[PSL-Brasil] Sobre petição FLISOL2015 sem Ubuntu

fabianne balvedi fabs em estudiolivre.org
Quarta Março 18 11:10:44 BRT 2015


2015-03-18 9:59 GMT-03:00 Carlos Alberto Teixeira Magalhães
<carlos.alberto.tm em gmail.com>:
> Bom dia amigos. Gostaria de expor minhas minúsculas opiniões:
>
> Creio que uma das estratégias para a difusão do Software Livre é o incentivo
> para a entrada de novos usuários. Eu mesmo fiz isto com minha mãe, quando
> ela não sabia nada de informática e, ao precisar de um PC para seu comércio,
> eu o entreguei com o Xubuntu. Hoje, 5 anos depois, ela não sente dificuldade
> em utilizar. Apresentei o Windows pra ela, e ela disse: "Não gostei. Isto é
> muito difícil..." :)
>
> Mas vejam: para eu conseguir incluí-la no ambiente do Software Livre, eu
> precisei de uma distribuição fácil de usar e que suportasse todo o hardware
> que eu tinha disponível. Aí que entra o comentário do Felipe Saraiva (com o
> qual eu concordo) em relação ao hardware não-livre. Para mim, o Ubuntu
> ganhou popularidade, também, por conta da incorporação destes drivers.


sim, e o próprio texto da carta do Anahuac fala sobre isso.
o problema é que tem muita gente no movimento que acha
que meu pai e a tua mãe não interessam ao movimento do
software livre. Apesar do fato de meu pai já saber quais são os
princípios do software livre, acham que simplesmente colocar
o sistema e a pessoa não refletir porque está usando aquilo, ao
invés de windows, não serve ao movimento do software livre.
Isso é ser "osista", pelo que entendi, pois não te dão nenhuma
outra opção.

também acho que colocar um sistema e não tentar minimamente
fazer a pessoa entender do que se trata é ruim. Porém, existem
pessoas e pessoas, e cada uma delas vai entender as mensagens
de um jeito diferente. Eu mesma usei GNU/Linux durante dois anos
sem ser integrada ao movimento. Porém, esse uso anterior ao ativismo
me ajudou muito a me tornar uma ativista. Ou seja, até o uso sem
uma reflexão inicial pode, sim, potencializar, uma grande reflexão
futura que vai ajudar aquela pessoa a se conscientizar melhor sobre
o domínio que tem sobre as tecnologias digitais.

por isso, quando digo que as abordagens conflituosas tornam o
movimento elitista e ensimesmado, é disso que estou falando.
Desse tipo de postura que reforça a idéia de que este é um
movimento reservado para experts.

talvez esse sentimento de tropa de elite, onde o "pede pra sair" é
jogado na sua cara a todo momento, seja uma necessidade de
algumas das personalidades quem tem de enfrentar muitos revezes
todo dia para fazer seu trabalho pela comunidade. Mas é a melhor
tática para se atingir os objetivos do movimento? O segundo filme
da série mostra claramente que não.

saludos,

.fabs
.
.


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