software (não-livre) proprietário.
>> Porém, nós queremos que as pessoas saibam que apoiamos a liberdade, por isso
>> não aceitamos ser rotulados erroneamente como partidários do código aberto.
>> Enganos comuns em relação ao “Software Livre” e “Código Aberto”;
>>
>> O termo “software livre” está propenso a interpretação errada: o sentido
>> não intencional de “software que você pode adquirir a custo zero” se encaixa
>> ao termo tão bem quanto o sentido intencional, “software que dá ao usuário
>> certas liberdades”. Nós resolvemos esse problema ao publicarmos a definição
>> de software livre e ao dizer “Pense em ‘liberdade de expressão’, não em
>> ‘cerveja grátis’”. Essa não é uma solução perfeita; ela não elimina
>> completamente o problema. Um termo não ambíguo e correto seria melhor, se
>> ele não apresentasse outros problemas.
>>
>> Infelizmente, todas as alternativas na língua inglesa têm problemas
>> próprios. Temos avaliado as muitas sugestões propostas pelas pessoas, mas
>> nenhuma é tão claramente “adequada” que mudar para ela seria uma boa ideia.
>> (Por exemplo, em alguns contexto, a palavra “libre” do Francês e do Espanhol
>> funciona bem, porém as pessoas da Índia não a reconhecem de forma alguma.)
>> Todas as substituições propostas para “software livre” trazem algum tipo de
>> problema semântico — e isso inclui “software de código aberto”.
>>
>> A definição oficial de “software de código aberto” (que foi publicada pela
>> Open Source Initiative e é longa demais para ser incluída aqui) foi
>> indiretamente derivada dos nossos critérios para o software livre. Ela não é
>> igual; é um pouco mais ampla em alguns aspectos, de modo tal que o pessoal
>> do código aberto tem aceitado algumas licenças que nós consideramos
>> inaceitavelmente restritivas. Ademais, eles julgam baseados apenas na
>> licença do código-fonte, enquanto que nosso critério também considera se um
>> aparelho permitirá que você rode sua versão modificada do programa. Não
>> obstante, a definição deles concorda com a nossa na maioria dos casos.
>>
>> Contudo, o sentido óbvio para a expressão “software de código aberto” — e
>> o único que boa parte das pessoas parece considerar — é “Você pode dar uma
>> olhada no código-fonte”. Esse critério é mais fraco do que a definição de
>> software livre e mais fraco também do que a definição oficial de código
>> aberto, pois isso inclui muitos programas que não são nem livres nem código
>> aberto.
>>
>> Visto que o sentido óbvio para “código aberto” não é o mesmo que seus
>> defensores intencionam, o resultado é que muitas pessoas interpretam mal o
>> termo. De acordo com o escritor Neal Stephenson, “o Linux é um software de
>> ‘código aberto’, o que significa, simplesmente, que qualquer um pode obter
>> cópias de seus arquivos de código-fonte”. Eu não acho que ele
>> deliberadamente procurou rejeitar ou contestar a definição “oficial”. Eu
>> penso que ele simplesmente aplicou as convenções da língua inglesa para
>> encontrar um sentido para o termo. O estado do Kansas publicou uma definição
>> similar: “Fazer uso de software de código-aberto (OSS). OSS é o software
>> para o qual o código-fonte é livre e disponibilizado publicamente, porém os
>> acordos de licenciamento específicos variam quanto ao que é permitido se
>> fazer com o código”.
>>
>> O New York Times publicou um artigo que estende o sentido do termo para se
>> referir a testes beta de usuário — deixar que alguns usuários testem uma
>> versão inicial e enviem feedback confidencial — que os desenvolvedores de
>> software proprietário têm praticado por décadas.
>>
>> Os partidários do código aberto tentam lidar com isso chamando atenção
>> para sua definição oficial, mas essa abordagem corretiva é menos efetiva
>> para eles do que para nós. O termo “software livre” tem dois sentidos
>> naturais, um dos quais é o sentido intencional; assim uma pessoa que tenha
>> captado a ideia de “liberdade de expressão, não cerveja grátis” não errará
>> novamente. Porém, o termo “código aberto” tem apenas um sentido natural, que
>> é diferente do sentido que seus partidários tinham em mente. Assim, não há
>> modo sucinto de explicar e justificar sua definição oficial — o que torna a
>> confusão pior.
>>
>> Outro engano sobre o “código aberto” é a ideia que ele significa “não
>> usando a GNU GPL”. Esse engano tende a acompanhar outro mal-entendido que
>> “software livre” significa “software coberto pela GPL”. Ambos são equívocos,
>> visto que a GNU GPL qualifica-se como uma licença código aberto e a maioria
>> das licenças de código aberto qualificam-se como licenças de software livre.
>>
>> O termo “código aberto” tem sido adicionalmente estendido por sua
>> aplicação a outras atividades, tais como governo, educação e ciência, onde
>> não existe código-fonte e onde os critérios para licenciamento de software
>> são simplesmente não pertinentes. A única coisa que essas atividades têm em
>> comum é que elas, de alguma forma, convidam as pessoas a participar. Eles
>> estenderam tanto o termo que ele apenas significa “participatório”.
>> Valores diferentes podem levar a conclusões similares… mas nem sempre
>>
>> Grupos radicais da década de 1960 tinham a reputação de faccionalistas:
>> algumas organizações dividiram-se devido a desacordos sobre detalhes de
>> estratégia e os dois grupos criados tratavam-se um ao outro como inimigos, a
>> despeito de terem valores e objetivos básicos similares. A ala direita fez
>> muito caso disso e usou isso para criticar toda a ala esquerda.
>>
>> Alguns tentam rebaixar o movimento do software livre ao comparar nosso
>> desacordo com o código aberto ao desacordo de outros grupos radicais, mas a
>> verdade é outra. Nós discordamos com a campanha do código aberto no que
>> concerne aos valores e objetivos básicos, mas tanto a visão deles quanto a
>> nossa, em muitos casos, levam ao mesmo comportamento prático — tal como
>> desenvolver software livre.
>>
>> Como consequência, pessoas do movimento do software livre e pessoas do
>> código aberto frequentemente trabalham juntas em projetos práticos, tal como
>> o desenvolvimento de software. É digno de nota que essas diferentes visões
>> filosóficas podem às vezes motivar diferentes pessoas a participar nos
>> mesmos projetos. No entanto, há situações em que essas visões
>> fundamentalmente diferentes levam a ações muito diferentes.
>>
>> A ideia do código aberto é que permitir aos usuários mudar e redistribuir
>> o software irá torná-lo mais poderoso e confiável. Porém, isso não é
>> garantido. Desenvolvedores de software proprietário não são necessariamente
>> incompetentes. Às vezes, eles produzem um programa que é poderoso e
>> confiável, ainda que ele não respeite a liberdade dos usuários. Os ativistas
>> do software livre e entusiastas do código aberto irão reagir de modo bem
>> diferente a isso.
>>
>> Um puro entusiasta do código aberto, alguém que absolutamente não é
>> influenciado pelos ideias do software livre, dirá: “Eu estou surpreso que
>> você conseguiu fazer um programa rodar tão bem sem usar nosso modelo de
>> desenvolvimento, mas você conseguiu. Como obtenho uma cópia?”. Essa atitude
>> recompensará esquemas que tiram nossa liberdade, levando à sua perda.
>>
>> Um ativista do software livre dirá: “Seu programa é muito atrativo, porém,
>> eu valorizo mais a minha liberdade. Sendo assim, eu rejeito seu programa. Ao
>> invés disso, irei apoiar um projeto para desenvolver um substituto livre”.
>> Se nós valorizamos nossa liberdade, nós podemos agir para mantê-la e
>> defendê-la.
>> Software poderoso e confiável pode ser ruim
>>
>> A ideia que desejamos que o software seja poderoso e confiável advém da
>> suposição de que o software está designado para servir seus usuários. Se ele
>> é poderoso e confiável, isso significa que ele os serve melhor.
>>
>> Porém, pode-se dizer que o software serve aos seus usuários somente se
>> respeita sua liberdade. E se o software for projetado para acorrentar seus
>> usuários? Então, ser poderoso significa que as correntes são mais
>> constritivas e ser confiável significa que elas são mais difíceis de
>> remover.Características maliciosas, tais como espionar os usuários,
>> restringir os usuários, back doors, e imposição de upgrades são comuns no
>> software proprietário, e alguns mantenedores do código aberto querem
>> implementá-los nos programas de código aberto.
>>
>> Sob pressão das companhias de cinema e gravadoras, o software para uso
>> pessoal é cada vez mais projetado especificamente para limitar os usuários.
>> Essa característica maliciosa é conhecida como Gestão de Restrições Digitais
>> (DRM — do inglês Digital Restrictions Management) (veja
>> DefectiveByDesign.org) e é a antítese no espírito da liberdade que o
>> software livre visa proporcionar. E não apenas no espírito: visto que o
>> objetivo do DRM é esmagar sua liberdade, os desenvolvedores DRM tentam
>> torná-lo mais difícil, impossível ou ainda ilegal para você mudar o software
>> que implementa o DRM.
>>
>> Ainda assim, alguns defensores do código aberto têm proposto software “DRM
>> código aberto”. Sua ideia é que, mediante a publicação do código-fonte dos
>> programas desenvolvidos para restringir seu acesso à mídia criptografada e
>> ao permitir que outros mudem o programa, irão produzir um software mais
>> poderoso e confiável para limitar usuários como você. O software seria então
>> distribuído a você em aparelhos que não lhe permitem modificações.
>>
>> Esse software pode ser de código aberto e usar o modelo de desenvolvimento
>> do código aberto, mas ele não será software livre, visto que ele não
>> respeitará a liberdade dos usuários que de fato o rodarão. Se o modelo de
>> desenvolvimento de código aberto obter êxito em tornar esse software mais
>> poderoso e confiável ao limitar você, isso o tornará ainda pior.
>> Medo da liberdade
>>
>> A principal motivação inicial daqueles que se desligaram do movimento do
>> software livre e criaram o empreendimento do código aberto era que as ideias
>> éticas de “software livre” deixavam algumas pessoas receosas. É verdade:
>> levantar questões éticas como liberdade e falar sobre responsabilidade, bem
>> como conveniência, é pedir às pessoas que pensem sobre coisas que elas podem
>> preferir ignorar, como, por exemplo, sobre se sua conduta é ética. Isso pode
>> desencadear desconforto e algumas pessoas poderão simplesmente fechar suas
>> mentes. Mas daí não resulta que devamos parar de falar dessas questões.
>>
>> Isso é, entretanto, o que os líderes do código aberto decidiram fazer.
>> Eles concluíram que calando-se a respeito da ética e da liberdade, e apenas
>> falando sobre os benefícios práticos imediatos de certo software livre, eles
>> poderiam “vender” o software de maneira mais eficaz a certos usuários,
>> especialmente a empresas.
>>
>> Essa abordagem se mostrou efetiva, em seus próprios termos. A retórica do
>> código aberto tem convencido muitos empresários e indivíduos a usar, e ainda
>> desenvolver, software livre, o que tem estendido nossa comunidade — porém,
>> apenas em um nível superficial, prático. A filosofia do código aberto, com
>> seus valores puramente práticos, impede a compreensão das ideias profundas
>> do software livre; ela traz muitos pessoas à nossa comunidade, porém não as
>> ensina a defendê-la. Isso é bom até certo ponto, mas não é o bastante para
>> assegurar a liberdade. Atrair usuários para o software livre os leva apenas
>> até parte do caminho de se tornar defensores da própria liberdade.
>>
>> Mais cedo ou mais tarde esses usuários serão convidados para voltar ao
>> software proprietário por alguma vantagem prática. Incontáveis companhias
>> procuram oferecer tal tentação, algumas até mesmo oferecendo cópias grátis.
>> Por que os usuários rejeitariam? Apenas se houvessem aprendido a valorizar a
>> liberdade que o software livre lhes dá, o valor da liberdade em si mesma, ao
>> invés de conveniência técnica e prática de softwares livres específicos.
>> Para espalhar essa ideia, nós temos que falar sobre liberdade. Um pouco da
>> abordagem “silenciosa” ao conversar com empresas pode ser útil para a
>> comunidade, mas é perigoso se ela se torne tão comum que o amor pela
>> liberdade passe a ser visto como uma excentricidade.
>>
>> Essa situação perigosa é exatamente o que temos. Muitas pessoas envolvidas
>> com software livre, especialmente seus distribuidores, falam muito pouco
>> sobre liberdade — geralmente porque eles visam ser “mais aceitáveis para o
>> comércio”. Quase todas as distribuições GNU/Linux adicionam pacotes
>> proprietários ao sistema livre básico, e eles convidam os usuários a
>> considerar isso um vantagem, ao invés de uma falha.
>>
>> Software proprietário adicional e distribuições GNU/Linux parcialmente
>> não-livres encontram campo fértil porque boa parte de nossa comunidade não
>> insiste na liberdade em seu software. Isso não é coincidência. A maioria dos
>> usuários GNU/Linux foram introduzidos ao sistema por meio da discussão do
>> “código aberto”, que não diz que a liberdade é um objetivo. As práticas que
>> não apoiam a liberdade e as palavras que não versam sobre liberdade estão de
>> mãos dadas, uma promovendo a outra. Para superar essa tendência, nós
>> precisamos de mais, não de menos, discussões sobre liberdade.
>> Conclusão
>>
>> Na medida em que os defensores do código aberto atraem novos usuários a
>> nossa comunidade, nós, ativistas do software livre, devemos assumir a tarefa
>> de trazer a questão da liberdade à sua atenção. Nós temos que dizer: “Isso é
>> software livre e dá a você liberdade”, mais e mais alto do que nunca. Toda
>> vez que você diz “software livre”, ao invés de “código aberto”, você ajuda
>> nossa campanha.
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