[PSL-Brasil] Que lindo, a ficha está caindo: "FLISOL de Curitiba rejeita repeteco da campanha querendo dividir as comunidades no evento"

Daniel Lenharo daniel em lenharo.eti.br
Sexta Fevereiro 12 09:02:19 BRST 2016


Quando escrevemos nossa posição e deixamo ela publica, foi apenas com o intuito de deixar claro para quem for participar do FLISOL em CURITIBA como será o funcionamento.

Temos como principio aqui o Software Livre e não o Open Source. Jamais iremos ficar satisfeitos ou indiferentes por instalar Firmwares não-livres (observem que é FIRMWARES e não Softwares).
Em cada reunião que tivemos, esse assunto é pauta garantida. Queremos e idealizamos a realização de um FLISOL como ele realmente deve ser, porém desde os primórdios ele é assim, e não é em 1 ou 2 anos que tudo mudará.

Em 2015, a carta do #FLISOLsemUbuntu foi e ainda é fundamental para gerar a reflexão pela Comunidade de Software Livre Brasileira. Embora ela tenha gerado ruídos, principalmente por parte de pessoas que não carregam consigo a verdadeira ideologia do SL.

Optamos em 2016 por uma "estratégia" um pouco mais branda, contudo jamais mais relaxada. A cada instalação, a cada abordagem, nosso foco é e sempre será a Liberdade do Usuário. As únicas exceções é a instalação de Firmwares não-livres quando não houver possibilidades e isto será feito somente com a devida explicação ao dono da máquina e o mesmo optar por tal. 
Poderíamos, fazer um script e dizer para ele apertar o enter e "sujar as mãos", mas sinceramente isso não iria fazer diferença alguma para o movimento e para o usuário. 
Iremos fazer durante as instalações uma coleta dos dados das máquinas (principalmente as que tiverem problemas de HW) para gerar estatísticas e se preparar para que em 2017 estas necessidades sejam ainda menores.


Saudações

----- Em 12 de Fev de 2016, em 2:22,  anahuac em anahuac.eu escreveu:

> Olá Paulo,
> 
> Não vou insistir mais.
> Entendo definitivamente que você não pretende mudar de opinião e não importa
> qual argumento eu use.
> 
> Se for pela coerência plena você me acusará de estar sendo incoerente com o
> manifesto do FLISOL #semUbuntu e se não for por ela, é por que não posso cobrar
> nada mesmo :-)
> 
> Ponto para você.
> 
> Vou responder as comparações abaixo para que fique o registro histórico. Nada
> mais.
> 
> 
>> 
>> Copio abaixo uma das recomendações do seu texto "FLISOL 2016 #semUbuntu":
> 
> Aquele manifesto que você mesmo não apoia, mas vira sua referência para
> desqualificar minha critica?
> Interessante você usar um texto com o qual não concorda para justificar um outro
> que, supostamente diz o mesmo, e com o qual você concorda.
> 
> Tudo bem, vamos lá....
> 
>> 
>> "E qual é a sugestão?
>> ...
>> e) Automatizem via script a instalação dos pacotes não livres mais comuns:
>> codecs multimídia privativos, Java, e outros, mas não executem vocês mesmos.
>> Deixem que as pessoas façam isso elas mesmas."
>> 
>> E copio abaixo uma das nossas orientações de Curitiba:
>> 
>> "Sempre que um voluntário/instalador achar necessário instalar um software não
>> livre, como por exemplo o Flash Player da Adobe para execução de alguns sites
>> ou blobs binários para o funcionamento de algum hardware, ele deverá explicar
>> ao visitante quais os motivos envolvidos (fabricantes que não tem interesse em
>> desenvolver ou disponibilizar especificações para o desenvolvimento de drivers
>> livres), quais as consequências dessa ação (falta de privacidade, falta de
>> segurança, etc),  e que a partir daquele momento, o computador/notebook não
>> terá apenas softwares livres. Após o visitante se sentir esclarecido sobre esse
>> assunto, o voluntário/instalador deverá perguntar se ele concorda ou não com a
>> instalação de softwares não livres, e apenas dar continuidade a instalação com
>> o consentimento do vistante."
> 
> Na minha sugestão é o usuário quem "suja as mãos" e age de forma livre e
> autônoma para infectar seu equipamento com softwares não livres.
> Vocês do Curitiba Livre preferem sujar as próprias mãos em vez de delegar isso
> ao usuário final.
> 
> A diferença é simbólica mas fundamental: eu sugiro que no FLISOL não queremos e
> achamos tão ruim instalar software não livre deixamos esse "trabalho sujo" para
> o usuário.
> 
> 
>> 
>> Outro trecho do seu texto:
>> 
>> "O terceiro é trazer de volta a discussão sobre os problemas que os drivers
>> privativos e dados funcionais não livres causam: dependência tecnológica
>> imposta pelo poder econômico dos donos/proprietários. Neste momento é o
>> inconveniente do DRM e amanhã será o boot restrito. Até quando vamos permitir
>> passivamente sermos limitados, constrangidos e relegados? O dia em que não será
>> possível instalar mais um sistema operacional livre está chegando. Vamos
>> reagir?"
>> 
>> Nosso texto de Curitiba:
>> 
>> "Mas não queremos instalar indiscriminadamente softwares não livres nos
>> computadores/notebooks dos visitantes sem explicar antes o porquê isso acontece
>> e quais as consequências dessa ação. Seja qual for a distribuição GNU/Linux
>> escolhida para instalar, todos os voluntários/instaladores se comprometerão a
>> mostrar os benefícios mas também os malefícios, caso envolvam a instalação de
>> softwares não livres."
> 
> Minha sugestão é trazer o debate para o centro da atividade com o objetivo de
> educar o participante.
> Vocês do Curitiba Livre dizem que não querem instalar antes de explicar... e
> depois de explicar quererão?
> 
> A diferença é que eu não proponho um método para poder instalar softwares não
> livres. A redação do seu texto, como está posta, diz claramente que depois de
> explicar os malefícios, vocês instalarão sim software não livre. Portanto esta
> ai o passo-a-passo para justificar a instalação de software não livre no
> FLISOL. É como se explicar os malefícios anulasse a ação de instalar softwares
> não livres.
> 
> Infelizmente o termo "indiscriminadamente" não tem nenhuma relevância nesse
> texto, por que vocês deixam claro que fica a critério do voluntário decidir
> qual(ais) e quanto(s) softwares não livres ele vai instalar.
> 
> 
>> 
>> Outro trecho do seu texto:
>> 
>> "Não estamos buscando coerência plena neste momento. Trata-se do primeiro passo
>> do resto de nossas vidas. Todos juntos podemos fazer do Mundo um lugar melhor.
>> Usar, difundir, desenvolver e se manter firme ao lados dos preceitos éticos e
>> filosóficos do Software Livre é um dos caminhos para se alcançar esse
>> objetivo."
>> 
>> Nosso texto de Curitiba:
>> 
>> "Hoje estamos fazendo um FLISOL "possível", mas no futuro, com a pressão das
>> sociedade sobre os fabricantes de hardware e desenvolvedores de software,
>> queremos ter a chance de fazer um FLISOL ideal."
> 
> Minha sugestão é que façamos uma ação coordenada, em conjunto, em comunidade
> para dar um primeiro passo na direção do FLISOL ideal.
> Vocês do Curitiba Livre decidiram sozinhos explicar que não acreditam na
> possibilidade de termos um FLISOL ideal, e por isso vão ceder de forma
> premeditada e planejada à instalação de softwares não livres sempre que o
> voluntário decidir fazê-lo.
> 
> A diferença é que eu proponho um passo na direção do FLISOL ideal e vocês
> documentaram e justificaram como e porque o FLISOL deve permanecer do jeito que
> está.
> 
> 
>> Se esses trechos não provam que estamos alinhados quanto a questão da instalação
>> de softwares não livres, e que estamos preocupados em instalar softwares não
>> livres mas explicar claramente para o visitante quais as implicações disso, eu
>> sinceramente não sei do que você está nos acusando.
> 
> Paulo, eu acredito na honestidade e na sinceridade da intenção do Coletivo
> Curitiba Livre ao publicar esse texto, até porque te conheço e conheço a outros
> membros do coletivo pessoalmente. Estou reafirmando que essa carta não diz o
> que você acha que ela diz. Ela expressa e documenta formas claras de justificar
> a instalação de software não livre no FLISOL e fora dele também.
> A leitura do documento não incita ao cuidado em não instalar software não livre,
> ela incita a quais cuidados tomar para poder instalar software não livre.
> 
> E isso tanto é verdade que basta ver como ele foi comemorado por OSIstas
> clássicos como o Patola e seu asseclas no post e nos comentários do br-linux. O
> texto é condescendente e tenta ser comedido e cauteloso. Ele coloca a liberdade
> do voluntário em querer/poder instalar software não livre acima da
> responsabilidade dele como voluntário em um evento de instalação de Software
> Livre em não instalar software não livre.
> 
> 
>> Seu texto não é mais, ou menos puro que o nosso.
> 
> Não estou comparando "purezas". Tenho dito que o seu texto é um "tiro no pé", só
> isso.
> 
>> Então pra mim, a divergência é quanto a apoiar ou não a campanha contra Ubuntu.
> 
> A divergência é que o manifesto "FLISOL #semUbuntu" irrita os OSIstas e o seu os
> agrada.
> 
> Pense nisso.
> 
>> 
>> Abraços,
> 
> Saudações Livres!
> 
>> 
>> 
>> --
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