[PSL-Brasil] Por que o Código Aberto não compartilha dos objetivos do Software Livre

Cleiton Galvão Santana cleitongalvao em uesb.edu.br
Domingo Junho 1 22:04:20 BRT 2014


Enviei sem querer, ia falar mas algumas coisas e dar uma ajustada no texto,
mas já que cliquei sem querer no <ENTER> Pode ser isso dai. Devemos
repensar o nosso local enquanto movimento de Software Livre, crises em
movimentos sociais são comuns, mas não podemos nos perder nesses problemas.
Não podemos perder de vista o Software Livre, e se não concordarmos com a
Filosofia do Software Livre, com a FSF, com o Stallman?? Tranquilo, todos
tem direito de discordar, foi um prazer... Continue sua militância no Open
Source e manteremos diálogo, pois como dito no texto temos um inimigo em
comum o Proprietário. O que não pode é uma lista de Software Livre, ficar
brincando contra quem defende os conceitos de Software Livre como diferente
de Open Source, ou seja, a pessoa que defende o Software Livre ser
ridicularizado como tenho visto muitos fazerem com o Anahuac, me desculpe,
ele pode até não ter 100% de razão em tudo, mas vamos acordar que a fala
dele é coerente, pode exagerar as vezes, mas creio que de forma proposital
para nos chamar a atenção, entendam que quando o Anahuac é duro nas falas é
com o intuito de nos colocar novamente nos trilhos da defesa pelo Software
Livre.

Se não for assim é hora de mudar o nome da lista. Ou os que realmente
defendem Software Livre teram que achar outras formas de se organizar,
começar tudo outra vez, afinal de contas se o Software Livre chegou até
hoje onde está é porque soube se organizar e foi muito vitorioso, se existe
tanta gente do Open Source dentro das listas e dos movimentos do Software
Livre é porque esse foi vitorioso, mas é hora de voltar a se organizar
enquanto "Movimento do Software Livre" e não movimento do "FOSS", todos que
defendiam Software Livre a muitos anos atrás foram chamados de sonhadores e
que isso não chegaria a lugar algum, pois bem chegou, e se disserem que o
movimento de software livre não pode andar com as próprias pernas, sem o
Open Source, eu acredito que pode sim e chegará longe ainda, em busca de um
sonho, em uma sociedade onde Software seja um patrimonio de todos, para
ensinar e aprender, compartilhar e divulgar ciência, para evoluir enquanto
sociedade.



Atenciosamente,
*Cleiton Galvão Santana*
*Graduando em Ciência da Computação - UESB* */* *Técnico em Informática -
CETEB*
*Lattes: http://lattes.cnpq.br/0280552928088959
<http://lattes.cnpq.br/0280552928088959>*
*Coordenador Geral da Executiva Nacional dos Estudantes de Computação -
ENEC*


Em 1 de junho de 2014 21:53, Cleiton Galvão Santana <
cleitongalvao em uesb.edu.br> escreveu:

> O pessoal vem batendo no Anahuac por dizer em ideias o mesmo que o
> Stallman acaba de dizer nesse artigo, é bem claro que precisamos definir as
> diferenças entre Software Livre e Open Source, são coisas que com o passar
> do tempo se fez parecer muito igual, mas que tem alienado ao ponto das
> pessoas não saberem distinguir o que está defendendo, se estão realmente
> defendendo Software Livre, ou Open Source. Quanto ao colega que disse "viva
> o FLOSS", essa lista é PSL-Brasil, caso realmente pensemos em defender o
> FLOSS devemos mudar o nome da lista e o nome do projeto para PFLOSS-Brasil,
> o grande problema é que o pessoal que continuar defendendo o Open Source
> como Software Livre, fica claro do texto do Stallman a coisa mais obvia de
> todas, NÃO É A MESMA COISA.
>
> Então que dizer que o Open Source é tão ruim ou inimigo como o Software
> Proprietário?? Do meu ponto de vista NÃO, melhor que a pessoa utilize um
> Software Open Source do que um proprietário, digamos que o Open Source
> seria uma corrente próxima do Software Livre, com quem dialogamos, mas não
> somos a mesma coisa, eu sou defensor do Software Livre, por acreditar como
> diz Stallman: "Los principios de la solidaridad social", porque
> sinceramente ficar defendo um sistema onde já existe empresas
> multi-bilionárias como IBM, Oracle, Microsoft (sim ela também faz parte de
> projetos Open Source), dentre outras, na minha opinião não faz sentido, o
> Open Source já poder suficiente para se defender sozinho, não precisa de
> militantes.
>
> Mas claro que não vamos demonizar o Open Source, ele fica lá no cantinho
> dele, continuamos falando da nossa Filosofia do Software Livre. Se quiserem
> dialogar, vamos dialogar com o Open Source, na minha opinião não existe
> dialogo com o Software proprietário, com o Open Source podemos até dialogar
> mas precisamos entede-lo como diferente, não podemos continuar entendendo
> como igual. Para tanto deixo uma citação de uma tese de doutorado da
> Unicamp que achei muito boa:
>
> "Free Software e Open Source podem designar conjuntos idênticos de códigos
> ao ponto de seus nomes tornarem-se sinônimos; e, também, e em muitas
> ocasiões ao mesmo tempo, estarem associados a práticas sociais que são
> contraditórias ao ponto de se tornarem incompatíveis. E, ainda, que a
> oposição
> mais evidente que se pode estabelecer em relação a ambos, um inimigo que se
> pode eleger como comum, dificultando o contraste entre suas práticas e seus
> conceitos, é o Software Proprietário – aquele baseado no regime de
> propriedade
> exclusiva e no cercamento da informação – em relação ao qual toda a
> estratégia
> do SL foi criada." (CAMINATI, Francisco A. Terra incógnita: liberdade,
> espoliação.
> O software livre entre técnicas de apropriação e estratégias de liberdade.
> Campinas, SP: Unicamp, 2013)
>
>
>
> Atenciosamente,
> *Cleiton Galvão Santana*
> *Graduando em Ciência da Computação - UESB* */* *Técnico em Informática -
> CETEB*
> *Lattes: http://lattes.cnpq.br/0280552928088959
> <http://lattes.cnpq.br/0280552928088959>*
> * Coordenador Geral da Executiva Nacional dos Estudantes de Computação -
> ENEC*
>
>
> Em 1 de junho de 2014 20:23, cristiano furtado <
> cristianofurtadoba em gmail.com> escreveu:
>
> Perfeito Thiago.
>> Em 01/06/2014 20:07, "Thiago Zoroastro" <thiago.zoroastro em bol.com.br>
>> escreveu:
>>
>>  Aquilo que Richard Stallman se refere como `solidariedade` encaixa-se
>>> aquilo de somente promover uma distribuicao sem tamanho criterio, como
>>> atualmente acontece com o Ubuntu. Eu tenho um amigo na fisica que +1
>>> resolveu buscar outras distros, que pudessem correponder melhor as
>>> necessidades dele, entao eu lhe apresentei a historia de GNU.
>>>
>>> Mas creio que o Codigo Aberto Proprietario deveria partilhar tambem de
>>> solidariedade social e promover mais distros, descentralizando das
>>> principais e proporcionando crescimento economico as distros locais.
>>>
>>>
>>> Thiago Zoroastro
>>>  http://blogoosfero.cc/profile/thiagozoroastro
>>>
>>>
>>> ------------------------------
>>>
>>> *De:* internetlegal em gmail.com
>>> *Enviada:* Domingo, 1 de Junho de 2014 19:04
>>> *Para:* psl-brasil em listas.softwarelivre.org
>>> *Assunto:* [PSL-Brasil] Por que o Código Aberto não compartilha dos
>>> objetivos do Software Livre
>>>
>>> Acompanho as discussões desde 2001 e ainda estão estanques em software
>>> livre x open source? Sensacional #sqn
>>>
>>> []s
>>>
>>>
>>> Em 1 de junho de 2014 18:47, cristiano furtado
>>> <cristianofurtadoba em gmail.com> escreveu:
>>> > O mais confuso nisso tudo é que, nós que fazemos parte da comunidade
>>> de SL a
>>> > anos estamos sem saber o que fazer, imagine as pessoas que estão
>>> tentando
>>> > ingressar na nossas comunidade e filosofia. Creio que existe muitos
>>> por ques
>>> > e pouco tenho certeza.
>>> >
>>> > Em 01/06/2014 18:43, <anahuac em anahuac.eu> escreveu:
>>> >
>>> >>
>>> >>
>>> >> Não!!! :-)
>>> >> Este não é o Projeto FOOS Brasil!
>>> >>
>>> >> É o que estou tentando explicar desde os outros artigos. Está na hora
>>> de
>>> >> darmos ênfase total ao Software Livre e não ao OSI.
>>> >> O problema não está no objetivo final, mas na abordagem que confunde
>>> as
>>> >> pessoas.
>>> >>
>>> >> O pragmatismo dos meios de convencimento do OSI estão aumentando a
>>> base de
>>> >> usuários sim, mas está eliminando a retórica ideológica e os
>>> argumentos
>>> >> éticos que transformam a sociedade.
>>> >>
>>> >> Promovemos uma mudança de paradigma social ou um método de produção de
>>> >> software? Não, não da para ser os dois, vide todos os argumentos
>>> citados nas
>>> >> thread anterior.
>>> >>
>>> >> Hora de escolher. MSL ou MOS?
>>> >>
>>> >>
>>> >>
>>> >>
>>> >>
>>> >>
>>> >> ________________________________
>>> >>
>>> >> De: "Thiago Zoroastro" <thiago.zoroastro em bol.com.br>
>>> >> Para: psl-brasil em listas.softwarelivre.org
>>> >> Enviadas: Domingo, 1 de junho de 2014 15:32:54
>>> >> Assunto: Re: [PSL-Brasil] Por que o Código Aberto não compartilha dos
>>> >> objetivos do Software Livre
>>> >>
>>> >> Então viva o FLOSS.
>>> >>
>>> >>
>>> >> Thiago Zoroastro
>>> >> http://blogoosfero.cc/profile/thiagozoroastro
>>> >>
>>> >>
>>> >> ________________________________
>>> >>
>>> >> De: anahuac em anahuac.eu
>>> >> Enviada: Domingo, 1 de Junho de 2014 14:51
>>> >> Para: psl-brasil em listas.softwarelivre.org
>>> >> Assunto: [PSL-Brasil] Por que o Código Aberto não compartilha dos
>>> >> objetivos do Software Livre
>>> >>
>>> >>
>>> >> Dito não por mim, mas pelo próprio Stallman.
>>> >> Leiam o artigo todo. Vale a pena.
>>> >>
>>> >> Se depois deste esclarecimento, não fizemos nada, estaremos tapando o
>>> Sol
>>> >> com a peneira e nos condenando à extinção como movimento social.
>>> >>
>>> >> Segue...
>>> >>
>>> >> Por que o Código Aberto não compartilha dos objetivos do Software
>>> Livre
>>> >>
>>> >> por Richard Stallman
>>> >>
>>> >> Quando dizemos que um software é “livre”, queremos dizer que ele
>>> respeita
>>> >> as liberdades essenciais dos usuários: a liberdade de rodá-lo, de
>>> estudá-lo
>>> >> e mudá-lo, e redistribuir cópias com ou sem mudanças. Isso é uma
>>> questão de
>>> >> liberdade, não de preço - pense em “liberdade de expressão”, não em
>>> “cerveja
>>> >> grátis”.
>>> >>
>>> >> Essas liberdades são vitalmente importantes. Elas são essenciais não
>>> >> apenas para os propósitos individuais dos usuários, mas para a
>>> sociedade
>>> >> como um todo, pois elas promovem solidariedade social — isto é,
>>> >> compartilhamento e cooperação. Elas se tornam ainda mais importantes à
>>> >> medida que nossa cultura e atividades cotidianas se tornam mais
>>> >> digitalizadas. Num mundo de sons, imagens e palavras digitais, o
>>> software
>>> >> livre se torna essencial para a liberdade em geral.
>>> >>
>>> >> Dezenas de milhões de pessoas no mundo atualmente usam software
>>> livre; as
>>> >> escolas públicas de algumas regiões da Índia e da Espanha ensinam
>>> todos seus
>>> >> estudantes a usar o sistema operacional livre GNU/Linux. Muitos desses
>>> >> usuários, contudo, nunca ouviram sobre as razões éticas pelas quais
>>> nós
>>> >> desenvolvemos esse sistema e construímos a comunidade do software
>>> livre,
>>> >> devido ao fato de que hoje em dia esse sistema e comunidade são muito
>>> >> frequentemente divulgados como “código aberto”, atribuindo a eles uma
>>> >> filosofia diferente, na qual essas liberdades dificilmente são
>>> mencionadas.
>>> >>
>>> >> O movimento do software livre tem lutado pela liberdade dos usuários
>>> de
>>> >> computador desde 1983. Em 1984 nós iniciamos o desenvolvimento do
>>> sistema
>>> >> operacional livre GNU para que pudéssemos evitar os sistemas
>>> operacionais
>>> >> proprietários (não livres) que negam liberdade aos seus usuários.
>>> Durante os
>>> >> anos 80, nós desenvolvemos boa parte dos componentes essenciais do
>>> sistema e
>>> >> criamos a Licença Pública Geral GNU (GNU GPL) para lançá-los — uma
>>> licença
>>> >> especificamente projetada para proteger a liberdade de todos os
>>> usuários de
>>> >> um programa.
>>> >>
>>> >> Nem todos os usuários e desenvolvedores de software livre concordaram
>>> com
>>> >> os objetivos do movimento do software livre. Em 1998, um parte da
>>> comunidade
>>> >> do software livre se separou e iniciou uma campanha em nome do “código
>>> >> aberto”. O termo foi originalmente proposto afim de evitar uma
>>> possível
>>> >> confusão com o termo “software livre”, porém logo se tornou associado
>>> a
>>> >> visões filosóficas bem diferentes daquelas do movimento do software
>>> livre.
>>> >>
>>> >> Alguns dos partidários do código aberto consideram o termo uma
>>> “campanha
>>> >> de marketing pelo software livre”, que apela aos empresários ao
>>> salientar os
>>> >> benefícios práticos do software, ao mesmo tempo que não levanta
>>> questões
>>> >> sobre certo e errado que eles podem não querer ouvir. Outros
>>> partidários
>>> >> rejeitam terminantemente os valores éticos e sociais do movimento do
>>> >> software livre. Quaisquer que sejam seus pontos de vista, na campanha
>>> pelo
>>> >> código aberto, eles não citam nem advogam esses valores. O termo
>>> “código
>>> >> aberto” se tornou rapidamente associado a ideias e argumentos baseados
>>> >> apenas em valores práticos, tais como criar ou ter software poderoso e
>>> >> confiável. A maioria dos partidários do código aberto tem feito isso
>>> desde
>>> >> então, e fazem a mesma associação.
>>> >>
>>> >> Quase todo software de código aberto é software livre. Os dois termos
>>> >> descrevem quase a mesma categoria de software, porém eles apoiam
>>> visões
>>> >> baseadas em valores fundamentalmente diferentes. O código aberto é uma
>>> >> metodologia de desenvolvimento; o software livre é um movimento
>>> social. Para
>>> >> o movimento do software livre, o software live é um imperativo ético,
>>> pois
>>> >> apenas o software livre respeita a liberdade dos usuários. Em
>>> contrapartida,
>>> >> a filosofia do código aberto considera os problemas em termos de como
>>> tornar
>>> >> o software “melhor” — e apenas num sentido prático. Ela diz que o
>>> software
>>> >> não-livre é uma solução inferior para o problema prático em questão.
>>> Para o
>>> >> movimento do software livre, contudo, o software não-livre é um
>>> problema
>>> >> social e a solução é parar de usá-lo e migrar para o software livre.
>>> >>
>>> >> “Software livre”. “Código aberto”. Se é o mesmo software, realmente
>>> >> importa que nome você usa? Sim, porque palavras diferentes exprimem
>>> ideias
>>> >> diferentes. Embora um programa livre daria a você a mesma liberdade
>>> hoje por
>>> >> qualquer outro nome, estabelecer a liberdade de forma duradoura
>>> depende
>>> >> sobretudo de ensinar as pessoas a valorizar a liberdade. Se você quer
>>> ajudar
>>> >> nesse sentido, é essencial falar em “software livre”.
>>> >>
>>> >> Nós do movimento do software livre não vemos o código aberto como um
>>> >> empreendimento inimigo; o inimigo é o software (não-livre)
>>> proprietário.
>>> >> Porém, nós queremos que as pessoas saibam que apoiamos a liberdade,
>>> por isso
>>> >> não aceitamos ser rotulados erroneamente como partidários do código
>>> aberto.
>>> >> Enganos comuns em relação ao “Software Livre” e “Código Aberto”;
>>> >>
>>> >> O termo “software livre” está propenso a interpretação errada: o
>>> sentido
>>> >> não intencional de “software que você pode adquirir a custo zero” se
>>> encaixa
>>> >> ao termo tão bem quanto o sentido intencional, “software que dá ao
>>> usuário
>>> >> certas liberdades”. Nós resolvemos esse problema ao publicarmos a
>>> definição
>>> >> de software livre e ao dizer “Pense em ‘liberdade de expressão’, não
>>> em
>>> >> ‘cerveja grátis’”. Essa não é uma solução perfeita; ela não elimina
>>> >> completamente o problema. Um termo não ambíguo e correto seria
>>> melhor, se
>>> >> ele não apresentasse outros problemas.
>>> >>
>>> >> Infelizmente, todas as alternativas na língua inglesa têm problemas
>>> >> próprios. Temos avaliado as muitas sugestões propostas pelas pessoas,
>>> mas
>>> >> nenhuma é tão claramente “adequada” que mudar para ela seria uma boa
>>> ideia.
>>> >> (Por exemplo, em alguns contexto, a palavra “libre” do Francês e do
>>> Espanhol
>>> >> funciona bem, porém as pessoas da Índia não a reconhecem de forma
>>> alguma.)
>>> >> Todas as substituições propostas para “software livre” trazem algum
>>> tipo de
>>> >> problema semântico — e isso inclui “software de código aberto”.
>>> >>
>>> >> A definição oficial de “software de código aberto” (que foi publicada
>>> pela
>>> >> Open Source Initiative e é longa demais para ser incluída aqui) foi
>>> >> indiretamente derivada dos nossos critérios para o software livre.
>>> Ela não é
>>> >> igual; é um pouco mais ampla em alguns aspectos, de modo tal que o
>>> pessoal
>>> >> do código aberto tem aceitado algumas licenças que nós consideramos
>>> >> inaceitavelmente restritivas. Ademais, eles julgam baseados apenas na
>>> >> licença do código-fonte, enquanto que nosso critério também considera
>>> se um
>>> >> aparelho permitirá que você rode sua versão modificada do programa.
>>> Não
>>> >> obstante, a definição deles concorda com a nossa na maioria dos casos.
>>> >>
>>> >> Contudo, o sentido óbvio para a expressão “software de código aberto”
>>> — e
>>> >> o único que boa parte das pessoas parece considerar — é “Você pode
>>> dar uma
>>> >> olhada no código-fonte”. Esse critério é mais fraco do que a
>>> definição de
>>> >> software livre e mais fraco também do que a definição oficial de
>>> código
>>> >> aberto, pois isso inclui muitos programas que não são nem livres nem
>>> código
>>> >> aberto.
>>> >>
>>> >> Visto que o sentido óbvio para “código aberto” não é o mesmo que seus
>>> >> defensores intencionam, o resultado é que muitas pessoas interpretam
>>> mal o
>>> >> termo. De acordo com o escritor Neal Stephenson, “o Linux é um
>>> software de
>>> >> ‘código aberto’, o que significa, simplesmente, que qualquer um pode
>>> obter
>>> >> cópias de seus arquivos de código-fonte”. Eu não acho que ele
>>> >> deliberadamente procurou rejeitar ou contestar a definição “oficial”.
>>> Eu
>>> >> penso que ele simplesmente aplicou as convenções da língua inglesa
>>> para
>>> >> encontrar um sentido para o termo. O estado do Kansas publicou uma
>>> definição
>>> >> similar: “Fazer uso de software de código-aberto (OSS). OSS é o
>>> software
>>> >> para o qual o código-fonte é livre e disponibilizado publicamente,
>>> porém os
>>> >> acordos de licenciamento específicos variam quanto ao que é permitido
>>> se
>>> >> fazer com o código”.
>>> >>
>>> >> O New York Times publicou um artigo que estende o sentido do termo
>>> para se
>>> >> referir a testes beta de usuário — deixar que alguns usuários testem
>>> uma
>>> >> versão inicial e enviem feedback confidencial — que os
>>> desenvolvedores de
>>> >> software proprietário têm praticado por décadas.
>>> >>
>>> >> Os partidários do código aberto tentam lidar com isso chamando atenção
>>> >> para sua definição oficial, mas essa abordagem corretiva é menos
>>> efetiva
>>> >> para eles do que para nós. O termo “software livre” tem dois sentidos
>>> >> naturais, um dos quais é o sentido intencional; assim uma pessoa que
>>> tenha
>>> >> captado a ideia de “liberdade de expressão, não cerveja grátis” não
>>> errará
>>> >> novamente. Porém, o termo “código aberto” tem apenas um sentido
>>> natural, que
>>> >> é diferente do sentido que seus partidários tinham em mente. Assim,
>>> não há
>>> >> modo sucinto de explicar e justificar sua definição oficial — o que
>>> torna a
>>> >> confusão pior.
>>> >>
>>> >> Outro engano sobre o “código aberto” é a ideia que ele significa “não
>>> >> usando a GNU GPL”. Esse engano tende a acompanhar outro mal-entendido
>>> que
>>> >> “software livre” significa “software coberto pela GPL”. Ambos são
>>> equívocos,
>>> >> visto que a GNU GPL qualifica-se como uma licença código aberto e a
>>> maioria
>>> >> das licenças de código aberto qualificam-se como licenças de software
>>> livre.
>>> >>
>>> >> O termo “código aberto” tem sido adicionalmente estendido por sua
>>> >> aplicação a outras atividades, tais como governo, educação e ciência,
>>> onde
>>> >> não existe código-fonte e onde os critérios para licenciamento de
>>> software
>>> >> são simplesmente não pertinentes. A única coisa que essas atividades
>>> têm em
>>> >> comum é que elas, de alguma forma, convidam as pessoas a participar.
>>> Eles
>>> >> estenderam tanto o termo que ele apenas significa “participatório”.
>>> >> Valores diferentes podem levar a conclusões similares… mas nem sempre
>>> >>
>>> >> Grupos radicais da década de 1960 tinham a reputação de
>>> faccionalistas:
>>> >> algumas organizações dividiram-se devido a desacordos sobre detalhes
>>> de
>>> >> estratégia e os dois grupos criados tratavam-se um ao outro como
>>> inimigos, a
>>> >> despeito de terem valores e objetivos básicos similares. A ala
>>> direita fez
>>> >> muito caso disso e usou isso para criticar toda a ala esquerda.
>>> >>
>>> >> Alguns tentam rebaixar o movimento do software livre ao comparar nosso
>>> >> desacordo com o código aberto ao desacordo de outros grupos radicais,
>>> mas a
>>> >> verdade é outra. Nós discordamos com a campanha do código aberto no
>>> que
>>> >> concerne aos valores e objetivos básicos, mas tanto a visão deles
>>> quanto a
>>> >> nossa, em muitos casos, levam ao mesmo comportamento prático — tal
>>> como
>>> >> desenvolver software livre.
>>> >>
>>> >> Como consequência, pessoas do movimento do software livre e pessoas do
>>> >> código aberto frequentemente trabalham juntas em projetos práticos,
>>> tal como
>>> >> o desenvolvimento de software. É digno de nota que essas diferentes
>>> visões
>>> >> filosóficas podem às vezes motivar diferentes pessoas a participar nos
>>> >> mesmos projetos. No entanto, há situações em que essas visões
>>> >> fundamentalmente diferentes levam a ações muito diferentes.
>>> >>
>>> >> A ideia do código aberto é que permitir aos usuários mudar e
>>> redistribuir
>>> >> o software irá torná-lo mais poderoso e confiável. Porém, isso não é
>>> >> garantido. Desenvolvedores de software proprietário não são
>>> necessariamente
>>> >> incompetentes. Às vezes, eles produzem um programa que é poderoso e
>>> >> confiável, ainda que ele não respeite a liberdade dos usuários. Os
>>> ativistas
>>> >> do software livre e entusiastas do código aberto irão reagir de modo
>>> bem
>>> >> diferente a isso.
>>> >>
>>> >> Um puro entusiasta do código aberto, alguém que absolutamente não é
>>> >> influenciado pelos ideias do software livre, dirá: “Eu estou surpreso
>>> que
>>> >> você conseguiu fazer um programa rodar tão bem sem usar nosso modelo
>>> de
>>> >> desenvolvimento, mas você conseguiu. Como obtenho uma cópia?”. Essa
>>> atitude
>>> >> recompensará esquemas que tiram nossa liberdade, levando à sua perda.
>>> >>
>>> >> Um ativista do software livre dirá: “Seu programa é muito atrativo,
>>> porém,
>>> >> eu valorizo mais a minha liberdade. Sendo assim, eu rejeito seu
>>> programa. Ao
>>> >> invés disso, irei apoiar um projeto para desenvolver um substituto
>>> livre”.
>>> >> Se nós valorizamos nossa liberdade, nós podemos agir para mantê-la e
>>> >> defendê-la.
>>> >> Software poderoso e confiável pode ser ruim
>>> >>
>>> >> A ideia que desejamos que o software seja poderoso e confiável advém
>>> da
>>> >> suposição de que o software está designado para servir seus usuários.
>>> Se ele
>>> >> é poderoso e confiável, isso significa que ele os serve melhor.
>>> >>
>>> >> Porém, pode-se dizer que o software serve aos seus usuários somente se
>>> >> respeita sua liberdade. E se o software for projetado para acorrentar
>>> seus
>>> >> usuários? Então, ser poderoso significa que as correntes são mais
>>> >> constritivas e ser confiável significa que elas são mais difíceis de
>>> >> remover.Características maliciosas, tais como espionar os usuários,
>>> >> restringir os usuários, back doors, e imposição de upgrades são
>>> comuns no
>>> >> software proprietário, e alguns mantenedores do código aberto querem
>>> >> implementá-los nos programas de código aberto.
>>> >>
>>> >> Sob pressão das companhias de cinema e gravadoras, o software para uso
>>> >> pessoal é cada vez mais projetado especificamente para limitar os
>>> usuários.
>>> >> Essa característica maliciosa é conhecida como Gestão de Restrições
>>> Digitais
>>> >> (DRM — do inglês Digital Restrictions Management) (veja
>>> >> DefectiveByDesign.org) e é a antítese no espírito da liberdade que o
>>> >> software livre visa proporcionar. E não apenas no espírito: visto que
>>> o
>>> >> objetivo do DRM é esmagar sua liberdade, os desenvolvedores DRM tentam
>>> >> torná-lo mais difícil, impossível ou ainda ilegal para você mudar o
>>> software
>>> >> que implementa o DRM.
>>> >>
>>> >> Ainda assim, alguns defensores do código aberto têm proposto software
>>> “DRM
>>> >> código aberto”. Sua ideia é que, mediante a publicação do
>>> código-fonte dos
>>> >> programas desenvolvidos para restringir seu acesso à mídia
>>> criptografada e
>>> >> ao permitir que outros mudem o programa, irão produzir um software
>>> mais
>>> >> poderoso e confiável para limitar usuários como você. O software
>>> seria então
>>> >> distribuído a você em aparelhos que não lhe permitem modificações.
>>> >>
>>> >> Esse software pode ser de código aberto e usar o modelo de
>>> desenvolvimento
>>> >> do código aberto, mas ele não será software livre, visto que ele não
>>> >> respeitará a liberdade dos usuários que de fato o rodarão. Se o
>>> modelo de
>>> >> desenvolvimento de código aberto obter êxito em tornar esse software
>>> mais
>>> >> poderoso e confiável ao limitar você, isso o tornará ainda pior.
>>> >> Medo da liberdade
>>> >>
>>> >> A principal motivação inicial daqueles que se desligaram do movimento
>>> do
>>> >> software livre e criaram o empreendimento do código aberto era que as
>>> ideias
>>> >> éticas de “software livre” deixavam algumas pessoas receosas. É
>>> verdade:
>>> >> levantar questões éticas como liberdade e falar sobre
>>> responsabilidade, bem
>>> >> como conveniência, é pedir às pessoas que pensem sobre coisas que
>>> elas podem
>>> >> preferir ignorar, como, por exemplo, sobre se sua conduta é ética.
>>> Isso pode
>>> >> desencadear desconforto e algumas pessoas poderão simplesmente fechar
>>> suas
>>> >> mentes. Mas daí não resulta que devamos parar de falar dessas
>>> questões.
>>> >>
>>> >> Isso é, entretanto, o que os líderes do código aberto decidiram fazer.
>>> >> Eles concluíram que calando-se a respeito da ética e da liberdade, e
>>> apenas
>>> >> falando sobre os benefícios práticos imediatos de certo software
>>> livre, eles
>>> >> poderiam “vender” o software de maneira mais eficaz a certos usuários,
>>> >> especialmente a empresas.
>>> >>
>>> >> Essa abordagem se mostrou efetiva, em seus próprios termos. A
>>> retórica do
>>> >> código aberto tem convencido muitos empresários e indivíduos a usar,
>>> e ainda
>>> >> desenvolver, software livre, o que tem estendido nossa comunidade —
>>> porém,
>>> >> apenas em um nível superficial, prático. A filosofia do código
>>> aberto, com
>>> >> seus valores puramente práticos, impede a compreensão das ideias
>>> profundas
>>> >> do software livre; ela traz muitos pessoas à nossa comunidade, porém
>>> não as
>>> >> ensina a defendê-la. Isso é bom até certo ponto, mas não é o bastante
>>> para
>>> >> assegurar a liberdade. Atrair usuários para o software livre os leva
>>> apenas
>>> >> até parte do caminho de se tornar defensores da própria liberdade.
>>> >>
>>> >> Mais cedo ou mais tarde esses usuários serão convidados para voltar ao
>>> >> software proprietário por alguma vantagem prática. Incontáveis
>>> companhias
>>> >> procuram oferecer tal tentação, algumas até mesmo oferecendo cópias
>>> grátis.
>>> >> Por que os usuários rejeitariam? Apenas se houvessem aprendido a
>>> valorizar a
>>> >> liberdade que o software livre lhes dá, o valor da liberdade em si
>>> mesma, ao
>>> >> invés de conveniência técnica e prática de softwares livres
>>> específicos.
>>> >> Para espalhar essa ideia, nós temos que falar sobre liberdade. Um
>>> pouco da
>>> >> abordagem “silenciosa” ao conversar com empresas pode ser útil para a
>>> >> comunidade, mas é perigoso se ela se torne tão comum que o amor pela
>>> >> liberdade passe a ser visto como uma excentricidade.
>>> >>
>>> >> Essa situação perigosa é exatamente o que temos. Muitas pessoas
>>> envolvidas
>>> >> com software livre, especialmente seus distribuidores, falam muito
>>> pouco
>>> >> sobre liberdade — geralmente porque eles visam ser “mais aceitáveis
>>> para o
>>> >> comércio”. Quase todas as distribuições GNU/Linux adicionam pacotes
>>> >> proprietários ao sistema livre básico, e eles convidam os usuários a
>>> >> considerar isso um vantagem, ao invés de uma falha.
>>> >>
>>> >> Software proprietário adicional e distribuições GNU/Linux parcialmente
>>> >> não-livres encontram campo fértil porque boa parte de nossa
>>> comunidade não
>>> >> insiste na liberdade em seu software. Isso não é coincidência. A
>>> maioria dos
>>> >> usuários GNU/Linux foram introduzidos ao sistema por meio da
>>> discussão do
>>> >> “código aberto”, que não diz que a liberdade é um objetivo. As
>>> práticas que
>>> >> não apoiam a liberdade e as palavras que não versam sobre liberdade
>>> estão de
>>> >> mãos dadas, uma promovendo a outra. Para superar essa tendência, nós
>>> >> precisamos de mais, não de menos, discussões sobre liberdade.
>>> >> Conclusão
>>> >>
>>> >> Na medida em que os defensores do código aberto atraem novos usuários
>>> a
>>> >> nossa comunidade, nós, ativistas do software livre, devemos assumir a
>>> tarefa
>>> >> de trazer a questão da liberdade à sua atenção. Nós temos que dizer:
>>> “Isso é
>>> >> software livre e dá a você liberdade”, mais e mais alto do que nunca.
>>> Toda
>>> >> vez que você diz “software livre”, ao invés de “código aberto”, você
>>> ajuda
>>> >> nossa campanha.
>>> >> http://www.gnu.org/philosophy/open-source-misses-the-point.html
>>> >> --
>>> >> E-mail enviado do meu celular Android usando K-9 Mail. Por favor,
>>> desculpe
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