[PSL-Brasil] Que lindo, a ficha está caindo: "FLISOL de Curitiba rejeita repeteco da campanha querendo dividir as comunidades no evento"

anahuac em anahuac.eu anahuac em anahuac.eu
Sexta Fevereiro 12 02:22:20 BRST 2016


Olá Paulo,

Não vou insistir mais.
Entendo definitivamente que você não pretende mudar de opinião e não importa qual argumento eu use.

Se for pela coerência plena você me acusará de estar sendo incoerente com o manifesto do FLISOL #semUbuntu e se não for por ela, é por que não posso cobrar nada mesmo :-)

Ponto para você.

Vou responder as comparações abaixo para que fique o registro histórico. Nada mais.


> 
> Copio abaixo uma das recomendações do seu texto "FLISOL 2016 #semUbuntu":

Aquele manifesto que você mesmo não apoia, mas vira sua referência para desqualificar minha critica?
Interessante você usar um texto com o qual não concorda para justificar um outro que, supostamente diz o mesmo, e com o qual você concorda.

Tudo bem, vamos lá....

> 
> "E qual é a sugestão?
> ...
> e) Automatizem via script a instalação dos pacotes não livres mais comuns:
> codecs multimídia privativos, Java, e outros, mas não executem vocês mesmos.
> Deixem que as pessoas façam isso elas mesmas."
> 
> E copio abaixo uma das nossas orientações de Curitiba:
> 
> "Sempre que um voluntário/instalador achar necessário instalar um software não
> livre, como por exemplo o Flash Player da Adobe para execução de alguns sites
> ou blobs binários para o funcionamento de algum hardware, ele deverá explicar
> ao visitante quais os motivos envolvidos (fabricantes que não tem interesse em
> desenvolver ou disponibilizar especificações para o desenvolvimento de drivers
> livres), quais as consequências dessa ação (falta de privacidade, falta de
> segurança, etc),  e que a partir daquele momento, o computador/notebook não
> terá apenas softwares livres. Após o visitante se sentir esclarecido sobre esse
> assunto, o voluntário/instalador deverá perguntar se ele concorda ou não com a
> instalação de softwares não livres, e apenas dar continuidade a instalação com
> o consentimento do vistante."

Na minha sugestão é o usuário quem "suja as mãos" e age de forma livre e autônoma para infectar seu equipamento com softwares não livres.
Vocês do Curitiba Livre preferem sujar as próprias mãos em vez de delegar isso ao usuário final.

A diferença é simbólica mas fundamental: eu sugiro que no FLISOL não queremos e achamos tão ruim instalar software não livre deixamos esse "trabalho sujo" para o usuário.


> 
> Outro trecho do seu texto:
> 
> "O terceiro é trazer de volta a discussão sobre os problemas que os drivers
> privativos e dados funcionais não livres causam: dependência tecnológica
> imposta pelo poder econômico dos donos/proprietários. Neste momento é o
> inconveniente do DRM e amanhã será o boot restrito. Até quando vamos permitir
> passivamente sermos limitados, constrangidos e relegados? O dia em que não será
> possível instalar mais um sistema operacional livre está chegando. Vamos
> reagir?"
> 
> Nosso texto de Curitiba:
> 
> "Mas não queremos instalar indiscriminadamente softwares não livres nos
> computadores/notebooks dos visitantes sem explicar antes o porquê isso acontece
> e quais as consequências dessa ação. Seja qual for a distribuição GNU/Linux
> escolhida para instalar, todos os voluntários/instaladores se comprometerão a
> mostrar os benefícios mas também os malefícios, caso envolvam a instalação de
> softwares não livres."

Minha sugestão é trazer o debate para o centro da atividade com o objetivo de educar o participante.
Vocês do Curitiba Livre dizem que não querem instalar antes de explicar... e depois de explicar quererão?

A diferença é que eu não proponho um método para poder instalar softwares não livres. A redação do seu texto, como está posta, diz claramente que depois de explicar os malefícios, vocês instalarão sim software não livre. Portanto esta ai o passo-a-passo para justificar a instalação de software não livre no FLISOL. É como se explicar os malefícios anulasse a ação de instalar softwares não livres.

Infelizmente o termo "indiscriminadamente" não tem nenhuma relevância nesse texto, por que vocês deixam claro que fica a critério do voluntário decidir qual(ais) e quanto(s) softwares não livres ele vai instalar.


> 
> Outro trecho do seu texto:
> 
> "Não estamos buscando coerência plena neste momento. Trata-se do primeiro passo
> do resto de nossas vidas. Todos juntos podemos fazer do Mundo um lugar melhor.
> Usar, difundir, desenvolver e se manter firme ao lados dos preceitos éticos e
> filosóficos do Software Livre é um dos caminhos para se alcançar esse
> objetivo."
> 
> Nosso texto de Curitiba:
> 
> "Hoje estamos fazendo um FLISOL "possível", mas no futuro, com a pressão das
> sociedade sobre os fabricantes de hardware e desenvolvedores de software,
> queremos ter a chance de fazer um FLISOL ideal."

Minha sugestão é que façamos uma ação coordenada, em conjunto, em comunidade para dar um primeiro passo na direção do FLISOL ideal.
Vocês do Curitiba Livre decidiram sozinhos explicar que não acreditam na possibilidade de termos um FLISOL ideal, e por isso vão ceder de forma premeditada e planejada à instalação de softwares não livres sempre que o voluntário decidir fazê-lo.

A diferença é que eu proponho um passo na direção do FLISOL ideal e vocês documentaram e justificaram como e porque o FLISOL deve permanecer do jeito que está.


> Se esses trechos não provam que estamos alinhados quanto a questão da instalação
> de softwares não livres, e que estamos preocupados em instalar softwares não
> livres mas explicar claramente para o visitante quais as implicações disso, eu
> sinceramente não sei do que você está nos acusando.

Paulo, eu acredito na honestidade e na sinceridade da intenção do Coletivo Curitiba Livre ao publicar esse texto, até porque te conheço e conheço a outros membros do coletivo pessoalmente. Estou reafirmando que essa carta não diz o que você acha que ela diz. Ela expressa e documenta formas claras de justificar a instalação de software não livre no FLISOL e fora dele também.
A leitura do documento não incita ao cuidado em não instalar software não livre, ela incita a quais cuidados tomar para poder instalar software não livre.

E isso tanto é verdade que basta ver como ele foi comemorado por OSIstas clássicos como o Patola e seu asseclas no post e nos comentários do br-linux. O texto é condescendente e tenta ser comedido e cauteloso. Ele coloca a liberdade do voluntário em querer/poder instalar software não livre acima da responsabilidade dele como voluntário em um evento de instalação de Software Livre em não instalar software não livre.


> Seu texto não é mais, ou menos puro que o nosso.

Não estou comparando "purezas". Tenho dito que o seu texto é um "tiro no pé", só isso.

> Então pra mim, a divergência é quanto a apoiar ou não a campanha contra Ubuntu.

A divergência é que o manifesto "FLISOL #semUbuntu" irrita os OSIstas e o seu os agrada.

Pense nisso.

> 
> Abraços,

Saudações Livres!

> 
> 
> --
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Anahuac de Paula Gil

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